SENAI CETIQT – Inovação na prática: os caminhos para a modernização industrial


Sérgio Motta, diretor-executivo do CETIQT – maior centro latino-americano de produção de conhecimento aplicado à cadeia produtiva têxtil de confecção e química e permeado pela tríade tecnologia, inovação e educação para o hoje e o futuro – participou de webinar promovido pelo Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) em comemoração ao Dia Nacional da Inovação. “A parceria do SENAI GOIÁS com o SENAI CETIQT busca impulsionar ainda mais o setor têxtil e de confecções no estado. O CETIQT ajuda as empresas do setor a entenderem os nichos do mercado e como ampliar sua atuação. É um farol para a indústria, apoiando no desenvolvimento de novas soluções e produtos”, pontuou

A Quarta Revolução Industrial está transformando as cadeias de produção de ponta a ponta numa velocidade em alta potência. Cada vez mais as ações para implantação de práticas como sustentabilidade e economia circular, com a utilização de processos de fabricação e matérias-primas que regeneram a natureza + uso consciente de recursos, ressignificando a produção são a tônica para presente e futuro. A transformação permite a conexão com o ecossistema de inovação e o compartilhamento de informações. Muitas mudanças previstas para os próximos anos foram antecipadas nos últimos seis meses. E o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT – tem trabalhado na identificação e no desenvolvimento de novos produtos e processos químicos, bioquímicos e têxteis, a partir de recursos renováveis e não renováveis, atuando de forma transversal em áreas e temas identificados como portadores de futuro para as cadeias industriais química e têxtil.

Em comemoração ao Dia Nacional da Inovação, o Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) realizou o webinar “Inovação na Prática: Os Caminhos para Modernização Industrial”. Foram apresentados aos empresários goianos as soluções que o Sistema Fieg oferece às indústrias para fomento da cultura inovadora no setor produtivo.

O encontro, mediado pela assessora executiva do CDTI Fieg, Alessandra Brito, contou com participação de Sérgio Motta, diretor executivo do SENAI CETIQT (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil), do Rio de Janeiro; do diretor de Educação e Tecnologia do SESI SENAI Goiás, Claudemir José Bonatto; do gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI GO, Rolando Vargas; do diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC BA, Leone Peter Andrade; da gestora do Procompi, Vilma Domingos; da coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN), Johanna Guevara; e da coordenadora em Gestão da Inovação do IEL Goiás, Gracielle Guedes. Durante o evento, o engenheiro ambiental Nelson Siqueira Neto apresentou o case de sucesso de sua empresa de reciclagem de resíduos, a RNV Resíduos.

“O setor Têxtil e de Confecção em Goiás possui números expressivos e de forte impacto na economia. Hoje, Goiás é o sexto estado com maior número de empresas, com 3.264, sendo 358 têxteis e 2.906 de confecção, que representam 5% do mercado brasileiro com 23.197 empregos gerados. Os números de importação, exportação e investimentos também impressionam”, observou o diretor-executivo do SENAI CETIQT, Sérgio Motta. São R$ 8,8 bilhões de faturamento por ano e R$ 145 milhões de investimentos em modernização e ampliação da capacidade produtiva. As estratégias de crescimento e considerando a vocação que Goiás possui no setor, a parceria com o SENAI CETIQT busca impulsionar ainda mais o setor.

Alessandra Brito, mediadora do encontro virtual que reuniu mais de 50 empresários, frisou a importância da ciência, tecnologia e inovação pautada pela sustentabilidade para a alavancagem da indústria: “Na América Latina, o Brasil lidera o mercado de inovação com muitas empresas investindo em tecnologia. E o país tem condições de desenvolver muitas tecnologias para a sociedade. Temos acompanhado o cenário organizacional e percebemos grandes formações pertinentes a esse cenário inovador, tecnologias disruptivas que vão agregar um novo modelo de gestão de negócios. Mas, sabemos dos gargalos que precisam ser superados, que incluem políticas públicas coordenadas, qualificação, motivação do empresariado e acesso ao crédito e recursos financeiros para inovar”.

