Paramos Zeh Pretim, o dono do baile do momento, para um um papo musical com direito a um top 10 especial para HT! Vem!


Depois do Uruguai e de cidades como Salvador e Porto Alegre, o Baile do Zeh Pretim vai aportar na Ilha de Vitória. O lugar, ele faz mistério, para variar, mas garante que vai ser um “festaralho”

Quando Paulo de Castro conseguiu seu primeiro emprego em uma multinacional recebeu o alerta: é proibido relacionamento entre funcionários na empresa. Nada que o impediu de engrenar um namoro com uma colega de trabalho. Ele na criação, ela no marketing. Para driblar o chefe da amada, que sentava em frente à ela, passou a usar um novo nickname no sistema de comunicação interno da empresa. Paulo de Castro virou Zeh Pretim. E continua assim até hoje. Só que esqueça a multinacional e pense em uma mansão gramada com ângulo perfeito para um sunset, troque o visual sóbrio pela bermuda e os computadores por pick-ups. Zeh Pretim hoje é o anfitrião de uma das maiores festas do país, um baile que leva seu apelido, e que cada vez mais vai expandindo território do Rio de Janeiro, urbe onde nasceu.

O primeiro Baile do Zeh Pretim aconteceu em maio de 2011, quando Zeh, que um ano antes tinha resolvido largar tudo e passar a discotecar, comemorou seu aniversário. A priori, a festa era apenas para 400 convidados. Mas só se falou no tal evento naquela noite no Rio. Resultado: mais de mil pessoas compareceram e o obrigaram a fechar a porta da festa quando o relógio marcava 0h30min. Esperto que só, e vendo que o Baile tinha sido um sucesso, não precisou mais de aniversário para motivar uma nova edição: cinco meses bastaram para a festa ficar falada do Arpoador até a Barra da Tijuca. Dali em diante foi só ladeira acima. Zeh Pretim abriu shows de rappers como Snoop Dogg e Flo Rida, fez uma edição internacional em Punta Del Leste, no Uruguai; e já agitou cidades como Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte. No próximo dia 25 de julho será  a vez da Ilha de Vitória dar corpo a sua lista.

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Edição do Baile no Mar Beach Club (RJ) (Foto: Raul Aragão/I Hate Flash)

O local, como virou tradição, é um segredo. Você primeiro compra o ingresso e só depois, faltando poucas horas para a festa começar, que Zeh Pretim conta onde está te esperando. Se ele acha que as pessoas podem ficar receosas e deixar de comparecer? Que nada. “Gosto que as pessoas queiram ir pro Baile porque é o Baile e não porque será no lugar x ou y. Nesses quatro anos trabalhamos assim e já fizemos Baile desde o Pão de Açúcar até em uma casa escondida no meio da Floresta da Tijuca no Rio. Gosto de comparar o Baile a uma festa de casamento, por exemplo. Quando te convidam pra um casamento você não pergunta: ‘o que vai ter pra beber?’, ‘o que vai tocar?’ ou ‘quem vai tocar?’. Você vai pelo evento em si, porque você acredita que será legal. Queremos que as pessoas confiem e venham pra festa com a energia lá em cima, independente de onde será, quem vai tocar”, se explicou.

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Edição do Baile no Píer Mauá (Foto: I Hate Flash)

E já que o lugar ele não contará nem sob tortura, o que serve de argumento para fazer o sujeito confiar e ir? “Quer se divertir? Não pergunta muito não, vem logo! Gosto do clima de festa despretensiosa, com gente de peito aberto para curtir até o pé fazer bolha, alegria e alto astral sempre”. O que HT tratou de descobrir é que a próxima edição será em uma mansão com um grande gramado, e com uma vista perfeita para o pôr do sol. Motivo, aliás, que levou o Baile a ser marcado para começar pela tarde. E o que faz tudo ficar redondo é a música. “Desde o primeiro eu quis juntar outros amigos djs para compor um line up conforme a linha musical que eu gostaria para a festa. Nunca gostei de apenas um estilo musical, por isso não é uma festa, é um Baile. Lá toca de tudo um pouco com uma cronologia musical”, contou.

Ao lado dos DJ’s Zedoroque e Rapha Lima, Zeh Pretim forma uma crew perfeita para ornar com toda a proposta do Baile. “O Zedoroque está comigo desde a 2ªedição. Eu já conhecia o irmão dele de longa data e ele se tornou meu padrinho de toca-disco, me ensinou o básico, sempre me ajuda, me corrige, é meu irmão. Já o Rapha, após o aniversário de 1 ano ele entrou para o time. Formamos um trio e entrou porque eu adorava os sets de rocinhas que ele fazia na festa Rocka Rocka e na época ele já era meu brother então o chamei para compor a parte de rockinho para as meninas no set. Desde então não saiu mais e ao lado do Zedoroque são as peças fundamentais da festa”, disse.

Vivendo exclusivamente da diversão alheia, Zeh Pretim chega quase que filosofar quando fala do trabalho. “Adoro poder levar alegria, de uma certa forma promover encontros, de criar ambientes que borbulham amor. Sempre fico extremamente feliz e orgulhoso quando sei de casais que se formaram em nossos Bailes ou quando recebo mensagens do tipo: “caraca, não lembro de nada ontem, foi incrível”, gargalhou. A festa acabou por gerar novas empreitadas para ele no ramo da noite, até porque, uma andorinha só não faz verão e acaba a água do mundo acaba, mas o Baile não. “Para continuar vivendo pra fazer o Baile me envolvo em alguns outros business no Rio de Janeiro como dois bares e outras festas como umas da cena underground para buscar sempre referências e abrir a cabeça com novas ideias”, contou.

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Edição do Baile no Mar Beach Club (RJ) (Foto: Raul Aragão/I Hate Flash)

Ao mesmo tempo que ele quer ampliar o leque festivo, buscando no lado B da cena profusões para sua noite, ele tem uma convicção: evitar tocar música eletrônica. “Acho que já tem muito DJ de EDM ou desse segmento pop-house. Mas as vezes até arriscamos algumas dependendo do público, mas prefiro quando não precisamos tocar isso”, admite. Quando questionado o quão difícil deve ser fazer uma festa dessa proporção, só vê um fenômeno natural como seu percalço imbatível: a chuva.” Esse é o único problema que com um telefonema você não resolve. E eu amo fazer festas ao ar livre. Dá uma dó quando a previsão não é boa e precisamos colocar toldos. O último Baile fez um por do sol incrível e um maravilhoso céu estrelado. Quando a natureza e São Pedro ajudam, a energia é ainda melhor”.

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Edição do Baile no Píer Mauá (Foto: I Hate Flash)

Batendo na tecla que a edição em Vitória vai ser um “festaralho”, Zeh Pretim disse que não remixaria uma música de Michael Jackson porque “original é mais gostoso”; que sua dupla perfeita para cantar quanto ele remixa é Jesuton; e que faria um Baile fácil, fácil no deserto, mas as condições é que o impedem. Para finalizar, enquanto garantiu que o perfil de frequentador de sua festa é aquele que é feliz, Zeh Pretim armou um top 10 especial para HT com o que não pode faltar na sua festa perfeita. Dá o play e sente só!

Serviço

Baile do Zeh Pretim

Data: 25 de Julho
Horário: a partir das 15hs
Local: Segredo de estado
Pontos de venda: www.bilheteriadigital.com
Valor: 2º Lote (Limitado) Feminino R$ 200 e Masculino R$ 250