*Por Marcia Disitzer
MD: Mônica, qual é a diferença entre preenchimento e volumização?
Mônica Azulay: O preenchimento é indicado para corrigir uma ruga específica ou um sulco não tão profundo. Geralmente, é recomendado para pessoas na faixa dos 35, 40 anos. Já a volumização corrige a perda volumétrica do rosto de maneira tridimensional, dando sustentação à estrutura facial.
MD: A partir de que idade a volumização é recomendada?
Mônica Azulay: Em média, a partir dos 45 anos. Uma das consequências do envelhecimento facial é a perda de compartimentos de gordura, que vai sendo reabsorvido, impactando também em outras áreas do rosto. Porém, não dá para generalizar: atletas, especialmente corredores, costumam perder mais precocemente compartimentos de gordura. Por outro lado, pessoas jovens que têm alguma alteração na face, adquirida em uma tenra idade, podem precisar de uma técnica de volumização, como, por exemplo, uma projeção de queixo e uma correção de nariz.
MD: Como é feita a volumização?
Mônica Azulay: Na volumização utiliza-se o ácido hialurônico mais denso e viscoso. Essa estrutura especial do ácido para essa técnica visa melhorar as áreas de convexidade da face com consequente melhora da jovialidade e mantendo as estruturas faciais das respectivas unidades estéticas do rosto. Por exemplo, podemos precisar da volumização da região malar (bochechas), da região das têmporas, da região do queixo e até mesmo da região mandibular da face. Importante frisar também que deve-se respeitar os padrões de beleza determinados diferentemente para o sexo feminino e para o sexo masculino.
MD: A volumização pode adiar a cirurgia plástica?
Mônica Azulay: Sim, com certeza, no entanto, não a substitui. Ambos têm a sua correta indicação no momento adequado. O interessante, entretanto, é que as técnicas de volumização e preenchimento podem adiar um lifting e proporcionar a melhoria da qualidade da pele, na medida em que esses métodos estimulam a formação de novo colágeno. E da mesma forma que podem retardar o lifting facial, também serão interessantes como manutenção dos ótimos resultados alcançados pela cirurgia plástica.
Mônica Azulay é considerada uma profissional completa. Ela se formou na UFRJ, seu mestrado foi sobre sarcoma de Kaposi em pacientes com Aids, doença que estuda desde a década de 80, e na tese de doutorado, em 2003, ela se debruçou sobre um assunto pouco abordado naquela época: a atuação da vitamina C tópica no fotoenvelhecimento. Com anos dedicados à dermatologia, Mônica é uma referência na área e atende em sua clínica na Barra da Tijuca e em seu consultório do Leblon.
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