Paulo Gustavo: “Tenho uma história bacana com a música, porque, além de tudo, minha mãe me sustentou cantando”


O humorista apresenta o Prêmio Multishow hoje ao lado de Tatá Werneck e IZA, em formato inédito, híbrido, e com atrações transmitidas ao vivo de todo o país. Paulo fala do evento, da quarentena com os filhos e o marido, da nova realidade para o humor e da ligação que tem com a música: “Amo. Tenho trilha para tudo. Posso dizer que na minha playlist tem de tudo e muita gente que está na premiação. Tem IZA, que escuto o dia inteiro, não faço tipo, ela sabe disso. Também sou fã da Luisa Sonza, da Anitta, da Gloria Groove, da Pabllo Vittar. Acho que todas essas pessoas merecem os aplausos de todos nós. É superdifícil arrumar um espaço. É uma luta viver da arte, da música. Quantas pessoas querem viver da música? Da arte? Mas você para se tornar uma IZA ,por exemplo, não basta só a voz, tem a atitude. Tem a batalha e tem que ter um borogodó diferente. É um combo. Então, todas essas pessoas que estão no prêmio merecem muito ser exaltadas”

*Por Brunna Condini

Hoje a partir de 21h:30, nos canais de transmissão do Multishow, Paulo Gustavo, IZA e Tata Werneck, vão comandar 27º Prêmio Multishow, ao vivo, direto do Rio de Janeiro. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o formato será híbrido, com performances espalhadas por diversas cidades do Brasil. Entre os shows confirmados no evento que vai premiar 16 categorias, estão o de Ivete Sangalo, Jota Quest, Lulu Santos, Ludmilla e Wesley Safadão, entre outros do cenário pop. Uma novidade da cerimônia será a plateia virtual, com participação de fãs dos indicados. Estarão in loco, apenas uma plateia reduzida com alguns trabalhadores da área de saúde. Uma homenagem do prêmio aos profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.

Paulo Gustavo falou sobre o prêmio e o cenário que estamos vivemos. É a quinta vez que ele apresenta o evento, mas confessa que sempre dá ‘um frio na barriga’: “Vou estar com amigos no palco, é maravilhoso e um exercício de generosidade, nos ajudamos. Ficamos nervosos, porque temos critério, só isso. Queremos arrasar, fazer o melhor”, brinca. “Estou animado de estar com a Tata e a Iza. Acho que vai dar super certo se a Tata falar certo o texto dela e vai estar no TP (risos). Sério, com esta pandemia todos temos que nos reinventar, acho que o Multishow está fazendo bem em adaptar o espetáculo. Vamos estar em um palco aqui no Rio, conduzindo apresentações e shows que vão estar espalhados pelo país. Vai ser lindo e emocionante”.

“Acho que o Multishow está fazendo bem em adaptar o espetáculo. Vamos estar em um palco aqui no Rio, conduzindo apresentações e shows que vão estar espalhados pelo país” (Divulgação)

O humorista garante que “a roupa para apresentar está linda”, e fala da importância da atração para os profissionais da área. “É um prêmio que exalta a música e também celebra uma indústria que tem sofrido com tudo o que estamos passando”. E sugere: “Acho que falta uma categoria neste prêmio maravilhoso. Eu criaria uma que homenageasse quem está por trás da apresentação. Porque é importante lembrar que para entrarmos em cena e fazermos o espetáculo, atrás do palco tem um trabalho grande e coletivo. O show não acontece se esses profissionais não existirem. Eles devem ser lembrados sempre. Até porque eles foram muito afetados também com essa pandemia e vivem disso”.

Ele também comenta sobre o humor em tempos de pandemia. “Acho que com esse momento difícil que estamos vivendo, ficamos receosos de fazer certas piadas na internet. Essa pandemia pegou a gente de surpresa e ficamos assustados, nervosos, não dava para fazer piada de nada. Hoje, de alguma forma, porque já estamos passando por tudo há muito tempo, as pessoas conseguiram ter algum humor, até fazer memes sobre algumas situações. Mas acho que só vamos conseguir elaborar o que está acontecendo quando sairmos desta pandemia”, analisa.

“Nós sempre nos reinventamos. Estamos atravessando um momento difícil, triste, mas não podemos perder a capacidade de sorrir. Até porque o humor ajuda a gente a atravessar momentos duros, mas de uma forma mais solar, se é que se pode dizer isso. O fato da gente sorrir, brincar, não significa que estejamos alienados. Que a gente não saiba a seriedade do que estamos vivendo. Mas como comediantes temos essa capacidade de trazer alguma leveza no meio de tudo. Assim como a música. Tentamos levar um pouco de alegria, tentar minimizar um pouco da dor e da tristeza”.

Paulo Gustavo, IZA e Tata Werneck estarão hoje apresentando o prêmio Multishow em formato inédito (Divulgação)

Paternidade integral

Paulo Gustavo é casado com Thales Bretas e eles são pais dos gêmeos Gael e Romeu, de 1 ano. O humorista conta que a rotina do casal mudou com os filhos e que a pandemia estreitou os laços. “Com essa loucura todo que estamos passando, eu tive o privilégio, a sorte, de estar vivendo tudo o que vivo dentro de casa. Tenho acompanhado esse primeiro ano dos meus filhos de perto e estou maravilhado com isso”, conta.

“Com essa loucura todo que estamos passando, eu tive o privilégio, a sorte, de estar vivendo tudo o que vivo dentro de casa” (Reprodução)

“Quase todos os meus projetos foram cancelados em 2020. Só fiz “A Vila”, no início do ano, o Prêmio Multishow agora e um episódio do ‘Vai que cola’. Vou ficar até 18 de janeiro em casa, quando volto a gravar a série ‘Minha mãe é uma peça’ para o Globopay”.

Aos 42 anos, Paulo também lembra da importância da música na sua criação, literalmente: “Tenho uma história muito bacana com a música, porque além de tudo minha mãe (Déa Lúcia), que também é professora, me sustentou cantando. Eu escuto de Bossa Nova à Beyonce. Amor música”, conta o ator que já cantou com a mãe em espetáculo.

“Sou apaixonado por todas as mulheres batalhadoras. Amo música. Tenho trilha para tudo. E falando do prêmio, posso dizer que na minha playlist tem de tudo e muita gente que está na premiação. Tem IZA, que escuto o dia inteiro, não faço tipo, ela sabe disso. Também sou fã da Luisa Sonza, da Anitta, da Gloria Groove, da Pabllo Vittar. Acho que todas essas pessoas merecem os aplausos de todos nós. É superdifícil arrumar um espaço. É uma luta viver da arte, da música. Quantas pessoas querem viver da música? Da arte? Mas você para se tornar uma IZA ,por exemplo, não basta só a voz, tem a atitude. Tem a batalha e tem que ter um borogodó diferente. É um combo. Então, todas essas pessoas que estão no prêmio merecem muito ser exaltadas”.

“Tenho uma história muito bacana com a música, porque além de tudo minha mãe (Déa Lúcia), que também é professora, me sustentou cantando” (Reprodução)