Com público mais receptivo, Monsters of Rock termina ao som apoteótico do Kiss, em dia cheio de topless na plateia


Segundo dia de festival teve shows do Steel Panther, Manowar, Accept, Unisonic e terminou com plateia extasiada, graças ao grupo de Paul Stanley, Gene Simmons, Eric Singer e Tommy Thaye

O fim de semana foi de rock, bebê. Ao contrário do que aconteceu no primeiro dia (e você viu aqui), o Monsters of Rock, festival de heavy metal e outras vertentes do gênero que movimentou a capital paulista neste sábado e domingo, encerrou a sua 21ª edição longe de polêmicas. Com os ícones do Kiss fechando a noite, o segundo dia trouxe repetições e clichês, mas pelo menos não teve ninguém cancelando a apresentação ou abandonando o palco.

O primeiro show na tarde de domingo foi dos brasileiros da Doctor Pheabes, única banda completamente nacional a integrar o line-up oficial – parte do Sepultura substituiu o Motörhead e Andreas Kisser se apresentou com o De La Tierra no dia anterior. Em seguida, foi a vez do “teatro” da Steel Panther (antiga Metal Skool), que animou a plateia com seu metal ao ponto de algumas fãs se empolgarem tanto que decidiram fazer topless durante a apresentação, atendendo ao pedido do vocalista Michael Starr. Além do bate-cabelo em cima do palco, o cara abusou das frases obscenas, fazendo referências aos próprios testículos, que “têm gosto de morango”, de acordo com o próprio. A banda, famosa pelas brincadeiras e discursos pornográficos, mostrou que o rock precisa de atitude acima de tudo, algo que faltou ao Black Veil Brides no sábado.

O dia continuou com o guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, que arrancou aplausos da plateia quando tocou a música “Purple Haze”, de Jimi Hendrix. A sequência trouxe o show acelerado do Unisonic, liderado pelo vocalista Michael Kiske, ex-Halloween, que não poupou as influências de sua antiga banda durante a apresentação. Já os alemães do Accept mostraram por que são referência no gênero e, com a setlist repleta de clássicos, encerraram a performance com “Balls To The Wall”.

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Os próximos a tocarem foram os bombados do Manowar, que apesar de terem despertado a antipatia dos fotógrafos do evento por permitirem apenas 10 segundos de fotos, ainda conseguiram cativar a plateia graças ao som épico e as declarações em português do baixista Joey DeMaio: “O Brasil e os brasileiros têm um lugar especial no nosso coração”, disse, ouvindo berros de resposta. O grupo ainda contou com a participação do guitarrista brasileiro Robertinho do Recife. O Judas Priest, única banda a tocar nos dois dias de festival, se mostrou mais à vontade no palco do que na noite anterior, quando teve que estender sua apresentação graças ao cancelamento de Lemmy Kilmister.

Com mais de 40 minutos de atraso, os mascarados e pintados do Kiss subiram ao palco do Monsters of Rock para encontrar uma plateia receptiva e extasiada com a presença dos metaleiros. Nota para quem tá começando: não é qualquer artista que pode passar do horário e ainda assim ser ovacionado. Com vários fogos de artifício, sangue cenográfico, vôos coreografados e clássicos como “Rock and Roll All Night”, não foi surpresa para ninguém que o público tenha saído mais do que satisfeito com o grupo de Gene Simmons, Paul Stanley, Eric Singer e Tommy Thaye.

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