Um dos maiores centros latino-americanos de produção de conhecimento aplicado à cadeia produtiva das indústrias química, têxtil e de confecção e referência em tecnologia, consultoria e formação de profissionais qualificados para a Indústria 4.0 em sinergia com a sustentabilidade, o SENAI CETIQT apresentou, com sua chancela de inovação high tech, os mais recentes cases de sucesso aos grandes players nacionais e internacionais do mercado do setor têxtil durante a edição 2022 da maior feira de máquinas e tecnologias têxteis das Américas e uma das maiores do mundo, a Febratex, realizada no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC). O Febratex Group, organizador do evento, considerou a maior de todas as edições e estimou um total de 56 mil visitantes nos quatro dias de feira, proporcionando a geração de investimentos na ordem de R$ 2 bilhões. O evento foi permeado pelas “Projeções de Inovação e Sustentabilidade Têxtil” e contou com cinco pavilhões para expositores distribuídos em 35.000 m². Sendo assim, o estande do SENAI CETIQT também recebeu empresários das indústrias de todo o Brasil e de diversos países, como Alemanha, Argentina, China, Estados Unidos, Índia, Itália, Peru, Portugal, Suíça, Turquia, entre outros, que estiveram especialmente em Santa Catarina para uma grande imersão na Febratex.
Quando representantes de 197 países se reuniram em Glasgow, na Escócia, para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 26, em dezembro passado, no Pavilhão Brasil foi realizado o Dia da Indústria com painéis sobre as ações da indústria brasileira na agenda de mudanças climáticas, incluindo temas como energia limpa, mercado de carbono e economia circular. O diretor-executivo do SENAI CETIQT, Sergio Motta, durante uma palestra ressaltou a realização de grandes projetos com tecnologia de ponta em prol do meio ambiente. Sergio Motta destacou a importância significativa do Setor Têxtil e de Confecção para a economia brasileira: “Não só pela participação no PIB, mas também na geração de empregos: é o segundo setor que mais emprega no Brasil”, ressaltou. Dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) apontam que a indústria têxtil e de confecção contribui com 5,7% do PIB industrial do país empregando mais de 1,5 milhão de trabalhadores formais, considerando empregos diretos. “E há uma característica muito interessante: somos a maior cadeia têxtil completa do Ocidente. Temos, em território nacional, toda cadeia de produção e com isso é mais fácil implementar e desenvolver projetos de sustentabilidade e economia circular, porque se pode aproveitar os resíduos de uma etapa de produção em outra etapa”, pontou Sergio Motta.
Como fruto do nosso planejamento, nós temos sustentabilidade e economia circular como uma visão real para o setor. Este assunto traz oportunidades fantásticas para empresas do setor têxtil e de confecção. Por exemplo: redução de custos, desenvolvimento de novos produtos, reaproveitamento de materiais no ciclo produtivo, abertura de novos mercados e fortalecimento de marcas. Os benefícios são incontáveis – Sergio Motta, diretor-executivo do SENAI CETIQT durante palestra em Glasgow, na Escócia
CONECTANDO SABERES NA FEBRATEX
O SENAI CETIQT marcou sua atuação durante a Febratex apresentando cases de sucesso; oferecendo palestras, promovendo a integração com novas empresas, ampliando o leque de contatos, potencializando futuros clientes e viabilizando um encontro essencial entre integrantes da rede têxtil do SENAI, contando também com a parceria com o SENAI Santa Catarina. Raphael Bergamini, pesquisador do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI), apresentou a palestra “SENAI CETIQT: muito além da formação profissional” na Conferência Febratex – um espaço destinado a palestras exclusivas do evento. Já Adriano Passos, Coordenador da Plataforma de Fibras do do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI), fez a exposição da palestra “Fibras: oportunidade de inovar para a indústria” na Preview Febratex Summit – um ambiente no qual o público pôde ter contato com as tendências de 2023, acompanhar o desenvolvimento tecnológico e buscar soluções inteligentes para o próximo ano.
