*Com Brunna Condini
Cumprindo o isolamento social desde que as gravações de “Salve-se quem Puder” foram interrompidas em razão da pandemia do Coronavírus, Vitória Strada tem divulgado em suas redes sociais momentos íntimos e de reflexão. E a atriz também dividiu com a gente as mais lindas imagens protagonizadas por ela (e registradas antes da recomendação de isolamento, claro) inspiradas na atitude do movimento grunge dos 90’s. As fotos transmitem toda a força de Vitória, que foi homenageada pela Arezzo com uma bota batizada com seu nome: a combat boot Vitória. E que estão à venda em todos os canais online.
A atriz brilhou na campanha para a label, que traz o acessório atemporal em sua nova coleção. A direção criativa foi assinada por Giovanni Bianco, com fotos de Hick Duarte, styling by Renata Correa e hair & makeup por Daniel Hernandez. “Gosto muito dessa pegada urbana e moderna. E tem muito a ver com o meu estilo. Por exemplo, adoro até brincar de compor um look com short e bota. Acho cool”, comenta Vitória, acrescentando: “A equipe de criação da Arezzo criou um acessório com um design lindo, marcante, mas leve e confortável para o dia a dia. Eu priorizo o conforto, sempre”.
Vitória é apaixonada por moda, tem uma carreira bonita como modelo, sabe da importância da indústria no Brasil – que gera 8 milhões de empregos direta e indiretamente – e acredita que é uma forma de expressão de pura identidade. “Gosto de saber sobre as inspirações, ficar por dentro do que as marcas estão criando. Comecei minha vida profissional como modelo, então é um universo muito próximo de mim e da minha história. Aquele jeans que você usa, ele é moda. Um coque que você faz no cabelo, também. Tudo o que usamos tem história, tem criatividade e mentes brilhantes por trás. Há um artista dentro de cada ser humano que cria uma coleção, que costura a peça até chegar a todo o mundo”, observa. E diz mais: “Você tem mil opções de looks a partir de um acessório como uma bota, por exemplo. Nada de associar, como no passado, bota com calça apenas. Ela fica absurdamente linda com uma saia”.
Em casa, com a namorada, Marcella Rica, Vitória nos conta que, dentro desta nova realidade de isolamento, elas têm dado suporte uma para outra. Como tem sido a rotina? “Estamos vivendo um momento novo para todo mundo. Tem dias que passam mais devagar e outros que conseguimos lidar melhor. Mas não posso reclamar de jeito nenhum. Quem pode ficar em casa, fique. Tenho um trabalho que me permite ficar em casa. Minha preocupação é com aquelas pessoas que não têm essa opção, que precisam sair para conseguir a comida do dia, que não têm água e sabão em casa e, muitas vezes, nem um teto para dormir”, frisa.
E, Vitória, tem sentido muita ansiedade com este período? Como faz com tantas informações? “Busco notícias sempre de fontes confiáveis, porque tem uma rede de fake news espalhando informações erradas. Vejo os telejornais, leio. Mas eu tenho me permitido me desconectar também. Às vezes é necessário. Todo dia é uma nova dinâmica, uma descoberta. Gosto de desenhar, que é algo que relaxa a mente. Entrar em contato com o meu eu interior. É importante, mas muitas vezes evitamos e fugimos para fazer algo. Acho que esse é um momento difícil, mas também de autodescoberta, onde ressignificamos tudo o que de fato tem valor, o que realmente é importante, essencial”, pontua.
A gaúcha de Porto Alegre divide suas preocupações com o cenário nacional e internacional e a ameaça do Covid-19. “Penso naqueles que mais precisam de auxílio, que estão nas comunidades, nas periferias. Essas pessoas necessitam de ajuda urgentemente. Além de lidar com o medo do vírus, elas lidam com a fome e tantas outras dificuldades. São vidas precisando de ajuda”, afirma.
Ela tem consciência da gravidade do momento, como muitos brasileiros e pessoas ao redor do mundo, e a apreensão com os rumos desta pandemia são constantes. Tanto, que na rotina de isolamento social ao lado de Marcella, a atriz tem mergulhado em cultura e procurado se manter sã. “Tenho visto filmes, séries. Mas acho que o cenário atual está me fazendo buscar uma calma para pensar o futuro”, afirma.
Acha que uma situação como essa fortalece os laços de amor? “Sim, claro! Eu, por exemplo, moro longe dos meus pais, e sinto muito a falta deles. Lamento não poder viajar agora, mas celebro poder falar pela internet a qualquer hora. Fico mais tranquila vendo a expressão de cada um e o meu cachorro, Teo”, conta. “Com os amigos, encontramos novas maneiras de nos reunir, e nesse sentido a internet está a nosso favor. Além disso, existe toda uma rede de afeto sendo criada nesse momento, que eu acho linda. Dos vizinhos nas janelas ou varandas, dos profissionais nas redes sociais compartilhando o que sabem fazer com seus seguidores. No meio de todo o caos, temos encontrado gestos de amor”.
O que tem aprendido neste período que vai levar para a vida? “Tenho refletido sobre entrar em contato comigo mesma, mas também sobre o afeto. Sobre como é importante dar valor aos momentos com as pessoas que a gente ama. Muitas vezes, seja pelo trabalho ou vida mesmo, nos privamos de estar com aqueles que amamos. É importante dizer que ama, ser presente, não sabemos o dia de amanhã”.
Você escreve? Pensou em criar algo com Marcella, já que ela tem uma produtora? “Não pensei não, mas a ideia é boa! (risos). Tenho investido um tempo em desenhar. Até escrevo algumas coisas, mas não com esse objetivo. Esses dias fiz uma logo para uma marca que a Marcella trabalha. Quem sabe invisto também na carreira de ilustradora?”, indaga.
E aproveita para dar seu recado: “Se você pode ficar em casa, fique. Essa é maneira que temos de impedir que o vírus se propague de forma mais acelerada e consequentemente salvar vidas. Esse é o momento da nossa sociedade perceber que não se pode pensar somente no próprio umbigo. Não estamos sozinhos. Precisamos uns dos outros”.
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