Zero Grau: Todos os holofotes para a geração de negócios e internacionalização da indústria calçadista brasileira

Zero Grau terá edição histórica no Serra Park, em Gramado (Foto: Dinarci Borges – FlashTOP)

O Brasil é o quarto principal produtor mundial de calçados e 2022 deve ser o marco de 851 milhões de pares produzidos. Além disso, o setor segue em tendência de crescimento nas exportações, que, entre janeiro e setembro, somaram 107,9 bilhões de pares embarcados, gerando US$ 990,35 bilhões em receita, resultado superior ao mesmo período do ano passado. Mais? Neste mesmo período, a indústria gerou 44,4 mil novos empregos. O cenário é próspero para o crescimento, já que a indústria eleva projeção com a retomada do mercado interno e das exportações. E os últimos meses têm sido de recuperação para o varejo. No momento, também podemos dizer que, para o segmento, os bons ventos vêm do Sul do Brasil!

Na esperança de novos tempos com a retomada do girar a roda da economia e antecipando as novidades das principais marcas de calçados e acessórios para o Outono-Inverno 2023, a Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios, referência da economia ativa do setor e promovida pela Merkator Feiras e Eventos, reunirá players das indústrias, marcas brasileiras, varejo especializado e compradores internacionais para negócios e troca de experiências, entre os dias 21 e 23, no Serra Park, em Gramado (RS). “O calçado brasileiro volta a ser um personagem importante no cenário mundial e a nossa feira está acontecendo no momento certo para compras da temporada fria para diversos países e mesmo de reposição de estoques de verão para outros locais”, ressalta Frederico Pletsch, diretor da Merkator, empresa que fomenta, através de suas feiras, a comercialização do que há de mais inovador e tecnológico no mercado, funcionando como uma ponte entre compradores do Brasil de Norte a Sul e do mundo. São esperados 12 mil visitantes nos três dias. Com sua expertise e paixão pelo setor calçadista do nosso país, Frederico acrescenta ainda que somando em todo o país são cerca de 301 mil trabalhadores. “Este é um número importante, porque é sinônimo de  emprego no chão de fábrica que mostra o início de todo o processo. Com eles, o setor começa a andar”, sinaliza Pletsch.

O diretor da Merkator Feiras e Eventos, Frederico Pletsch confiante com o crescimento do setor (Foto: Dinarci Borges – FlashTOP)

CHANCELA INTERNACIONAL

Diretora de Relacionamento da Merkator Feiras e Eventos, Roberta Pletsch, em entrevista exclusiva ao site Heloisa Tolipan pontua: “Posso dizer que esta será uma das maiores edições da Zero Grau. Para você ter uma ideia, através do Grupo de Importadores – projeto da Merkator com sindicatos parceiros, que tem o objetivo de proporcionar aos expositores oportunidade de prospectar novos mercados, apresentar suas coleções e fomentar as vendas para o mercado externo – contaremos com cerca de 100 importadores, vindos de 25 países das três Américas, Ásia e Europa. Junte-se a estes importadores mais 400 vindos do credenciamento antecipado”.

Roberta Pletsch sempre ressalta que os calçados made in Brasil são muito apreciados pelo design, conforto e tecnologia. “O importador consome os produtos especialmente para o verão em todos os continentes. Fazem encomendas exclusivas para marcas internacionais, pois é enorme o mercado private label. Temos sofisticação e leveza. A vinda dos lojistas e representantes de tantos países é fundamental. As empresas sabem do poder de a moda se reinventar, então é necessário que todos estejam alinhados com o que o consumidor deseja”.

Roberta Pletsch, diretora de Relacionamento da Merkator Feiras e Eventos, promotora da Zero Grau (Foto: Cálita Pires de Oliveira)

Segundo dados divulgados pela organização do evento, os vizinhos latino-americanos chegam com o maior número de compradores, com 48 profissionais de sete países. “Equador, Uruguai, Bolívia, Colômbia e outros países da América do Sul são acostumados ao nosso produto. Nesses lugares nossas marcas são conhecidas, e a qualidade do calçado brasileiro é uma referência. A tendência é seguir vendendo bem para eles, e fazer o número de pares crescer a partir do contato direto na feira”, explica a diretora Roberta Pletsch. “Teremos muita diversidade de países que vão estar conosco nesta edição. E isto aumenta muito a nossa responsabilidade como anfitriões e também como realizadores do evento que promove esta aproximação entre a indústria e o comércio, que deve movimentar a vida de vários cidadãos ao redor do mundo”, sublinha Roberta Pletsch.