Desde o segundo semestre de 2020, o SENAI CETIQT incluiu a criação do Portal de Bioeconomia no seu pacto de gestão. A plataforma está no ar e tem como propósitos ser o ponto de encontro dos stakeholders e disseminar conhecimento e identificação de oportunidades, sempre com vista à geração de novos negócios dentro da Bioeconomia. A plataforma digital sem fins lucrativos e de abrangência nacional foi desenvolvida com o intuito dar visibilidade e conectar os diferentes atores da bioeconomia no Brasil, públicos ou privados. O portal é um espaço colaborativo para empresas, startups, grupos de pesquisa de universidades, institutos de pesquisa, associações, aceleradoras/incubadoras, entidades do governo, órgãos de fomento, investidores, entidades de certificação, cooperativas/comunidades tradicionais e outros atores envolvidos com esse tema.
Para Adriano Passos, a edição 2022 da Febratex foi uma das melhores de que já participou. “Foi uma mistura de emoções. Notamos que o viés da feira, no que se refere à sustentabilidade, economia circular, redução de emissões de CO2 e processos mais otimizados e customizados, teve uma grande ascensão, e isso se deve muito aos reencontros possibilitados por esse evento. Um outro setor que também teve um grande crescimento neste ano foi o de startups, havia uma série de startups na feira, o que pode significar um caminho a ser explorado pelo SENAI CETIQT ao apoiá-los. O espaço do evento aumentou muito, e nós, do SENAI CETIQT, tivemos o privilégio de fazer uma exposição dos produtos e protótipos desenvolvidos no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão, isso impactou o reposicionamento da cadeia têxtil.
Nosso estande teve bastante movimento, novos clientes da indústria têxtil procuraram os representantes do CETIQT. A ideia é que esses clientes conheçam nossas novas instalações nas unidades Parque e Barra. Nossa equipe está bastante motivada e a expectativa é que novos negócios sejam gerados nas próximas semanas em virtude da prospecção na feira – Adriano Passos
Representantes de vários segmentos, como automotivo, têxtil tradicional e startups visitaram o estande do SENAI CETIQT. “Vi um apelo muito forte na parte de produtos sustentáveis, tanto têxtil tradicional quanto química têxtil, de empresas realmente preocupadas com soluções para a indústria.”, finaliza Rafael Rocha, Analista de Mercado II da Coordenação de Relações com o Mercado do SENAI CETIQT.
PORTFÓLIO DE INOVAÇÕES DESENVOLVIDAS EM SINERGIA COM PRÁTICAS ECOLOGICAMENTE RESPONSÁVEIS
O Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI), instalado em um prédio de última geração no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, é considerado um hub de inovação, onde pesquisadores e empresas de todos os portes podem trabalhar oportunidades de negócios. Foi criado para ações na identificação e no desenvolvimento de novos produtos e processos químicos, bioquímicos e têxteis, atuando de forma transversal em áreas e temas identificados como portadores de futuro para as cadeias industriais química e têxtil. O Instituto apoia as empresas no desenho da sua estratégia de P&D, no desenvolvimento de produtos e processos nos laboratórios de forma a viabilizar a inovação.
O Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção (IST), que, atualmente, funciona nas novas instalações do SENAI CETIQT em um prédio com arquitetura high tech, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, possui infraestrutura moderna e equipe técnica qualificada, o que possibilita a realização dos serviços metrológicos de ensaios físicos e químicos em materiais têxteis, medições colorimétricas e calibrações de instrumentos óticos alinhadas aos avanços tecnológicos da cadeia têxtil, confecção, moda e afins. Como diferencial, os laboratórios possuem rastreabilidade a laboratórios nacionais e internacionais. O portfólio integrado de consultorias do IST tem como objetivo fortalecer o desenvolvimento sistêmico do segmento industrial. Apresenta soluções que partem da criação chegando até a comercialização dos produtos, focadas na redução de custos de projeto e na melhoria do desempenho de processos e produtos.
