Axl Rose já não diva, mas faz rock, bebê! Confira tudo o que rolou no show do Guns N’ Roses!


Famosos novinhos e balzacas curtem o show da banda com as músicas na ponta da língua na HSBC Arena

Não adianta fazer a blasê agora que o Axl Rose está barrigudinho e falar que nunca babou na frente da tevê com a MTV mostrando o rapaz sem camisa e calça justinha nos anos 1990. Atire a primeira pedra a “balzaca” que nunca usou a bandana igual a do ídolo! Quem nunca saltou a veia do pescoço cantando “Sweet Child O’Mine” ou sofreu por amor ao som de “Dont Cry” na adolescência. Pois o Guns N’ Roses, ontem, no HSBC Arena, Rio, provou que ainda consegue atrair esta turma que curtia o grupo na época e, ainda, outros que não presenciaram sua era de ouro e já começaram gostando desse Axl gordinho. Afinal, mesmo perdendo todo o sex appeal ele ainda faz rock. Não estando preso ao posto de sex symbol, ele fica um roqueiro digno de reverência e respeito. Então, conseguindo encarar a difícil missão de esquecer aquele gato de outrora – e já está na hora mesmo de fazer isso – dá para curtir um show de rock inesquecível. E mais: é possível arriscar dizendo que a banda agora só não é melhor que antes por ter perdido o poder do vocal de Axl e a falta que um guitarrista como Slash faz. Fora isso, esta quinta-feira á noite foi, definitivamente, dia de rock, bebê!

Com calça jeans detonadinha, camiseta, casaco de couro azul, chapéu e óculos escuros, o rock star abre o show ao som de “Chinese Democracy” e emenda com “Welcome to the Jungle” para começar com pegada forte, daquelas que levanta a plateia. Ao longo do repertório, os três guitarristas do grupo, o baixista e o tecladista Dizzy Reed (que junto com Axl é o único remanescente da banda antiga) fazem seus bons solos, enquanto o vocalista vai a uma espécie de camarim montado junto ao palco para trocar de roupa, mas sempre mantendo a mesma linha de figurino.

O cenário tem todos os elementos para um astro brilhar: luzes, faíscas, telões e projeções. E com estes ingredientes, assim como esperado, o astro causa delírio coletivo com “Sweet Child O’Mine”. Cantados a plenos pulmões pela plateia, clássicos como este, além de “Patience” e “Paradise City”, provam que resistem ao tempo e à tal barriguinha de chope. Axl também mostra amadurecimento ao sentar no piano e tocar “November Rain”. Meigo. Outro ponto alto do show é quando o guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal toca o hino nacional brasileiro. Nessa hora, o público incorpora o ufanismo e canta junto. Músico ovacionado, missão cumprida.

Mesmo não lotando todos os espaços da HSBC Arena, a banda enche bastante a casa com um público bem heterogêneo. Sinal de que resiste aos entretempos. Há desde adolescentes bem novinhos – de todos os estilos, da patricinha ao roqueiro, ao público “vovô-garoto” com cara de quem tem uma “Harley-Davidson” esperando na porta. Ah, e muitas balzaquianas saudosistas. Uma delas é a atriz Giovanna Antonelli que, com cara de réu confessa, diz que até a famosa bandana na cabeça chegou a usar. “Estou realizando um desejo reprimido, minha mãe não deixava eu ir na época”, conta a moça, que tão feliz quanto qualquer menina que a genitora  tivesse permitido ir ao “Rock in Rio 2” em 1991.

Já a estudante Clara Fernandes, de 19 anos, afirma que começou a gostar da banda através da prima mais velha e do pai. “Eles me incentivaram, mas teria conhecido da mesma forma, gosto de rock, das bandas da época. Este show foi incrível, os caras são bons, ninguém pode negar, é rock de primeira!”, afirmava a menina com sainha sexy e coturno.

Já a atriz Bianca Bin não se assume roqueira, mas diz que curtia esse som na infância: “Roqueira não sou, mas era fã na infância. Tinha os álbuns e assistia na MTV, mas não usava a bandana (risos), nem cheguei a ter LPs”, conta. Outra do time das novinhas, a atriz Juliana Alves, só foi por causa do namorado que é fã inveterado e jura que ele nunca foi “divo” na sua avaliação: “Hoje vim pelo Guilherme, meu namorado, ele ama o Guns. Até curti, mas não a ponto de ser fã. Também nunca babei pelo cantor, não faz meu tipo”, brinca. De fato quem vê o músico hoje, não dá para imaginar quem ele já foi. Nem o rosto, nem o corpo, nem a voz são mais os mesmos. Mas a performance e carisma são quase iguais, apesar dos quilinhos a mais e do nítido cansaço no meio do show. Aliás, os trejeitos e a forma peculiar de dançar continuam encantando. Já a tradição do atraso não, ganhando até algumas vaias da plateia por causa das duas horas a mais, mesmo com uma certa histeria pró-chegada da banda no início.

Enquanto rola o show, nos camarotes montados para agradar a plateia ilustre, comandado pelos promoters Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho, famosos desfrutam de uma verdadeira mordomia gastronômica assinada pela consultora Simoni Coutinho, com exclusividade, pela Top Gourmet. Entre as celebrities em peso, presente o time daqueles que estavam ali pelo saudosismo, tipo Maurício Mattar, Thiago Fragoso e a mulher, Mariana Vaz, além do gatíssimo Malvino Salvador que foi com a namorada Kyra Gracie. Já no cardápio dos ídolos da noite, adivinhem? Churrasco! Axl mostra, mais do que nunca, que é mesmo um roqueiro barrigudo junkie que levanta a plateia com um bom rock’n’roll.

Confira a performance icônica do astro nas fotos de Vinícius Pereira!

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