Das Américas, ainda virão representantes de oito países da América Central e um importador dos Estados Unidos, da América do Norte. O mercado asiático, especialmente países do Oriente Médio, como Bahrein, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes vão estar representados também por importadores. “Os importadores asiáticos buscam produtos de valor agregado, é uma excelente oportunidade para as nossas marcas. Queremos que o empreendedor brasileiro possa exportar para mais países, conhecendo novos mercados, e também aqueles que já vêm exportando possam solidificar parcerias”, explica Roberta. Portugal, Alemanha e Polônia terão quatro compradores. “Consideramos este um bom número, especialmente pela situação que a Europa atravessa no momento”, frisa Roberta Pletsch, referindo-se à guerra entre Rússia e Ucrânia e o desaquecimento econômico de grandes potências no mundo.

São estes os países que, através do Grupo de Importadores, estarão na Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios: do Oriente Médio: Bahrein, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes; das Américas: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Chile, Costa Rica, Paraguai, Panamá, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Honduras, República Dominicana, Porto Rio e USA; da Europa: Portugal, Alemanha e Polônia.

Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios: conexão entre fabricantes e compradores nacionais e internacionais (Foto: Dinarci Borges – Flash TOP)

MOVIMENTO DO MERCADO

Corroborando com o ponto de vista do seu pai, Frederico Pletsch, que vê a adesão dos expositores ao projeto oportunizando um crescimento da importância do mercado internacional dentro da feira para as marcas brasileiras, Roberta destaca: “O momento que o setor calçadista está passando é muito bom. A expectativa é que cresça até 3,9% este ano e, outro fator importante, é a previsão de que as exportações cresçam 16% a mais em relação a 2021. Por isso, a presença de tantos importadores e compradores internacionais na Zero Grau. Estão buscando o calçado brasileiro que tem design, qualidade e muita sofisticação. E os lojistas do mercado interno vêm ao evento por que sabem que sua vitrine estará se renovando. Nossa feira sai na frente do calendário de lançamentos de calçados, então eles sabem da importância de vir fazer seus pedidos. Além de ser um lugar de conteúdo de relevância, informação e network”.

Ela comenta ainda que o evento conta com mais de 300 expositores, o que gera em torno de 1.500 marcas de calçados, e que é de suma importância os sindicatos parceiros traduzirem o termômetro das realidades das fábricas e lojas no país sinalizando e prospectando resultados positivos para as duas pontas da cadeia calçadista. “Temos os expositores dentro das grandes marcas e os grupos que estão vindo para feira, com pequenas empresas, como o Estação Moda RS, por exemplo, um projeto de relevância do Rio Grande do Sul, que tem 32 empresas com apoios de algumas entidades e prefeituras. Então, temos o mix democrático do grande expositor âncora e do trabalho importante dos pequeno e médios produtores. Além disso, criamos nossas feiras também com princípio de turismo de lazer e negócios, já que Gramado é uma cidade encantadora, com ótimas opções hoteleiras e gastronômicas, em que os profissionais do setor vêm para feira, mas, ao mesmo tempo, conseguem desfrutar de Gramado. Ainda mais nesta época, na qual a cidade está toda enfeitada para o Natal Luz”. Em tempo: o evento natalino é um dos maiores espetáculos do gênero no mundo.

O setor de viagens corporativas manteve seu ritmo de recuperação e fechou agosto com um faturamento de R$ 1,15 bilhão, 12,6% superior ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia da Covid-19. Os dados são da Associação Brasileira de Agência de Viagens Corporativas (Abracorp), que avalia mensalmente o desempenho de diversos setores que compõem esse mercado.