TECIDO SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DE RESÍDUOS DE PETSHOP
No segmento pet shop é fundamental priorizar o cuidado da seleção e destino como pelos, entre tantos outros. O destino dos pelos de tosas é também uma preocupação, pois são descartados nos aterros sanitários e podem conter bactérias e fungos que poderão contaminar os lençóis freáticos. Em vista da necessidade de um descarte mais sustentável foi proposto o aproveitamento dos fios de resíduos de pelos, descartados pelas lojas de petshops para a produção de um fio têxtil. A ideia é ajudar o descarte de pelos no ambiente, criando um fio capaz de ser utilizado na produção de artigos de vestuário como roupas, acessórios do tipo bolsas e calçados. O projeto propõe um fio têxtil funcional composto por uma mistura específica que fios de tosas e, pelo menos, uma fibra de poliéster, preferencialmente politereftalato de etileno, de garrafa pet reciclada. Além disso, o fio desenvolvido apresenta uma mistura específica que proporciona uma resistência aos processos e permite a produção de um tecido antibacteriano, funcionalizado com microcápsulas, contendo ativos manométricos antibacterianos em sua superfície. O diferencial do produto é que a principal matéria-prima vem de um excedente descartado nos lixos das cidades, Para os usuários, no caso cães e seus donos, os produtos que serão comercializados estarão livres de produtos químicos usados em roupas e acessórios sintéticos, além de trazer propriedades especiais, trata-se de um produto de alta resistência e durabilidade. A implantação do projeto considera a redução de 2,5 a 3 toneladas de resíduos descartados no lixo. O projeto envolve a sociedade, incentiva o consumo consciente e ainda pode alcançar diversos segmentos da cadeia da indústria têxtil.
FIBRA DE BANANA PARA PRODUZIR PRODUTOS SUSTENTÁVEIS
Além de biodegradável, a fibra de bananeira é considerada uma da mais fortes fibras naturais. Tem uma grande vantagem em termos de versatilidade: dependendo da parte do caule da bananeira do qual foi retirado, ela pode originar fios com maior ou menor espessura, variando também na maleabilidade e resistência. Após identificar algumas rotas de aplicação para a fibra do pseudocaule da bananeira, o SENAI CETIQT e a Musa Fiber idealizaram o projeto, para criação de produtos sustentáveis, desenvolvendo mão-de-obra e agregando qualidade no processo, um produto diferenciado, sendo as vantagens competitivas: a matéria-prima sustentável, o baixo custo e a alta disponibilidade. O tecido feito da bananeira é tão forte e durável como qualquer tecido como cânhamo, bambu ou outras fibras naturais e ao se comparar com o algodão, por exemplo, o tecido de bananeira requer muito menos água e agrotóxicos e não são geradas emissões de gases de efeito estufa, pois ela vem do reaproveitamento de algo que seria resíduo agrícola. O tecido a base de banana gera impacto positivo por ser sustentável, reciclável, renovável com qualidade e preço competitivo.
Leia mais: SENAI CETIQT e Musa Fiber desenvolveram produtos têxteis sustentáveis, a partir da fibra de banana
TECIDO QUE NEUTRALIZA O CORONAVÍRUS
O desenvolvimento de um tecido capaz de neutralizar o coronavírus conta com testes que demonstraram que amostras foram capazes de inativar mais de 99% das partículas virais respiratórias do sarampo, da caxumba e da Covid-19. Um dos tecidos avaliados foi capaz de inativar 99% das partículas virais do SARS-CoV-2 após 1 minuto de contato com o têxtil antiviral. Os ensaios foram executados e confirmados em laboratório NB-3. A comprovação da ação anti-SARS-CoV-2 do tecido produzido se destaca como um importante equipamento de proteção. O projeto foi selecionado pelo Edital de Inovação para a Indústria na categoria Missão contra a Covid-19 criada pela parceria do SENAI com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Este têxtil mede exatamente a eficiência de inativação viral com a cepa do vírus SARS-CoV-2. Os procedimentos adotados para os testes de eficácia do tecido foram os mais rigorosos existentes. Temos um tipo de funcionalização química aplicada ao têxtil que se mostrou eficiente na inibição viral (cinética de contato) e, após um minuto, neutralizou o SARS-CoV-2.
