Tereza Xavier celebra 21 anos de sua joalheria lançando a coleção de joias e acessórios X, inspirada na arte dos indígenas da etnia Xavante


A nova parceria, que se junta a tantas outras estabelecidas nesses 21 anos, busca como missão colaborar com artesãos de todo o Brasil e também com os povos indígenas, valorizando e dando visibilidade à sua arte e à sua cultura e inspirando um outro olhar para o artesanal, para o indígena, para as matérias primas da floresta e possibilitando renda consistente e continua para os mesmos

Vinte e um anos não são 21 dias. Em tempos de crise, de realinhamento do mundo da moda, lojas fechando as portas e incertezas, é quase um suspiro de alívio e otimismo poder contar histórias de sucesso e de resistência. E é por isso, que a gente abre espaço para as celebrações de 21 anos da  Joalheria Tereza Xavier, que chegam com uma novidade incrível: o lançamento da campanha da coleção de Joias X inspirada na arte dos indígenas da etnia Xavante, que vem trazendo também preciosas bolsas indígenas batizadas de Vesica Piscis by Tereza Xavier. “A inspiração da coleção de jóias e das bolsas surgiu durante a campanha “Um Natal na Floresta”, na Aldeia Xavante São Marcos, em Mato Grosso, em dezembro de 2015. Ali, nasceu uma nova parceria para se juntar a tantas outras estabelecidas nesses 21 anos sempre buscando como missão colaborar com artesãos de todo o Brasil e também com os povos indígenas, valorizando e dando visibilidade à arte e à cultura e inspirando um outro olhar para o artesanal, para o indígena, para as matérias-primas da floresta e possibilitando renda consistente e continua para os mesmos”, contou Tereza em papo com o site HT.

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Antes de continuar a falar sobre as celebrações dos 21 anos da marca Tereza Xavier, vamos contar um pouquinho do histórico da designer no universo das causas sociais – e em especial da sua relação com os índios. Antes mesmo de entrar para o mundo das joias, ela sempre visitou tribos indígenas, então suas coleções são genuínas, e não apenas comerciais. “Desde pequena, eu sempre fui ligada aos povos indígenas e sua cultura, sempre me interessei. Eu visitava as tribos indígenas na Amazônia, aliás… sou fascinada pela Amazônia. Já tinha o hábito da imersão e quando comecei a fazer joias, eu já usava as palhas como os índios usam. Fui observando que ela ficava linda e decidi trazer para a joalheria. Quando eu abri a loja, eu já trouxe esse conceito das palhas indígenas como joia. Foi um reflexo da minha vivência. Eu sempre estive entre os índios, sempre apreciei a cultura deles. Estudei a sabedoria ancestral com pajés não só no Brasil, mas no mundo. Os povos indígenas têm muito a ensinar, porque sempre viveram em harmonia com a natureza. Isso hoje é necessário e fundamental. Eles são os primeiros ecologistas e instrutores”, disse ela, que, volta e meia, faz imersões em tribos, como já contamos aqui. Cada uma das parcerias feitas pela designer com os povos indígenas, portanto, nasceu da vivência de Tereza Xavier em cada uma das aldeias das inúmeras etnias no Brasil e de laços reais e profundos de respeito e admiração, de amizade. As joias confeccionadas em ouro, pedras preciosas, diamantes, prata, pérolas, palha e algodão indígena são anéis, pulseiras, colares, gargantilhas e brincos, peças únicas, refinadas, luxuosas e absolutamente inusitadas, hippie chic, boho chic, ecológicas e solidárias.

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Foto: Joaquim Nabuco

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As bolsas Xavante se revelaram para a designer pela simplicidade harmônica na beleza da sua forma e ainda pelo fato de na sua confecção as mulheres Xavante manterem as folhas da palmeira buriti inteiras trançando como em um abraço uma geometria sagrada vegetal. “As bolsas assumem naturalmente a exata forma do Vesica Piscis, o Receptáculo do Peixe, padrão principal do símbolo Flor da Vida, emblema da Geometria Sagrada, que está também presente na logomarca da Joalheria Tereza Xavier e em muitas de minhas jóias e que é o padrão de toda a criação. Os Xavantes transportam tudo nessas bolsas, inclusive os bebês, portanto, algumas das bolsas-joia são dedicadas às mães para transportarem confortavelmente seus bebês com muito charme”, explicou Tereza.  Lindas, coloridas e repletas de significado e significante, as bolsas Vesica Piscis by Tereza Xavier são peças únicas, numeradas, absolutamente personalizadas e estão à venda na Joalheria Tereza Xavier, no complexo do Copacabana Palace, e também através do e-commerce.

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Foto: Joaquim Nabuco

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Trazer a simplicidade da natureza para um mercado de luxo é ousado, mas Tereza acredita – e investe há muito tempo – na causa. “O glamour está em conseguir beleza a partir do simples. Esse é também o grande desafio. É uma elaboração que, no caso, consigo que ela flua não-elaborada. Tudo que eu trouxe para a joalheria em relação a materiais novos é genuíno. Há 21 anos não se usava sementes, palhas, algodão, lycra, seda, podia usar como fiozinho para prender, mas no corpo da peça não existia. Entramos com esse conceito de joias. Isso surgiu a partir de vivência e é assim até hoje. Quando uso sementes é porque eu estava conectada ao universo indígena. Ela tem fundamento. Não é comercial apenas, parte de um significado muito profundo e real. Nada é oportuno, tudo é real”, garantiu Tereza, que ainda faz questão de que parte da renda das vendas seja revertida para quem ajudou a criá-las.

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Foto: Joaquim Nabuco

“A compra de cada bolsa Vesica Piscis by Tereza Xavier irá colaborar com a melhora das condições de vida das mulheres Xavante e de suas famílias que vivem basicamente da venda de seus artesanatos. Cada uma das bolsas é trabalhada pelas mãos das mulheres Xavante e também por muitas mãos de artesãos brasileiros sob a minha direção. Todo o processo envolve também os homens indígenas que cuidam da logística para reunir as peças nas Aldeias e para enviá-las as para o Rio de Janeiro.”, contou a designer, que nunca perde sua ligação com as causas sociais, e, além disso, a marca é 100% nacional na criação e na confecção de todas as peças e internacional pois elas viajam pelo mundo portadas pelos clientes amigos, juntos formando um “dream green team”.

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Foto: Joaquim Nabuco

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