Phil Miler vive um doceiro na novela infantil A Caverna Encantada e americano racista em série polêmica do Disney+


Ator comemora um momento singular em sua carreira ao conquistar o público infantil com Goma Behr, personagem da novela “A Caverna Encantada”, do SBT. Na trama, Goma é um doceiro suíço-alemão em busca do “doce perfeito” que remete à sua infância, com criações que magicamente alteram emoções. Com forte presença na narrativa, ele interage com diversos núcleos, incluindo um arqui-inimigo determinado a roubar suas fórmulas. Miler destaca o clima harmonioso nos bastidores e celebra atuar para o público infantil. Além disso, o ator participa de projetos internacionais, como a série “Americana” da Disney+, onde interpreta o controverso Thommybug, e atua em produções do Globoplay como “Arcanjo Renegado” e “Passaporte para a Liberdade”, demonstrando sua versatilidade ao dar vida a personagens complexos em tramas densas e emocionantes.

Phil Miler está vivenciando um novo capítulo em sua carreira. Com 31 anos dedicados à arte da interpretação, o ator tem conquistado o afeto do público infantil com o carismático Goma Behr, personagem que dá vida na novela “A Caverna Encantada”, do SBT. Na trama, Miler encarna um suíço-alemão que traz em sua essência um misto de ingenuidade e emoção exacerbada. “Ele tem emoções sempre intensas. É como se fosse uma criança no corpo de um adulto. Ele é um doceiro suíço-alemão que veio para o Brasil depois que sua mãe desapareceu, quando ainda era criança. Ele vive em busca do ‘doce perfeito’, de replicar o sabor dos doces com os quais sua mãe o presenteava em sua infância. Os doces produzidos por Goma têm a propriedade mágica de alterar as emoções das pessoas”, revela o ator.

A composição de Goma Behr é envolta em um misto de fantasia e doçura, refletindo o tom lúdico da narrativa. O personagem se destaca não apenas pelo carisma, mas também por sua profunda ligação com as tramas centrais da novela. Participando de diferentes núcleos, Goma estabelece conexões emocionais e dramáticas que contribuem para a fluidez narrativa do folhetim. “Ele está envolvido na trama de Anna (Mel Summers), porque conhecia o seu pai quando este era criança e vendia doces para ele. Goma tem maior interação com Thomas (Henrique Sganzerla), seu ajudante em sua loja e laboratório. Ao mesmo tempo, também está envolvido com as detetives Shirley (Rosi Campos) e Wanda (Magali Biff), que sempre o têm como principal suspeito em suas investigações. Ele tem um arqui-inimigo chamado Senhor Chicleto (Nilton Bicudo), que quer roubar as suas fórmulas secretas e se apoderar de sua loja de doces, a Lolipopus”, detalha Miler.

Phil Miler na novela “A Caverna Encantada”, do SBT (Foto: Reprodução)

Nos bastidores de “A Caverna Encantada”, Phil Miler destaca a harmonia e o clima de cooperação que permeiam o set de gravação. Contracenando tanto com o elenco infantil quanto com o adulto, o ator enaltece a sintonia existente entre os colegas de cena e a equipe técnica. “O clima é ótimo! Não percebo ‘estrelismos’ nem tensões no elenco infantil ou adulto. Me dou bem com todos e sou muito bem tratado tanto por eles quanto por toda a equipe técnica.” O ator também celebra a experiência de atuar em uma produção voltada para o público infantil. “É uma delícia! Toda a trama, e as interações, têm tons de desenho animado, muito humor e ternura. E é muito bom contracenar com os talentosos atores mirins.”

A trajetória de Phil Miler é marcada por sua vivência multicultural. Nascido no Brasil, ele mudou-se para os Estados Unidos ainda na infância, onde permaneceu até os 12 anos. Após retornar ao Brasil, seguiu carreira artística até 2009, quando voltou a residir nos EUA, participando de diversos projetos, entre eles “Millennial Mafia”, uma produção norte-americana exibida no Prime Video e no +SBT. “Gravei em 2019, antes de voltar ao Brasil. Nela vivi um dono de loja de penhores mau caráter que tenta negociar favores sexuais com uma das protagonistas em troca de um relógio de família que esta havia empenhado em sua loja. Uma curiosidade é que para as filmagens foi utilizada a mesma loja da icônica cena do filme Pulp Fiction. Por conta disso, além de citações e homenagens explícitas nas cenas da série, tive a chance de conversar com o dono dela e saber bastidores do filme de Quentin Tarantino”, revela o ator.

Phil Miler vive um doceiro na trama do SBT (Foto: Divulgação)

Em breve, o talento de Phil Miler poderá ser conferido na aguardada série “Americana”, da Disney+. Na trama, ele dá vida a Thommybug, um personagem complexo e controverso. “Interpreto Thommybug. Ele é amargo, rude, racista, mas com um toque de humor. Ele é um pouco do que chamamos de ‘comic relief’ nos EUA. Thommybug é o bêbado da cidade de Americana. Está sempre embriagado, metido em confusão. Ele veio para o Brasil com os outros soldados sulistas após a Guerra de Secessão americana. Ele, como vários outros na história, é originário do Alabama (EUA).”

Ao lado de um elenco estrelado, composto por Caco Ciocler, Larissa Nunes e Bruno Gissoni, Phil passou por um rigoroso processo de preparação. “Todos os atores tiveram que contracenar usando o sotaque específico da região, para isso trabalhamos com uma ‘language coach’ que nos assessorava para que nos expressássemos como os moradores de lá. Fiz treinamento com o preparador de elenco Márcio Mehiel, pois meu personagem está embriagado em 100% das cenas. Uma curiosidade é que o trabalho de respiração e preparação para representar a embriaguez foi tão convincente, que em duas ocasiões diferentes, membros da equipe que não sabiam que eu não estava bêbado de verdade, foram até os produtores para externar suas preocupações quanto a um ator que estava em estado alterado no set. Os produtores então explicaram que eu não estava bêbado de verdade e que não oferecia perigo”, diverte-se o ator.

Phil Miler no projeto americano. Um bêbado (Foto: Divulgação)

O talento multifacetado de Phil Miler também se faz presente nas produções do Globoplay “Arcanjo Renegado” e “Passaporte para a Liberdade”. “Em ‘Arcanjo Renegado’ vivo o Stephen. Um médico americano que conduz experimentos em habitantes de um país da África, para uma grande indústria farmacêutica. Ele nota que os medicamentos estão causando efeitos colaterais muito sérios nos nativos, levando-os à cegueira. O acampamento onde trabalha é atacado por terroristas do Boco Haram e toda a equipe médica é salva por um exército mercenário, contratado pela empresa farmacêutica. Neste exército está o protagonista da série. Em ‘Passaporte para a Liberdade’ faço Samuel Bachevis, pai da personagem Vivi Kruger. Sua filha, cujo nome verdadeiro é Teibele Bachevis, trabalha em um cabaré como cantora, entretendo membros do partido nazista. Ele, que é um judeu ortodoxo e já doente, vive este drama com ela e é posteriormente capturado e enviado a um campo de concentração, onde vive as agruras e horrores deste local”, detalha o ator, evidenciando sua versatilidade em interpretar personagens tão distintos.