Zero Grau terá edição histórica de negociações e presença de importadores (Foto: Dinarci Borges – Flash TOP)

A UNIÃO DO SETOR CALÇADISTA

O estande Estação Moda RS contará com as empresas do coletivo do Rio Grande do Sul, numa parceria institucional da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV) e Sindicato das Indústrias de Calçados de Farroupilha com a realização do SEBRA/RS e com apoios financeiros da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, Prefeitura Municipal de Sapiranga e Prefeitura Municipal de Farroupilha. Também do Rio Grande do Sul, terá o espaço Três Coroas Shoes, com 15 empresas, e com apoios do Sindicato das Indústrias de Calçados de Três Coroas e da Prefeitura Municipal de Três Coroas.

De São Paulo, especificamente da cidade de Franca, a Zero Grau- Feira e Calçados e Acessórios terá um grupo com quatro empresas com apoios do Sindifranca e da Prefeitura Municipal de Franca. “As presenças dos grupos diferenciam as nossas feiras, pois oferecemos custos otimizados e somos aliados de entidades e de prefeituras que ficam ao lado destas
industriais a fim de fomentar o crescimento destas unidades”, salienta Frederico Pletsch, diretor da Merkator Feiras e Eventos. Por outro lado, continua Pletsch, o lojista se beneficia com uma variedade e novas opções de compras”.

Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios: termômetro do aquecimento das vendas no Brasil (Foto: Dinarci Borges – Flash TOP)

O trabalho da diretora é pura sinergia com toda a experiência de anos de atuação do pai, Frederico Pletsch, no cenário calçadista. “Estou seguindo os seus passos. O setor calçadista era tradicionalmente muito masculino, mas de uns anos para cá temos muitas CEOs e diretoras. Acredito que o importante é fazer o trabalho com qualidade e daí vem o respeito”, observa. “Algo que aprendi durantes esses anos é que quem trabalha com eventos tem que saber lidar com os imprevistos. Está aí a pandemia que mostrou isso para o mundo. Aprender a contornar as situações é o mais importante. Ter resiliência também é fundamental. Posso dizer que em todas as edições, até o dia do evento, é muita adrenalina”. E revela: “Para desopilar preciso de endorfina (risos). Minha fonte de energia é o esporte. Quando estou correndo ou jogando beach tennis é puro relaxamento. Fica a dica para o empreendedor”.

Pai e filha são exemplos de empreendedorismo, mas sempre reconhecem o feedback de quem os apoiou. Frederico Pletsch acreditou muito na plataforma de negócios “e foram as parcerias que nos ajudaram a decolar. Por isso somos muito fiéis a quem nos deu valor. Temos enorme carinho por quem sempre acreditou em nós”, diz Roberta Pletsch.

Frederico Pletsch e Roberta Pletsch à frente da plataforma de geração de negócios do setor calçadista (Foto: Dinarci Borges – Flash TOP)

A INOVAÇÃO COM HIGH TECH

A organização da Zero Grau ressanta que a terceira edição da ONNO Place na feira será totalmente nova e com uma experiência que irá otimizar a comunicação entre a indústria e o varejo, por meio de aplicativos de mensagens, chatbots e assistente de voz que permitem interação em tempo real em forma online. Esta novidade vem novamente com a assinatura da parceria da Merkator Feiras e Eventos e da Linx Seta Digital com o Linx Conversational Commerce, que vai proporcionar a transformação da ONNO Place em um grande canal de comunicação entre as marcas expositoras e lojistas de calçado. A participação das marcas é gratuita, basta estar presente na feira. “Esta é uma das nossas inovações para esta edição da feira. Estamos apostando mais uma vez em levar o que há de mais moderno e eficaz para a interação das duas pontas da cadeia produtiva do calçado”, diz Roberta Pletsch.

PARCEIROS QUE VISUALIZAM A NECESSIDADE DO MERCADO – A Zero Grau conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Calçados de Estância Velha, Sindicato da Indústria de Calçados de Ivoti, Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha, Sindicato da Indústria de Calçados de Novo Hamburgo, Sindicato da Indústria de Calçados de Parobé, Sindicato da Indústria de Calçados de Sapiranga e Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes para Calçados de Três Coroas.