Haja cuba libre! Mesmo sem o vozeirão que lhe era peculiar, Rod Stewart enfileira hits e transforma Rock in Rio num baile setentinha


Num show de mãos levantadas, coro bonito e choro, Rod Stewart fechou o primeiro final de semana de Rock in Rio com um verdadeiro baile

Ok, Rod Stewart sempre será lembrado como uma das vozes mais marcantes do rock mundial. Mas se existiu uma certeza na Cidade do Rock na madrugada desta segunda-feira (21) foi a de que sua voz não é a mais a mesma. Não que fosse uma novidade, mas isso muda tudo. Talvez em canções como “First cut is the deepest” sua rouquidão – aflorada aos 70 anos e sentida até pelos ouvidos menos apurados – funcione e caia como uma luva. Mas em “Having A Party” e “It’s a Heartache”, por mais setentinha que sua memória seja, ela deixa a desejar. Tudo, claro, compensado com muito carisma, história e disposição.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Para dizer que não falei das flores: ele, como um bom hitmaker, não decepcionou os – muitos – fãs de todas as idades espalhados pela Cidade do Rock. Aliás, foi essa turma que proporcionou, com “I don’t want to talk about it”, um dos coros mais bonitos desses três dias de Rock in Rio até agora – e olha que tivemos o Queen! Entregando 16 faixas, Rod Stewart foi o melhor – mesmo com as críticas iniciais – do Palco Mundo: apresentou musicalidade mais rica que Seal e animou os presentes, como assim deve ser, mais que o amigo Elton John. Depois de entoar o medalhão “Stay with me”, o inglês, em pleno solo brazuca, apostou em “Da ya think I’m sexy”, que admitiu ter plagiado do nosso Jorge Ben Jor. Deixando “Sailing” , do Sutherland Brothers, de bis para o bye, bye, Rod ergueu uma bandeira do Brasil e foi acompanhando de mãos mil levantadas e balançando na multidão.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Com um palco recheado de belas mulheres –  três delas como backing vocal e o restante tocando violinos e instrumentos de sopro e percussão – ele revive o clima disco e as deixa com seus belos pares de pernas torneadas e vestidinhos com franjas entretendo o público enquanto  troca de terno – foram três mudanças – e beberica uma cuba libre. Pelas doses – que ela verbalizou que beberia – ou não, Rod mostrou que ainda é bom de dançinha e de bola. Chutou algumas para a multidão – teve gente brigando ou chorando por uma -, enquanto cantava com uma bandeira do Celtic,  clube de futebol escocês por qual torce. No telão, um aviso em português: “Rod gostaria que vocês soubessem que todas as bolas foram assinadas pessoalmente por ele”. Um afago do homem que transformou a Cidade do Rock num baile. E que baile.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Abaixo, o repertório completo do show de Rod Stewart no Rock in Rio 2015:

(Foto: Multishow)

(Foto: Multishow)