*Com Brunna Condini
Em 1946, após a Segunda Guerra Mundial, o francês Jacques Heim criou “atome“, o “menor maiô do mundo”. Duas semanas depois, o engenheiro francês Louis Réard, que na época administrava a loja de lingerie da mãe, apresentou duas pequenas peças, que chamou de “bikini, menor que o menor maiô do mundo”, depois promovido à biquíni, chocando muitos da sociedade na época, mas também, atraindo pela ousadia. De lá para cá, a peça ganhou mil e uma interpretações e as criações “made in Brazil” ganharam o mundo. Será que depois de 74 anos, o biquíni ainda pode surpreender na oferta ao seu público? Sim e esse é um dos objetivos da Pajaris by Camila Panades, marca inovadora em texturas e estampas – na qual a consumidora pode expressar os seus desejos – e que carrega no nome e nas peças a liberdade de escolha e de estilo de quem usa. O nome, inspirado na palavra “Pajaros”, pássaros em espanhol, traz no DNA e na atividade da label a prática de não se render simplesmente ao padrão de tendências de beachwear, com o objetivo de acolher as particularidades femininas. “Investimos na combinação de beleza original, conforto, luxo em materiais e acabamentos para vestir a mulher nos momentos em que ela deve se sentir confiante e livre”, diz Camila Panades, fundadora e estilista da Pajaris, ao lado de David Panades, seu irmão e diretor comercial.
As peças, “queridinhas” de famosas como Juliana Paes (que fez um post em seu Instagram, neste domingo, usando um dos modelos em suas férias), Deborah Secco, Iza (que usou um biquíni do catálogo em seu último videoclipe), Giovanna Antonelli, Flavia Alessandra e Adriane Galisteu, entre outras, têm sucesso atribuído à estreita relação com o público e sua demanda.
Mente criativa por trás dos modelos, Camila Panades, filha de uma espanhola com um brasileiro, criou um mix de moda-praia com modelagens atentas à pluralidade da silhueta feminina e destaca o diferencial da Pajaris no mercado. “Nós saímos do convencional. Desde a matéria prima, passando pelos modelos. Trago materiais que não são especificamente para a moda-praia, para proporcionar esse ar fresh e sair do comum. Então, nossa cliente já busca essas novidades quando nos procura”, analisa. “A empresa tem quatro anos e meio. Sempre foi online. E as duas lojas físicas (uma no Hotel Pestana Rio Atlântica, no Rio de Janeiro, e a outra em São Paulo, no bairro da Moema) são suportes do online”. A marca possui ainda uma loja online nos Estados Unidos www.pajaris.us
A estilista comenta ainda o salto que a marca deu recentemente. “Tivemos um boom de um ano e meio para cá. Tenho observado que nossa procura vem de clientes ousadas e criativas. São mulheres de todas as idades que buscam o novo. Têm o desejo de experimentar”, opina Camila, uma apaixonada pelo que faz. “A Pajaris é o resultado do meu desenvolvimento e da minha confiança como criadora. Consigo explorar a influência das artes nas estampas, a introdução de materiais pouco convencionais no segmento de moda-praia, e também fico fascinada com a construção dos detalhes”.
Autoral e inovador, o desempenho de Camila Panades na empresa é fruto de muita dedicação e trabalho. A estilista é do tipo “incansável” quando o assunto é Pajaris. “Mais que criativa, sou empresária. O que elas querem? Escuto minhas clientes. Basicamente, elas são minha fonte de inspiração. Não tenho horário, mergulho 24 horas em criações. Só se tiver dormindo não penso”, brinca ela, que já trabalhou para diversas marcas entre Brasil e Europa e atua no mercado há mais de 12 anos. “Tenho família no exterior e, toda vez que eu viajava, meus parentes pediam os biquínis brasileiros. Então, percebi que tinha um espaço fora do Brasil também para explorar”. E revela uma curiosidade: “Antes, desenhava lingerie. Meus produtos têm alma de lingerie, até no toque. Penso em lançar uma grife de lingerie, um dia”.
