OSB apresenta hoje récita sobre doidivanas que se entrega à mulher barbada de um circo!


Quem disse que repertório de ópera é bem comportado? A OSB Ópera & Repertório encerra 2013 com obra baseada em baladeiro que abre mão da noivinha puritana em prol de uma existência de volúpia!

A Orquestra Sinfônica Brasileira – OSB Ópera & Repertório  encerra hoje à noite a temporada 2013 em grande estilo. A orquestra apresenta hoje, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a ópera “A Carreira do Libertino”, do russo Igor Stravinsky, sob comando do maestro Jamil Maluf, titular da Orquestra Experimental de Repertório. Nos papéis principais de Tom Rakewell e Anne Truelove, destacam-se o tenor mezzo mexicano mezzo alemão Emilio Pons e a soprano cubana, mas criada nos EUA, Elisabeth Caballero, ambos estreando ao lado da OSB Ópera & Repertório.

“A carreira do Libertino” foi escrita pelo mestre russo em 1951, inspirado pelas gravuras do artista inglês William Hogarth. Na obra, o decadente Tom, persuadido por uma demoníaca e misteriosa figura, Nick Shadow, abandona a noivinha ingênua Anne Truelove e se entrega a uma vida de prazeres descabidos em uma fétida Londres. E mais: babadeiro como nunca, ele se torna habituê de bordéis e hospícios e acaba se casando com a voluptuosa mulher barbada do circo, Baba, a turca. Ou seja: o cara era mesmo do balaco, o que prova que as óperas nem sempre trazem em seu repertório almofadinhas empertigados e janotas de casacas de veludo buscando idílicos amores eternos.

A ópera estreou no mesmo ano de sua criação no Teatro La Fenice, na Itália, regida por Stravinsky, e foi a última do gênero escrita pelo compositor. Desta vez, além do casal de artistas gringos que interpreta os protagonistas, o barítono Homero Velho  e a mezzo-soprano Carolina Faria dão vida, respectivamente, a Nick Shadow e a barbuda Baba.

Consagradíssimo, o maestro Jamil Maluf tem estrada. Passou seis anos na Europa, onde estudou e regeu diversas orquestras. Ao retornar ao Brasil, foi regente titular da Sinfônica do Conservatório de Tatuí, da Sinfônica Jovem Municipal e da Sinfônica do Paraná. Em 1990 criou a Orquestra Experimental de Repertório, na qual se tornou maestro e diretor artístico. Foi professor e regente da Orquestra Acadêmica do Festival de Campos do Jordão, em 1981 e 2003 e, em 2005, tornou-se diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo, posto que assumiu até 2009. Ou seja, o cara é fera.

O músico tem dirigido inúmeros concertos, óperas e balés, sempre demonstrando grande qualidade como um maestro com notório poder de comunicação cultural. Já apresentou “Variações Enigma” (Elgar), junto à Orquestra Sinfônica de Campinas, além de criar os programas “Primeiro Movimento” (TV Cultura), “Palheta” (Cultura FM), e as inovadoras séries “Outros Sons”, “Ópera Estúdio” e “Cinema em Concerto”. Premiadíssimo, ele também realiza um importante trabalho na área de composição para teatro,  recebendo, em 1999, o prêmio APETESP, pela peça “Espiãs”; em 2000, o APCA, pela peça “Imago”; e, em 2002, o Prêmio Panamco, pela peça “A Mão”.

Fotos: Divulgação

Serviço:
Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Praça Marechal Floriano s/nº, Centro
Informações do Theatro: (21) 2332‐9191/ 2332‐9005, a partir das 10h.
Bilheteria: 2332‐9005 / 2332‐9191
Classificação: Livre
Preços: R$ 20 (Galeria), R$ 60 (Balcão Superior), R$ 100 (Plateia), R$ 140 (Balcão Nobre)
Capacidade: 2237 lugares; 456 (plateia); 344 (balcão  nobre);  406  (balcão  superior);  94 (balcão lateral); 624 (galeria); 100 (galeria lateral); 132 (frisas); 69 (camarotes)
Acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção na entrada  lateral do Theatro na Avenida Rio Branco.
Há serviço de valet gratuito
Descontos: 50% para terceira idade, estudantes, portadores de necessidades especiais e menores de 21 anos.
Programação sujeita à alteração.
Estacionamento pago.