Banda Plutão Já Foi Planeta lança nova faixa e promete conquistar ainda mais o público no Rock in Rio


Em seu novo trabalho, a banda, que ganhou força através do programa da Rede Globo, Superstar, comenta sobre os preparativos para o RiR e novos rumos da carreira

*Por Domênica Soares

Apostando em uma balada de flow romântico com elementos eletrônicos, Natália Noronha, Gustavo Arruda, Sapulha Campos e Renato Léllis, protagonizaram o clipe “Pra Gente Ser Feliz”, que foi gravado em um karaokê tradicional localizado no bairro da Liberdade, em São Paulo, sob luzes azuis, muito brilho e globos espelhados. O clipe tem em sua composição musical a leveza de viver um amor sem pressa e a celebração desse sentimento puro entre as pessoas. O lançamento, feito pelo slap, selo da Som Livre, tem o objetivo de mostrar um novo ciclo que a banda está passando, com o tom mais maduro que traz consigo grandes apostas para o futuro.

O single também marca a nova composição da Plutão Já Foi Planeta, agora sem a baixista Vitória De Santi, que vai em busca de novos rumos e objetivos, como anunciado no perfil oficial da banda. Com uma nova sonoridade, o quarteto estará no Rock in Rio e promete causar no festival. Essa é mais uma conquista do grupo que participou do Superstar, recebeu troféus e prêmios para construir a história da banda que se destaca no cenário musical há seis anos. Para o futuro, a palavra é sucesso e o fruto disso é muito trabalho. 

Plutão Já Foi Planeta em seu novo clipe (Foto: Tinho Sousa)

Em entrevista ao site Heloisa Tolipan, Sapulha Campos, um dos integrantes da banda contou que um dos destaques neste ano será a primeira apresentação em um grande evento de música, o Rock In Rio. “Estamos realizados demais! É uma alegria muito grande. Todo mundo que trabalha com música tem os grandes festivais como objetivo. Um marco na nossa trajetória”. Para a apresentação, a banda convidou a Mahmundi para fazer parte desse momento especial. Eles ainda explicam também que muitas etapas estão por vir e querem aprender por cada experiência vivida, principalmente com o mercado da música, visto que hoje em dia tudo acontece online e com rapidez. Por outro lado, afirmam que isso ajuda muitas pessoas a mostrarem o trabalho e o talento através da interface do computador. “Hoje todo mundo consegue se expressar, gravar, mostrar o trabalho. Isso é positivo e nem temos dúvida. Em relação a momento vivido, acreditamos que sempre existe uma dificuldade de entender o presente. Acho que o entendimento mais perfeito fica para frente quando os dias atuais virarem história”, frisa Sapulha.

O quarteto gravou seu novo single em um karaokê em São Paulo (Foto: Tinho Sousa)

Aproveitamos a oportunidade para falar sobre o meio artístico e suas peculiaridades. A banda não esconde que é difícil encarar as adversidades que esse universo proporciona. “Nada é simples, infelizmente. Principalmente nos dias de hoje em que a cultura anda meio escanteada. Felizmente, tudo que vem da arte é movido com muito amor e dedicação, é isso permite que a roda gire. É um meio de gente muito forte. Não tem como ser diferente”, concordam. Lembramos também do início da jornada dos músicos que deslanchou quando participaram da terceira temporada de Superstar, programa da TV Globo, em 2016 e terminaram como a banda vice-campeã do programa. “Foi uma experiência incrível é um divisor de águas na nossa história. O programa nos lançou para o país. Antes de tudo, tínhamos uma boa visibilidade no Nordeste. O Superstar serviu como esse atalho e como vitrine. Até hoje a gente encontra pessoas que começaram a ouvir o Plutão nessa época. Somos muito gratos”. 

Sobre leis de incentivo à cultura, Sapulha Campos chega à conclusão que falta a valorização do cenário cultural como um todo no Brasil e por isso, as leis são de extremamente necessárias. “É importante demais. Tanto para quem consome quanto para quem produz. As leis culturais no Brasil são boas para todos os lados. Ganha o artista, ganha o público e o empresário que quer fazer parte disso tudo. Claro, tudo sendo feito de forma certa e  transparente para poder funcionar bem. Infelizmente ainda há visões muito distorcidas sobre alguns incentivos e, geralmente, isso vem atrelado à desvalorização da cultura”, conclui. Segundo os integrantes da banda é essencial que o artista se valorize e passe isso para o público, mostrando a importância de seu trabalho.

A banda promete inovar ainda mais em suas produções (Foto: Tinho Sousa)

Plutão Já Foi Planeta têm inúmeras faces e fases, e apesar de muitos sonhos e expectativas terem sido alcançadas. Os integrantes sonham em levar sua música para o exterior. Ainda, contam que acham que estão seguindo por um bom caminho, deixando claro que nenhuma escolha é fácil e que inúmeros problemas surgem no percurso. Para os iniciantes na música, eles deixam um recado “Problemas sempre existem. A dica que a gente tem é a mesma máxima que empregamos dentro da banda: ter serenidade para enfrentar os obstáculos por sabermos que dificuldades fazerem parte de qualquer caminhada”, mostram com sinceridade o ponto de vista. Para finalizar, eles afirmam que os obstáculos estão e estarão sempre na trajetória, mas com ar otimista garantem que a música nunca foi tão democrática e diversa quanto é hoje. 

Amor, diversão e sonho. Foram as três palavras escolhidas pelos integrantes a resumir Plutão Já Foi Planeta. Quando perguntamos sobre o legado da banda para o público, a resposta estava na ponta da língua: a música. “Queremos permanecer na cabeça e ouvido das pessoas por muito tempo. Queremos que as pessoas lembrem da nossa música hoje e no futuro”, afirmam. A música é a arte que os ouvidos sentem e, para o grupo, a melhor observação sobre a arte vem do grande Ferreira Gullar (1930-2016): “A arte existe porque a vida não basta. Suaviza e embeleza nossa existência. Tudo fica melhor com a arte”. Eles dizem que aprendem o tempo todo com o trabalho, com o grupo e com o cotidiano. Concluem contando que a banda é uma espécie de ‘casamento’, que é necessário respeitar as diferenças e o pensamento de cada um e, sem isso, não é possível seguir adiante. Esse casamento já dura seis anos e não tem prazo de validade.