A banda 3030, que estará no Rock In Rio, lança DVD “Tropicália” em comemoração aos 10 anos de estrada


O Circo Voador foi o palco escolhido pela banda, que já possui mais de 400 milhões de visualizações nas plataformas digitais e promete conquistar ainda mais o público no show de hoje, 7 de setembro

3030 lança DVD “tropicália” no Circo Voador (Foto: Estar Comunicação)

*Por Domênica Soares

Hoje, 7 de setembro, o Circo Voador recebe o grupo de Rap 3030 com o lançamento de seu DVD “Tropicália”. A abertura do evento terá as apresentações da Banda Fuze com Bella Mattar (artista do selo Novo Egito, do 3030), além dos DJ’s Thai, RV e a cantora Clau. A banda, que é formada por Rod, LK e Bruno Chelles vem com tudo nessa noite inesquecível, trazendo muitos sucessos da carreira, como Foda Que Ela é Linda’, ‘Manhã de Sol’, ‘Cuidar de Mim’, ‘Meu Jardim’, ‘Quanta Beleza’, dentre outros sucessos. Além das participações incríveis de artistas como: Nano, Tifli, Lary, Leo Gandelman, Choice, Jhama, Lennon, entre outros. O cantor, LK, conta que o DVD é focado no novo disco “Tropicália”, lançado neste ano. “Buscamos desenhar com esse trabalho a trajetória completa do 3030, mostrando as nuances, as fases musicais diferentes pelas quais passamos.  A ideia do projeto em si é retratar isso em blocos, tanto sonoramente quanto visualmente”. 

Grupo de Rap possui mais de 400 milhões de visualizações nas plataformas digitais (Foto: Estar Comunicação)

Em entrevista exclusiva ao site Heloisa Tolipan, LK, conta um pouco sobre a escolha do nome “Tropicália”. Segundo ele, quando o disco foi finalizado ainda não existia título e aí perceberam que havia algumas semelhanças desse álbum, com o movimento tropicalista que começou no final dos anos 60. Ele conta que inovaram e trouxeram novas referências e experiências musicais, sendo então, um álbum em que buscaram se desafiar musicalmente, incorporando novos elementos, como os que aprenderam na viagem que fizeram a Los Angeles no ano passado, onde surgiu inspiração e uma proposta eclética de misturar gêneros sem perder a essência do 3030 “Assim como no movimento tropicalista a entrada da guitarra elétrica e outros conceitos vindos de fora e incorporados na música brasileira, para o 3030, isso se refletiu com a entrada também de elementos e estéticas novas, assim como na utilização da nossa voz de forma mais moderna, em consonância com o que vem acontecendo no exterior”.

Os integrantes do grupo falam sobre carreira e novos rumos (Foto: Tristan Stefan)

LK comenta que estão buscando levar para o público uma experiência para que o 3030 seja visto indo além, se desafiando, buscando novos sons para que percebam a pluralidade das possibilidades que podem surgir com a música “Começamos com a influência de MPB, Bossa Nova, na primeira música, já na segunda canção estamos no reggae. De repente, estamos num âmbito mais eletrônico, mais moderno. Daí a pouco, estamos misturando o trap com o funk. Então, trata-se de um convite para que o público entre nessa experiência coletiva com o 3030”. 

Bruno Chelles fala sobre o Rock in Rio e disserta que tocar em um dos maiores eventos do mundo, além de ser um passo muito importante na carreira, é também a realização de um sonho: “Desde a infância víamos o festival pela TV e ouvíamos falar a respeito. Até hoje, nenhum de nós nunca foi ao evento, em nenhuma audição. A primeira vez será para tocar, para trabalhar e isso é muito bom e gratificante. As expectativas são as melhores possíveis”. 

Os rappers estarão presentes no Rock in Rio (Foto: Tristan Stefan)

Tudo isso mostra que a banda vem evoluindo e alcançando lugares mais altos ao longo de sua jornada, e isso fica claro, através de todos os números que colecionam nas plataformas digitais. No YouTube: total aproximado de 340 milhões de visualizações e 1,2 milhão de inscritos, no Spotify: total aproximado de 240 milhões de streaming e 1,1 milhão de ouvintes mensais. Para Rod, as ferramentas da internet são muito importantes, ele explica que a banda começou em uma geração na qual o CD já não era uma opção, porque já não vendia mais. “Começamos com uma cabeça um pouco diferente nesse sentido de tipo de mídia. Tentamos criar nossa base de fãs pela internet mesmo, gravar de forma independente, fazer divulgação física pelas ruas, distribuindo e vendendo o trabalho. Nós focamos muito na internet por identificarmos que ali estava nosso público alvo. Inicialmente usávamos o Orkut, depois o Facebook. Conseguíamos nas mídias digitais exatamente o público que queríamos, indo nas comunidades de Rap, de Hip Hop, divulgando nosso som. Mais tarde, então, nos voltamos também para o Youtube. Ou seja, sempre procuramos alimentar os nossos conteúdos em diversas plataformas digitais”

3030 adianta que ao longo do ano ainda virão muitas novidades (Foto: Tristan Stefan)

Rod comenta também que as redes sociais divulgam muito o trabalho dos artistas, mas que infelizmente as pessoas, muitas vezes, deixam de valorizar a música em si para valorizar o número de seguidores e de visualizações. Segundo ele, o mercado passou por muitas mudanças com a migração para as redes sociais, e explica que a banda possui uma boa relação com elas, sempre produzindo e alimentando esses canais, pesquisando novidades e tornando-as mais criativas e interessantes “Temos noção de que essas plataformas têm grande importância quando temos um lançamento, um show, estabelecendo uma comunicação direta com o público. As críticas, em vários momentos da carreira, incomodaram, até aprendermos a lidar. No início, não é fácil. Um comentário mais agressivo, menos gentil, um mero ataque pessoal, pode causar estranheza e muito desconforto. Felizmente a maior parte dos comentários do nosso público hoje é bem construtivo, franco e aberto. Acho que entendemos melhor como nos mexer dentro desse universo digital”. Rod ainda adianta que ainda virão muitas músicas novas ao longo do ano e que a trajetória do 3030 vai ainda mais longe.