A originalidade na elaboração das estampas da Pajaris em biquínis, maiôs, bodies, kaftans, vestidos e saídas de praia também são fruto da parceria de Camila com a artista plástica espanhola Maria Gomez. “Desenvolvemos juntas há anos. Temos sinergia de produção”, conta a designer. “Tenho uma cabeça naturalmente criativa, então qualquer insight pode desencadear um processo de criação. Também estou envolvida com o mundo da música, portanto as canções também me inspiram. Viajo muito e as referências de lugares ficam na minha cabeça. Todo ano visito três ou quatro países”.
E antecipa as novidades para este ano: “Já temos a linha plus size e vamos lançá-la ainda neste primeiro semestre. E como as clientes estão pedindo muito a volta do modelo “cortininha”, nós vamos atender, claro. E vamos lançar com o shape e material diferentes. Além disso, teremos uma linha de corte a laser, dupla face, para usar de duas formas”, conta Camila.
David Panades, braço direito de Camila e co-fundador, salienta que embora as tendências do mercado e da época estejam no catálogo da marca, as clientes sempre poderão comprar os biquínis mais tradicionais também, tais como o de crochê, tomara que caia ou asa delta, por exemplo. “Não seguimos regras de lançamentos por estações. Lançamos de acordo com a criatividade da minha irmã e acreditamos que a inspiração, a moda, nasce do cotidiano”, diz David. “As criações da Camila partem desta interação com o público da marca. Temos respeito pela liberdade de escolha, de estilo. A mulher tem que escolher a marca para compor de acordo com seu perfil. Por sermos digital, facilita. Se o item tem demanda, ele continua no catálogo. Trabalhamos com a inteligência de dados e conexão com as clientes”, frisa o empresário sobre a atemporalidade de muitas peças.
O empresário observa que a história do biquíni contém a busca pelo lifestyle, inclusive em ocasiões além do mar ou da piscina. E destaca o sucesso da moda praia brasileira, fruto da intimidade do país com o clima tropical e sua extensão de litoral (mais de sete mil quilômetros), o que pode explicar o Brasil como lançador de tendências. “Foi aqui que a moda-praia se desenvolveu. O biquíni brasileiro é conhecido internacionalmente pela criatividade e qualidade”, destaca. “A moda-praia mudou e os novos precisam de força e vão crescer. Essa essência da criação a cliente sente mesmo presente no âmbito digital. Tive que mudar todo modelo de negócio para isso acontecer. Cortamos intermediários na venda e na produção. E as costureiras que estavam na ponta da cadeia produtiva são as grandes parceiras. E o que consigo com isso? A produção sob demanda. Elas conseguem investir em equipamento, se dedicar à produção e tudo se reverte em nossa peça. No site da Pajaris, você sempre vai encontrar o seu modelo preferido. Ele só vai sair do catálogo quando ninguém mais procurar. O ciclo de vida vai ser garantido pela procura. E tem mais: além de no Brasil termos sol o ano inteiro, a mulher que viaja também quer novos biquínis para o verão no Hemisfério Norte. Nós lançamos agora já pensando no verão europeu. Nosso melhor mês é julho, por conta disso. Somos uma marca focada na ocasião de estilo”, pontua David.
Satisfeito com a história que vem sendo alinhavada pela Pajaris, David fala do engajamento espontâneo. “É prazeroso ver tantas mulheres marcarem a grife no Instagram. Elas usam porque gostam, querem algo diferente”, vibra. “Temos que estar de olho em todas as demandas que elas nos propõem. Resolvemos, porque atendimento é isso. Nossa base é a confiança e o respeito. Nos esforçamos para o melhor sempre, tanto em atendimento, quanto em agilidade”. Com isso, a Pajaris segue construindo uma história de empatia, sensibilidade com as clientes, e um branding inovador.
@pajaris / www.pajaris.com.br
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