Depois do Rock in Rio, Metallica vai estar entre nós em filme-concerto rodado em 3D


“Metallica: Through the never” estreia nos cinemas do Brasil no dia 4 de outubro

Depois de uma passagem explosiva pelo Palco Mundo do Rock in Rio, Metallica, uma das bandas mais importantes do heavy metal mundial, vai estar nos cinemas do Brasil com o filme-concerto “Metallica: Through the never“. Escrito e dirigido por Nimród Antal,  o filme tem a participação dos músicos da banda, que coassinam o roteiro, e mais a do ator Dane DeHaan. O longa faz um mix entre a apresentação de um show e a ficção. A distribuição ficou a cargo, no Brasil, da H2O Films e a estreia será no dia 4.

Cena de "Metallica: Through the never". Foto: Divulgação

Cena de “Metallica: Through the never”. Foto: Divulgação

O filme conta a história de Trip, um jovem roadie do Metallica, interpretado por Dane DeHaan, de “Poder sem limites”. O personagem é incumbido de resolver um assunto urgente durante show da banda americana. Mas o que parece uma tarefa simples se transforma em aventura surreal. Entre músicas e efeitos de pirotecnia no palco, Trip se vê no meio de uma guerra entre policiais e civis.

Com 92 minutos de duração, filmado em 3D e convertido para o formato IMAX (Imagem Maximum), “Metallica: Through the never” alterna trechos de três noites da banda em Vancouver, em 2012, com a história de Trip. O filme teve sua primeira exibição no último dia 9, no Toronto Internacional Film Festival. A estreia nos Estados Unidos será dia 27, sexta-feira.

Leia aqui a nossa crítica sobre o show da banda no Rock in Rio 2013:

Fãs de heavy metal são figuras que prezam pela lealdade. Podem conferir o show de sua banda preferida uma, duas, cinco, mil vezes. Mas a dedicação diante de seus ídolos, a cada vez que eles passam diante de seus olhos, é sempre a mesma. E assim, dois anos após incendiarem a última edição do Rock in Rio, o Metallica voltou ao Palco Mundo para encerrar os trabalhos no quarto dia de festival. Aliás, que encerramento…

Mais uma vez, James Hetfield transformou a apresentação da banda em um verdadeiro desfile de alegorias que representam a transformação do Metallica em ícone do gênero que elevou a outro patamar, com sua grandiosidade não somente sonora, como também cênica (com uma pirotecnia constante) e performática, uma vez que Hetfield interage com a plateia como um verdadeiro mestre-de-cerimônia, comandando coros e instigando o público, como ao perguntar “Estamos alto o suficiente para vocês?”.

No repertório, que durou 2h40, faixas de diversas fases do grupo: do início promissor na década de 80 (com os álbuns “Kill ‘Em All”, de 83, “Ride the Lightning”, de 84, e “Master of Puppets”, de 86″), passando pela consagração com o álbum homônimo da banda (o ‘álbum preto’), de 91, chegando a produções recentes, como ‘Death Magnetic’, de 2008.

Uma viagem por cada trecho da história da banda que sintetiza de forma consolidada (de certa forma até elegante) não somente um gênero musical, como também a relação entre seus representantes e seus representados. Uma prova? A permanência do público até o “Metallica te ama, Rio” disparado por Hetfield ao fim do show, ponto de dispersão para uma multidão que esteve de pé até o desfecho apoteótico (com a obrigatória ‘Seek and Destroy’) da ópera trash construída mais uma vez pelo Metallica.