“Coragem para arriscar e mergulho nas minhas referências”, destaca Clara Valverde sobre o seu novíssimo som


“A gente faz”, lançada nas plataformas digitais, representa a progressão de seu trabalho e antecipa novidades sobre o disco que deve sair até outubro. Há quem diga que ela é uma aposta da Nova Música Popular Brasileira, mas a cantora prefere não definir seu trabalho em um único estereótipo. “É axé, outros ritmos nordestinos, pop dos anos 90 e 2000, MPB, é de tudo um pouco”, frisa

*Por Fernanda Quevedo

“Música brasileira contemporânea”. É assim que Clara Valverde defende a sua sonoridade marcada por uma voz doce, suave e robusta ao mesmo tempo. Há quem diga que ela é uma aposta da Nova Música Popular Brasileira, mas Clara prefere não definir seu trabalho em um único estereótipo. “É axé, outros ritmos nordestinos, pop dos anos 90 e 2000, MPB, é de tudo um pouco”, frisa. O fato é que, cada vez mais, ela vem ganhando o coração do público nas plataformas digitais. No dia em que lançou “A gente faz”, ela bateu um papo bem tranquilo com o Site Heloisa Tolipan e contou algumas novidades do que está por vir.  Até outubro, ela lançará mais duas faixas e o tão sonhado disco. “Com a música apresentada agora, vocês poderão conhecer um pouco mais  de mim e das minhas referências. Posso ser bem pop também, e boa parte das minhas referências vêm daí. Ao mesmo tempo em que gosto da cantora Céu, eu sou de uma geração que consumiu muito o pop da Rihanna, Britney Spears e Kate Perry. Por outro lado, a MPB e os sons nordestinos, também estão no meu DNA musical”, orgulha-se a cantora. A faixa também tem clipe dirigido por Stefano Loscalzo

Capa single “A gente faz” (Foto: Beatriz Pérson)

O álbum a ser lançado representa liberdade de expressão para Clara. “Estou vivendo profundamente esse disco e, como boa capricorniana que sou, fico acompanhando os mínimos detalhes da produção. E isso me proporciona uma liberdade sem igual na música para fazer, compor, estudar e progredir. Estou aproveitando tudo para amadurecer ainda mais”, enfatiza. Quem já ouviu o novo trabalho também vai poder atestar que é o mais diferente de todos lançados até aqui, já que o pop está ainda mais evidenciado, a ponto de deixar o som mais dançante. Sobre o disco, ela ressaltou: “Tem a minha cara, afinal participo de todo processo, desde as composições até as mixagens. Acho que ele expressa minha coragem de arriscar, sair daquela carinha de Nova MPB e seguir para um outro caminho com influências importantes que ainda não tinha trazido para minhas músicas autorais”, definiu.  

Para quem ainda não está inteirado desta novidade que é a Clara Valverde, basta dar um clique no Spotify para encontrar suas músicas nas mais diversas playlists. A paulistana de 24 anos despontou na indústria fonográfica em 2018 com apenas quatro faixas lançadas. Aliás, esta é uma estratégia de mercado utilizada por dezenas de outros artistas no Brasil. Eles lançam diversos trabalhos nas redes sociais, para só depois, algo em torno de um ano adiante, lançar o disco. O primeiro registro de Clara já ultrapassou um milhão de plays, e sua poesia melódica, simples e com os aspectos do cotidianos, geram cada vez mais empatia do concorrido público digital.

Clara Valverde define sua música como popular brasileira contemporânea (Foto: Beatriz Pérson)

Modernos, os artistas brasileiros vêm adotando também o padrão empreendedor de fazer e, mais, de viver de música. No caso de Clara, ela foi disparando vídeos no Youtube, que ela mesma editava, até ser encontrada pelo produtor e compositor Rique Azevedo, que trabalha com pessoas como a Sophia Abraão e o Jonatas Faro, e é o compositor de um dos maiores sucessos de Sandy e JuniorVocê desperdiçou”.  Entusiasmada e confiante, ela defende a nova geração de músicos. “Hoje ninguém fica mais só cantando e compondo. Todo mundo precisa estar atento ao mercado e a suas estratégias”, destaca Valverde e também pondera: “Busco fazer de todo este processo um momento saudável da minha carreira. Do contrário, podemos enlouquecer com as milhares de atribuições impostas pelo mercado, e cair em ciladas que não fazem bem nem para nós, nem para os outros profissionais que nos acompanham. Estou mergulhada no disco, mas também me cuido”, destacou Clara.