A dor é universal e, abrindo seu coração partido, Sam Smith conquistou o Rock In Rio: “Espero que possa ajudar vocês com as minhas músicas”


O britânico apresentou um catálogo impecável com covers de Marvin Gaye e Amy Winehouse, e nem Cara Delevingne ficou a salvo da emoção

Com apenas um álbum na manga e um sucesso avassalador que lhe tornou numa espécie de “o novo Adele”, Sam Smith subiu ao Palco Mundo do Rock In Rio para um show emocionante, que não abriu mão de seus discursos intimistas, uma pitada de dança e toda uma plateia que dividiu o coração partido com o britânico. Já entrando com um de seus maiores sucessos, “I’m not the only one”, o cantor deixou claro que sua apresentação não pouparia esforços para agradar.

Na frente do palco, Cara Delevingne, que foi para assistir ao show de Rihanna, mas não resistiu à performance de Sam Smith, simbolizava o que todos os presentes estavam sentidos: uma avalanche de emoção, à medida que o repertório ia se completando com faixas como “I’ve told you now”, “Leave your lover” e “Lay me down”, que teve direito a coro empolgado e homogêneo da plateia. Por sinal, até Sam estava ansioso com o show de Riri: “A última vez que eu a vi ao vivo foi aos 15 anos. Então, estou tão empolgado quanto vocês”.

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Para suprir a falta de músicas próprias – no caso, apenas em quantidade, porque com apenas um disco Sam Smith conseguiu construir, até o momento, um catálogo impecável -, o britânico fez uso de covers clássicos para incrementar sua setlist, como “Ain’t no mountaing high enough”, de Marvin Gaye, e “Tears dry on their own”, de Amy Winehouse.

“Eu quero diminuir o ritmo um pouco e falar sobre o meu álbum – ele é um pouco depressivo para c***”, comentou Sam. “Eu me apaixonei por um cara há três anos e ele partiu meu coração. Essas músicas me ajudaram a me curar e, hoje, elas não são mais minhas, são de vocês. Eu espero que possa ajudá-los também”, disse o cantor, visivelmente muitos quilos mais magro do que quando começou a carreira, logo antes de cantar “Not in that way”. Na sequência, um pouco de dança e animação com “La la la”, a parceria com o produtor Naughty Boy.

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O ápice foi “Stay with me”, como era esperado, música escolhida para encerrar a noite e responsável por lançar sua carreira no mundo. Com um coro uníssono vindo da plateia, de mãos erguidas e olhos fechados, ficou claro que a dor de um coração partido é universal e inevitável – e Sam Smith soube como ninguém fazer uso disso, da forma mais lucrativa e sensível possível. Se já não bastasse, ainda prometeu voltar ao Brasil em breve e com um novo álbum. Aguenta coração.