Elas dançam Lindy Hop! Evento de jazz na Lapa mostra o que a turma gosta de dançar


A banda “All That Jazz Band” leva seu hot jazz para a Rua do Lavradio e atrai jovens para dançar

Enquanto a tão esperada chuva não chega e o calor entranha no cotidiano carioca como um rojão, a solução é correr para a rua e fazer programinhas ao ar livre. Afinal, estamos na Cidade Maravilhosa. E como refresco para o espírito cosmopolita do carioca, nada como um programinha na efervescente Lapa e a diversidade cultural da Rua do Lavradio, com a atmosfera do jazz tradicional de Nova Orleans.

Há quatro anos tocando no centro do Rio, a banda “All That Jazz Band” participou da mostra Jazz, Arte e Gastronomia. Criada em 1990 pelo cronista Fernando Sabino, que dava canja na bateria, hoje encanta jovens descolados com seu Hot Jazz, um estilo vibrante americano de raízes africanas que baixou na cidade de samba – tudo em família – para fazer a brincadeira “Carnaval ao redor do mundo”. Um repertório que reúne músicas dos carnavais de diversos países, como México, Cuba, Itália, Grécia e Portugal, com arranjos de jazz. E não é pelo carnaval que uma turma descolada chega lá, eles vão dançar Lindy Hop.

O ritmo que começou no Harlem nos anos 1920 atraiu uma turma de 20 e poucos anos para dançar ao som de jazz. Todos se conheceram nas aulas da Companhia de dança Rio Hoppers, no Espaço Multifoco, na Lapa. Desde então estão sempre reunidos em programinhas de jazz pela cidade para dançar. Será que em pouco tempo cairá no gosto dos cariocas a ponto de ter aula nas academias?

A consultora de marketing Joy Mendes acredita que não, mas apoiaria se acontecesse. “Queremos mais gente dançando. Nossa intenção é que cada vez mais pessoas se encantem e haja  mais eventos com o ritmo. Ele se tornou nosso vício”, diz. A turma resolveu criar seu grupo próprio nesta semana, o “Indie Lindy”. Já a produtora de eventos Thaís Matile tem medo que a dança perca sua essência caso comece a figurar em academias que estilizam tudo. “É uma dança que tem suas peculiaridades, que são a alma da brincadeira, precisa de entrega, não é só uma reunião de passinhos”, explica a produtora enquanto saculeja o esqueleto ao som do hot jazz.

*Fotos: Dayana Prato

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