O Sistema Fieg, por meio do IEL, SESI e SENAI, oferece soluções inovadoras aos empresários e colaboradores do sistema industrial, possuindo expertise nas inovações incremental, radical e disruptiva para atender o mercado atual e pós-pandemia. E é justamente para criar modelos mais arrojados e acertivos de atuação no mercado que o SESI SENAI Goiás firmou parceria com os institutos de tecnologia SENAI CIMATEC, na Bahia, e SENAI CETIQT, no Rio de Janeiro, referências em pesquisa e inovação. “O SENAI CETIQT é um indutor tecnológico para o enfrentamento de desafios atuais e futuros da indústria têxtil e de confecção. Hoje nós atuamos como um farol para as indústrias e damos todo o apoio no desenvolvimento de projetos de inovação”, pontou o diretor-executivo do SENAI CETIQT, Sergio Motta.

Para o diretor de Educação e Tecnologia do SESI SENAI Goiás, Claudemir José Bonatto, o desenvolvimento de competências é essencial na busca do cobiçado “selo” 4.0. “Vamos trabalhar em colaboração para mostrar o que o SESI SENAI está fazendo pelas indústrias goianas em termos de inovação. “Estamos estruturando uma rede para atuar com tecnologia e disponibilizar, para as empresas do estado, o maior número de competências possível. “Hoje, o SENAI Goiás atua como hub nacional para desenvolver todas as competências necessárias às indústrias goianas. É um processo permanente de inovação, que passa pela nossa capacidade de entregar soluções para a indústria. Precisamos ajudar as indústrias a serem mais ágeis e competitivas perante outras empresas nacionais e internacionais”, frisou.

O professor Rolando Vargaso, gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI Goiás, lembra que o estado é um importante polo de moda em expansão e que a parceria com o SENAI CETIQT e CIMATEC é fundamental para promover a necessária modernização: “A estratégia é desenvolvermos competências complementares”, disse, acrescentando: “O SENAI Goiás tem construído ações para trabalharmos em colaboração, atendendo às necessidades das indústrias. O primeiro pilar é a confiança. A indústria pede ajuda desde que se crie confiança e tenhamos resultados. Por isso trabalhamos com CIMATEC e CETIQT,  institutos que atende as indústrias com excelência”.

E vamos aos números expressivos do setor têxtil e de confecção no Brasil apresentados pelo diretor-executivo do SENAI CETIQT, Sergio Motta: 25,2 mil unidades produtivas, gerando 1,5 milhão de empregos, US$ 2,6 bilhões em exportações, US$ 5,7 bilhões em importações, 2 milhões de toneladas produzidas, consumo de vestuário no varejo local: 231,3 bilhões e consumo vestuária per capta/ano: R$ 1.100,00.

Atender as indústrias e guiá-las na direção da chancela 4.0 é a missão do SENAI CETIQT. “Existem muitos desafios para o setor e precisamos apoiar a indústria a dar o salto para a Quarta Revolução Industrial com o desenvolvimento de novas competências. Existe uma necessidade pela Quarta Revolução Industrial, uma necessidade de profissionais da área de TI, das áreas de digitalização, de automação industrial, de impressão 3-D, economia circular, novos materiais, design, confecção 4.0, além da integração dos canais de produção e consumo. A indústria já vai estar conectada ao consumo e todo o seu processo produtivo. Ajudar empresas a dar esse salto é papel do SENAI, por meio da criação de redes de clusters regionais. Com isso, o setor têxtil passa a ser cada vez mais transversal, atuando em áreas como mobilidade, construção civil, médica e agricultura. Essa é a principal transformação do setor: a transversalidade”, apontou Sergio.

O processo de transformação e de um novo cenário do setor têxtil e de confecção inclui quatro novos paradigmas: “Materiais têxteis substituindo ferro, aço e concreto nos mais diversos segmentos; novos produtos têxteis, como os polímeros, as fibras, os tecidos e os acabamentos nos novos materiais; tecidos com propriedades específicas, como hidratação, repelência a insetos, proteção contra raios ultravioleta etc. E o quarto são os dispositíveis vestíveis ou wearables, com tecnologias que permitem monitorar sinais vitais, todos com condução de eletricidade por meio de tecidos”, exemplificou.

Toda essa visão de futuro foi baseada em um trabalho feito pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e pelo SENAI CETIQT, “A Quarta Revolução Industrial no Setor Têxtil e de Confecção: A Visão de Futuro 2030” ; no livro “O Setor Têxtil e do Vestuário Brasileiro na Perspectiva da Cadeia de Valor Global – Possibilidades Presentes e Futuras” (GHERZI, 2016), um estudo da GHERZI publicado em 2016 mas com valor ainda atual; e nas missões internacionais aos principais institutos têxteis em países como Alemanha, Portugal, Itália, Bélgica, Espanha, Estados Unidos e outros.

