Enquanto desfruta de sua qualidade de resort tropical da moda, Rio recebe charme italiano na mostra Italian Glamour


Looks consagrados de grandes divas, como Audrey Hepburn e Ava Gardner, são expostos na mostra Italian Glamour até julho

Ao mesmo tempo em que o Rio de Janeiro desfruta do título de “resort tropical, patrimônio mundial, paisagem cultural”, mostrando sua vocação fashionista durante o Fashion Rio, que acontece nesta semana, ele também vira cenário do luxo italiano na mostra Italian Glamour, que começa hoje na Cidade das Artes. Na noite de terça-feira um badalo em grande estilo embalou a inauguração do primeiro evento ligado à moda que o complexo cultural da Barra da Tijuca recebe.

A mostra traz 130 itens que traça um panorama da criação italiana nos últimos 70 anos, do pós-guerra aos dias atuais, e examina a sua influência e contribuição à moda mundial. A inauguração de Italian Glamour no Brasil acontece exatamente dois dias depois da abertura, em Londres, da exposição O Glamour da moda italiana 1945-2014, no prestigiado Victoria & Albert Museum.

As peças apresentadas – em sua maioria vestidos de alta costura e prêt-à-porter – fazem parte do extenso acervo de mais de seis mil artigos reunido ao longo de décadas pelos empresários italianos Enrico Quinto e Paolo Tinarelli, curadores da mostra. A dupla mora em Roma, mas possui uma intensa relação com o Rio de Janeiro, onde costuma passar férias há mais de 10 anos. Atravessar o Atlântico e exibir por aqui essa coleção de raridades era um sonho acalentado por ambos. “O Rio me transporta para a realidade do Sul da Itália, de onde venho. Para mim, estar aqui é um retorno às origens”, afirma Enrico, frequentador assíduo das feiras de antiguidades da Praça XV e da Rua do Lavradio, a exemplo do parceiro, com domínio perfeito do português.

A exposição traz algumas surpresas, como as peças originais usadas por Ava Gardner (Sorelle Fontana -1956), a duquesa de Windsor Wallis Simpson (Valentino – 1968), Liza Minelli (Capucci-1985), Audrey Hepburn (Valentino -1973) e Gina Lollobrigida (Schuberth – 1953). Há, ainda, vestidos originais idênticos a modelos usados por Jackie KennedySophia LorenElizabeth Taylor e também por divas mais contemporâneas, como Lady Gaga (Versace),  Beyoncé (Armani) e a falecida princesa Diana (Moschino).

Da coleção prêt-à-porter, destacam-se criações desfiladas na passarela por Dalma Callado, Claudia Schiffer, Naomi CampbellKate MossGisele Bündchen e até pela ex-primeira-dama francesa (e ex-modelo) Carla Bruni. Completam o conjunto da exposição peças que pertenceram a brasileiras, como um alta costura Valentino (1968) que fez parte do guarda-roupa de Gabriela Pascolato e um Roberto Cavalli comprado em 2007 pela atriz Antonia Frering, filha de Carmem Mayrink Veiga.

Aqui, no Rio, a exposição vai obedecer a um percurso cronológico desde a década de 50 até os dias atuais, com criações agrupadas por temas e montadas no saguão principal da Grande Sala, localizada no primeiro andar do imponente prédio da Barra. Daniela Thomas, autora da cenografia, desenhou um ambiente lúdico, com manequins flutuando sobre as suntuosas passarelas e escadarias projetadas por Christian de Portzamparc. “Estamos falando de uma das arquiteturas mais incríveis e arrojadas do mundo, por isso o espaço vai ser o rei. Minha intenção foi utilizar a beleza desses planos que se encontram em diferentes níveis como percurso e o ar como vitrine”, explica.

Veja fotos do badalo!

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