Depois do grande sucesso em 2016, Maiara e Maraísa começam o ano com novo DVD e garantem que não há pressão para o lançamento de hits: “Nós não vivemos de números”


Este ano, as irmãs lançam o segundo DVD da carreira, batizado de “Ao Vivo em Campo Grande”. Até a divulgação oficial e total do trabalho, elas optaram por soltar a cada semana novas músicas do álbum nas plataformas digitais.

Elas estão estouradas. Em 2016, Maiara e Maraísa deslancharam de vez na carreira. O sucesso, que começou no ano anterior com “10%”, disparou e as gêmeas de Mato Grosso passaram a estar presentes nos repertórios e setlists mais variados. Até porque, vamos combinar, as músicas chicletes das sertanejas chegaram até aos ouvidos mais tradicionais da cultura brasileira. E os números comprovam: hoje, elas já têm mais 1 bilhão e 350 milhões de visualizações no canal do YouTube e “Medo Bobo”, outro hit de Maiara e Maraísa, teve mais de 63 mil execuções nas rádios brasileiras em 2016, ocupando o terceiro lugar do levantamento feito pela empresa de monitoramento Crowley.

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Visando que 2017 seja ainda mais produtivo para as gêmeas do sertanejo, Maiara e Maraísa contaram ao HT que adotaram uma estratégia diferente para lançar o próximo álbum. Feito com muito amor e carinho para os fãs, como destacou Maraísa, elas optaram por lançar as novas músicas aos poucos na internet. No canal oficial da dupla no YouTube, Maiara e Maraísa estão divulgando cerca de três novas canções por semana do segundo DVD até que o público tenha o material completo online. A cada “lote de novidades”, elas ultrapassam a marca dos dois, três e até sete milhões de visualizações na plataforma.

Mas, se você pensa que o cheiro de hit é algo que movimenta a carreira delas, Maiara logo desconversou. Segundo a sertaneja, não há qualquer tipo de pressão para que uma nova faixa estoure nas rádios. “A gente tem pressão em fazer música e cuidar do nosso trabalho. Quem vai dizer se um lançamento vai virar hit ou não é o público. Não adianta a gente querer fazer um sucesso e o povo não aceitar dessa forma”, afirmou a cantora. Já Maraísa explicou o posicionamento da irmã. Segundo a sertaneja, a principal motivação da carreira da dupla é a satisfação em cantar. “A gente se preocupa em fazer o nosso melhor e trabalhar muito. Nós não vivemos de números e nem dessa pressão louca dos bastidores. O que a gente gosta mesmo é de estar no palco. A pressão que nós sentimos na nossa carreira é de fazer um bom show e animar sempre a galera que vem nos assistir. Mas isso é normal de todo artista de verdade que quer mostrar o seu trabalho”, declarou Maraísa.

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O fato é que, se há ou não pressão por novos sucessos, é unânime que elas não querem mais abandonar o estrelato. Depois de conquistar milhões de fãs pelo país, Maiara e Maraísa relembraram a fase difícil do começo. Na estrada desde 2013, as irmãs afirmaram que as desaprovações e recusas são naturais no mercado da música brasileira. “Nós já recebemos muitos nãos ao longo da nossa carreira. Mas hoje, com tantos sim que estamos conquistando, nem lembramos mais daquela fase difícil. Faz parte. Eu acho que cada um tem a sua história e precisa passar por isso para poder dar valor lá na frente. A gente acredita que Deus sabe a hora de cada um e, nesse momento, nós estamos aproveitando a nossa oportunidade”, disse Maraísa.

Assim como as gêmeas do Mato Grosso, o atual cenário musical brasileiro também tem outros exemplos de sertanejas mulheres que estão bombando por aí. Um desses nomes é Marília Mendonça que, ao lado de Maiara e Maraísa, viaja o Brasil levando a força da mulher dos palcos a públicos estrondosos. Com um projeto batizado de “Noite das Patroas”, as três cantoras já apresentaram em diversas cidades para centenas e milhares de pessoas os grandes sucessos da carreira. Aqui no Rio, por exemplo, elas lotaram o Jeunesse Arena, antigo HSBC Arena, que tem capacidade para mais de três mil pessoas. Sobre o projeto com Marília Mendonça, Maraísa destacou que a relação fora dos palcos é o principal fio condutor. “Esse não é só um show, existe uma grande amizade que já vem há anos. O que nós levamos para os palcos foi algo que já acontecia naturalmente em nossas vidas, e por isso deu certo em formato de show. Não é nada forçado e que não dura apenas uma noite em uma cidade”, explicou.

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