O adeus a uma lenda: Lemmy Kilmister, líder do Motörhead, falece aos 70 anos vítima de “um câncer extremamente agressivo”


A notícia foi anunciada pela página oficial da banda no Facebook, enquanto Ozzy Osbourne lamentou a perda do amigo

Os fãs do Motörhead tiveram uma surpresa na noite desta segunda-feira (28). Aos 70 anos, Lemmy Kilmister, vocalista, baixista e líder de uma das bandas mais longevas e respeitadas do heavy metal, faleceu vítima de “um câncer extremamente agressivo”, como foi divulgado na página oficial do grupo no Facebook.

“Não há um jeito fácil de dizer isso. Nosso valente e nobre amigo morreu hoje após uma curta batalha contra o câncer. (…) Ele ficou sabendo da doença em 26 de dezembro, e estava em casa, sentando em frente ao vídeo game favorito dele do The Rainbow”, dizia o comunicado. A mensagem ainda se dirigia com um apelo aos fãs: “Diremos mais em breve, mas, por enquanto, toquem Motörhead alto, toquem Hawkind (a outra banda de Lemmy) alto, toquem sua música ALTO”.

(Foto: Divulgação)

(Foto: Divulgação)

Dentre alguns dos maiores hits ao longo dos 40 anos de trajetória da banda estão alguns clássicos como “Ace of Spades”, “Bomber”, “Orgasmatron”, “Killed by death” e “Born to lose”, usada pelo próprio grupo para homenagear o músico. No Twitter, Lemmy ainda foi reverenciado por outras lendas do rock, como Ozzy Osbourne, que declarou: “Perdi hoje um de meus maiores amigos. Sentirei muito sua falta. Ele era um guerreiro e uma lenda. Te encontro do outro lado”, postou. Já Mark Lanegan, do Queens of the Stone Age, escreveu: “Descanse em paz. Ver o Motörhead tocar no Yakima Speedway com a turnê de ‘Ace of Spades’ mudou a minha vida. Muito triste”.

 

Atualização – 14h

Mikkey Dee, baterista do trio, declarou ao jornal sueco “Expressen” que a morte do vocalista é o fim da banda: “O Motörhead acabou, claro. Lemmy era o Motörhead, mas a banda vai continuar viva na memória de muita gente. Não faremos mais turnês. E não haverá mais discos. Mas a marca sobrevive, em Lemmy vive no coração de todos”, disse, com tristeza, lembrando das dificuldades do parceiro: “Ele estava terrivelmente magro, gastava toda a energia no palco e depois ficava muito, muito cansado. Era inacreditável que ele conseguisse tocar, que tenha conseguido terminar a turnê europeia. Isso aconteceu apenas 20 dias atrás. Inacreditável. É fantástico que nós tenhamos sido capazes de terminar a turnê com Lemmy. Me alegra que não tenhamos cancelado por causa do Lemmy. Me sinto incrivelmente grato por todos esses anos, e nos divertimos muito juntos”, lembrou.