UNIFORME SEGURO –FIBRAS NATURAIS E SINTÉTICAS RETARDANTES ÀS CHAMAS
O projeto Uniforme Seguro, realizado através do Edital da ANEEL, desenvolveu uma mistura de fibras naturais e sintéticas inerentemente retardantes às chamas que resultaram em um tecido leve e confortável, com ótimo desempenho contra calor, fogo e arco elétrico. O tecido foi destinado à confecção de uniformes de proteção para atender ao setor elétrico, protegendo os trabalhadores dos riscos de trabalho. Além disso, o tecido desenvolvido conta com um tratamento repelente a óleo, que garante a integridade do uniforme com até 100 lavagens.
RECICLAGEM DE TECIDOS TÊXTEIS
A ideia básica da solução é agregar valor aos retalhos de tecidos com baixo custo, contribuindo para a redução de passivo ambiental do setor. Duas rotas de reciclagens de resíduos têxteis foram desenvolvidas reciclagem mecânica e reciclagem por fusão, possibilitando a transformação de resíduos têxteis em fios e tecidos têxteis para o setor de T&C. Foi ainda elaborado um estudo técnico-econômico, promovendo a economia circular como fator impulsionador de inovações tecnológicas, novas oportunidades de negócios e criação de valor para empresa.
E projetos ainda em Ativação de Grafeno em filamentos e fibras; NC para tratamento de queimaduras, nova blenda anti-chama, nova fibra celulósica; têxteis de aplicação marinha; Tecido Compósito de Resíduo Industrial para proteção UV; corantes naturais da flora brasileira; tecnologia de tecido anti-covid; fibras químicas; fiação; tecelagem e malharia; caracterização e beneficiamento; funcionalização; Simulação em Têxteis; investigação em materiais têxteis; otimização de produtos; redução de custos de processos; caracterização (MEV, AFM, DMTA); beneficiamento otimização receita; funcionalização, otimização, receita; prototipagem (filamentos, fios, tecidos e filamentos para impressão 3D); Reciclagem de Materiais Têxteis.
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TECIDOS PARA RECUPERAÇÃO MUSCULAR E REDUÇÃO DE DORES APÓS ATIVIDADES FÍSICAS
As dores crônicas como lombalgias, dores nas pernas e/ou fibromialgia afetam muitas pessoas diminuindo a sua qualidade de vida. O desenvolvimento do tecido para recuperação muscular com ativos minerais capazes de aliviar as dores é um grande conforto aos usuários que sofrem dores crônicas nas costas e nas pernas por má circulação sanguínea.
OZÔNIO APLICADO NO BENEFICIAMENTO TÊXTIL
O consumo de grandes volumes de água nos processos de tingimentos e acabamento têxteis é um grande desafio a ser vencido. Com a utilização do ozônio no beneficiamento têxtil é possível a redução do consumo de água e energia elétrica no processo. A utilização do ozônio no pré-alvejamento e lavação dos corantes hidrolisados dos artigos têxteis resolve este grande problema, reduzindo ainda custos com tratamento de efluentes.
AMACIANTE ANTIVIRAL
A pesquisa de tecidos e produtos eficazes contra a contaminação da Covid-19 foi muito estudada nos últimos anos. O desenvolvimento de um amaciante antiviral foi um destes desafios com capacidade de neutralizar o coronavírus. Os novos amaciantes antivirais aplicados nas amostras de tecidos têxteis foram capazes de induzir 99% de inibição da infecção viral pelo vírus SARS-CoV-2. Os estudos foram realizados em parceria com o CETIQT e o laboratório da FIOCRUZ.
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