Têxteis Técnicos 

O Setor Têxtil passa a ter uma atuação transversal. É um mercado de US$ 127 bilhões na Europa como citou Sergio Motta. Têxteis para vestimenta respondem apenas por 7% do total. A parte de mobilidade e transporte, 24%. “No Brasil existe um nicho de atuação fortíssimo que ainda não é explorado pelo setor têxtil e de confecção. O SENAI ajuda empresas a entenderem como funciona esse nicho de mercado. Nós apoiamos na identificação desses novos nichos de atuação, ampliando os negócios da empresa”, disse Sergio Motta.

Ele apresentou exemplos de têxteis técnicos que podem ser modificados e aplicados em áreas diversas. Uma das utilizações fascinantes se dá na área médica, onde encontramos uma gama variadíssima de utilidades. O céu é o limite quando se trata de conferir novas funcionalidades aos tecidos: fibras inteligentes podem monitorar os sinais vitais de uma pessoa, são capazes de liberar gradativamente fármacos e substâncias anti-idade ou cicatrizantes, e têm uso até em dispositivos de implantes e home-care. Há ainda uniformes confeccionados com tecidos que mudam de cor na presença de gases mortais e inodoros salvando vidas numa plataforma no meio do oceano, por exemplo, em caso de vazamento.

“Um case interessante é o stent inteligente. É usado em pessoas com problemas cardiovasculares. Ele trabalha com fibras e tem as capacidades de biocompatibilidade, anticorrosão, auto-expansão e elasticidade, além de ser colocado sem danos para os vasos sanguíneos. Esse stent se vale de deposições de nanopartículas para evitar a rejeição pelo corpo humano. Demos um passo imenso quando a área têxtil começou a atuar junto à medicina”, entusiasma-se Sergio Motta. Outro exemplo citado foi o de desenvolvimento de tecidos trançados fibrosos para reforço de ligamento. (Articulação do joelho e estrutura do ligamento cruzado anterior).

Os têxteis técnicos encontram uso também na construção civil. Eles ganham funcionalidades que permitem melhorar a impermeabilização, reforçar alvenarias e atuar na construção de pré-moldados, fundações e estradas, além de evitar fissuras e rachaduras. “Podemos melhorar a durabilidade de construções e fazer monitoramento estrutural se usarmos materiais alternativos. Uma boa aplicação pode ser um composto de cimento com nano-material de carbono para a construção de pontes, por exemplo, porque tem alta resistência ao rompimento”, revelou.

O uso de têxteis técnicos também está em alta nos transportes, onde podem ser aplicados em estética, conservação, conforto, sustentabilidade etc. “São materiais que têm um desgaste mais controlado. Também podem incorporar fibras condutoras para comunicação com dispositivos eletrônicos”, observou Sergio Motta, acrescentando que “em 1983, um Volkswagen Golf tinha 78% de metal e 2,3% de fibras. Já em 2003, o Golf 4 tinha 58% de metal e um valor expressivo de fibras têxteis, 7,3%”. Outro uso que cresceu bastante foi o de tecidos antimicrobianos, em função da pandemia de Covid-19. E foi a pedido dos próprios consumidores, que estão mais atentos e exigentes. Uma curiosidade: muitos querem assentos que permitam regular a temperatura, para maior conforto térmico.

Apresentando o SENAI CETIQT

Durante sua palestra, o diretor-executivo do SENAI CETIQT apresentou a instituição aos empresários goianos. Sergio Motta deu uma pincelada sobre as diversas áreas de atuação do CETIQT (Educação, Inovação e Tecnologia), ressaltando que conta com profissionais qualificados, mestres e doutores com atuação nas áreas de Biotecnologia, Engenharia de Processos e Síntese Química e Fibras: “Na área de Tecnologia, nossos laboratórios têm todos os equipamentos para ensaios metrológicos, além oferecer capacitação técnica, com os cursos customizados para empresas, e consultoria tecnológica, para resolução de problemas específicos de cada indústria. Inovação cobre Biotecnologia, Engenharia de Processos e Síntese Química e Fibras. A Inovação no SENAI CETIQT passa pela identificação e pelo desenvolvimento de novos produtos e processos químicos, bioquímicos e têxteis e temos projetos de pesquisa e desenvolvimento alinhados às tendências tecnológicas da indústria de materiais e química têxtil e novas soluções: fibras, têxteis técnicos e inteligentes, novas matérias-primas, funcionalização e incorporação de eletrônicos”.

O Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI), organização integrante do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, foi selecionado e credenciado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), que atua na cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais, apoiando projetos em sua fase pré-competitiva. O acordo de cooperação assinado permite a produção de soluções para a indústria e empresas nas áreas da biotecnologia, fibras e intensificação de processos químicos e bioquímicos com ênfase na sustentabilidade.

Ao se tornar unidade EMBRAPII, as empresas que realizarem projetos de inovação com o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras terão acesso a recursos não reembolsáveis, reduzindo assim o risco dos investimentos e potencializando o desenvolvimento de novos produtos e processos mais eficientes. A EMBRAPII financia até um terço de projetos de inovação de empresas brasileiras com recursos dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações, da Educação e da Saúde. Aos valores da organização se somam recursos das próprias unidades e as contrapartidas das empresas.

Um bom exemplo da atuação do SENAI CETIQT nas áreas de Tecnologia e Inovação para o setor têxtil e de confecção é a Planta de Confecção 4.0.

O SENAI CETIQT foi a primeira instituição a planejar e construir uma planta de confecção adotando conceitos da Indústria 4.0 ou Manufatura Avançada. A planta, primeira na América Latina, utiliza diversos componentes tecnológicos, servindo de inspiração para as indústrias nacionais na busca pela inovação e competitividade. Exemplos disso são a personalização em massa, a realidade virtual e o processo de estoque zero. Essa Planta de Confecção 4.0 foi lançada em 2017 durante o 33° IAF – International Apparel Federation, maior e mais respeitado congresso de moda do mundo. Totalmente inserida dentro dos conceitos da Quarta Revolução Industrial, a Planta automatiza quase 100% do processo de consumo, produção e entrega de produtos de moda.

O SENAI CETIQT e as empresas

Sergio Motta comentou alguns cases em que o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI) fez parceria com empresas para desenvolver produtos altamente tecnológicos e inovadores. Como o desenvolvimento de corantes naturais a partir de matéria-prima tirada da biodiversidade elaborado em conjunto com a empresa Biodiversité e financiado pelo Edital de Inovação para o SENAI.

“Outro projeto interessante é a utilização de nano-celulose no tratamento de queimaduras. Nós desenvolvemos um não-tecido técnico formado por nano-celulose que aumenta o poder de regeneração da pele quando é aplicado sobre ela. Foi desenvolvido com a empresa Zinux e com a Embrapa”, conta, para imediatamente lembrar-se de outro case: “Também adicionamos grafeno em polímeros. O grafeno é um condutor elétrico extremamente potente. Quando se produz um fio com esse material e se faz tecido com esse fio, ele pode ser usado como condutor elétrico. Nesse tecido podemos colocar sensores, chips etc. O próprio tecido faz o ‘papel’ da fiação”.

Um produto inovador que promete fazer muito sucesso, aqui e no exterior, é o tecido anti-chamas e tem uma diferença fundamental do que encontramos hoje: “Os tecidos anti-chamas atualmente conseguem reter o calor e propagam pouco a chama. O nosso simplesmente não propaga a chama. Pode ser difundido para as áreas de segurança, de EPIs. Vai causar impacto, com certeza”.

A inovação é essencial para a perpetuação de um empreendimento. “O SENAI CETIQT se preparou rapidamente para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Desenvolvemos materiais têxteis funcionalizados com ação antiviral, anti-coronavírus, testados pela Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz. Quando o vírus cai na máscara facial, por exemplo, morre em menos de um minuto. Nós fizemos jalecos, roupas, guarda-pós e máscaras para os profissionais da Saúde e doamos materiais com essa funcionalidade antiviral para hospitais”, contou.

As pesquisas uniram o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, por meio do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, a Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz, e empresa Diklatex Industrial Têxtil S.A, uma das mais importantes indústrias brasileiras na produção de tecidos de alta performance, selecionada no Edital SENAI de Inovação da Indústria – Missão contra o COVID-19. Amostra de tecido formulado pela Diklatex foi capaz de inativar 99% das partículas virais da Covid-19. Foram produzidas cerca de 600 mil peças por mês, entre máscaras, aventais e scrubs, que contaram com compostos químicos que conseguiram inativar o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Trata-se de um legado para a proteção tanto física quanto química com esse antiviral para os profissionais da Saúde e a sociedade como um todo.

“Também foi realizado um projeto que desenvolvemos durante a pandemia com tecnologia de não-tecidos anti-covid-19 para a produção de EPIs hospitalares. Isso tudo é inovação”, concluiu.