No palco do Vivo Rio, Gal Costa comunga música boa e revisita sucessos no espetáculo “Espelho D’Água”


Show é homônimo à única música inédita do repertório e já passou por São Paulo e Belo Horizonte

*Por João Ker

Usando o vermelhão da paixão, Gal Costa finalmente chega ao Rio de Janeiro com o seu mais recente espetáculo “Espelho D’Água”, que foi lançado em agosto e já passou por São Paulo e Belo Horizonte, antes de ficar este fim de semana em cartaz no Vivo Rio. No melhor esquema “voz e violão”, o repertório visita os maiores sucessos da carreira da intérprete, além de trazer a faixa homônima ao show, uma composição de Marcelo Camelo com o irmão Thiago Camelo, produzida por Moreno Veloso e Alexandre Kassin.

Gal apresentando “Espelho D’Água” em São Paulo

O show, produzido pela própria com o jornalista Marcus Preto, chega após o sucesso estrondoso que Gal teve com sua reinvenção no álbum “Recanto”, lançado em 2011. Na setlist, toda a efervescência poética que marcou sua carreira é revisitada, como “Vaca Profana” (Caetano Veloso, 1984), “Sua Estupidez” (Roberto e Erasmo Carlos, 1971), “Folhetim” (Chico Buarque, 1978) e muitas outras pérolas que atravessaram as décadas como hinos da MPB, inclusive “Coração Vagabundo” (Caetano), que abria o primeiro disco da cantora, “Domingo” (1967).  No palco, a intérprete continua mantendo o vozeirão que a imortalizou no imaginário nacional, dando aquela importância sentimental a todas as composições que canta, o que, nas palavras da própria, é como “comungar música boa”.

Os fãs de Gal Costa (ou seja, o Brasil inteiro) já podem se preparar, porque um novo disco da cantora é esperado para o ano que vem e provavelmente contará com “Espelho D’Água” na tracklist, apesar de ela guardar os segredos do novo projeto bem escondidos. Depois da Cidade Maravilhosa, Gal ruma para Bahia, onde se apresenta no próximo fim de semana em Salvador.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos: Vinícius Pereira