A 15ª edição do Minas Trend começa hoje com a primeira rodada de desfiles e o salão de negócios, e vai até dia 10. Nesta noite de segunda-feira (6/10), o pavilhão do Expominas, sede do evento, recebeu fashionistas para um coquetel private, dando a largada ao inverno 2015, que contou com fashion show de tendências assinado por Paulo Martinez. Já na chegada, os convidados se deparavam com uma exposição do trabalho de Patricia Bonaldi, que também expõe sua coleção (e a da PatBo) na feira, após lançar o inverno na França, no Hotel Bristol, durante a Semana de Moda de Paris.
O evento, como de praxe, ofereceu um coquetel ambientado dentro do espaço ricamente cenografado com paineis com projeções e displays com manequins e instalação, uma das marcas do Minas Trend. Mas a luz, entretanto, desta vez tinha um quê de soturna, tudo estava muito escuro. Considerando que a semana de moda mineira prima por uma ótima iluminação, chega ser curiosa a opção pela penumbra dessa vez, mas pelo menos o desfile de abertura funcionou como referência desse padrão, com light design primoroso.
O desfile-conceito de abertura apresentou, como sempre, um pout pourri do melhor que a moda mineira traz para a temporada, entre marcas que desfilam e outras que apenas expõem. Medalhões do estado como – Coven, Mabel Magalhães, Mary Design, Patricia Bonaldi, Paula Bahia, Faven, Patricia Motta, E-Store, Condotti, Lucas Magalhães, Arte Sacra, Lita Raies, Plural, Jardin e Barbara Bela – desfilaram em looks-proposta da estação, ao lado de outras grifes mais novatas ou menos conhecidas, em um desfile que Paulo Martinez comparou com um arca e marcado pela penetrante música de Ennio Morricone, criada para a trilha sonora do filme “A Missão” (The Mission, de Roland Joffé, Warner Bros, 1986) – a bela faixa “On earth as it is in heaven”.
Para o produtor, essa arca de Noé – encabeçada por Luana Teifke e Alicia Kuczman –engloba todas as culturas, todos os bichos da moda, detentores dos estilos de vida mais variados e praticantes de múltiplos credos: freiras, clérigos, pastoras, judeus, muçulmanos, turcos, xamãs, índios americanos, nômades tribais, africanos, povos das mais diferentes culturas. Com edição que brincou com preto, branco e brilho, se aquilo que foi visto na passarela se confirmar nos desfiles individuais e nas araras dos expositores, espera-se muitos grafismos que vão do étnico ao optical, saias com volumes, minimalismos adornados por maxi acessórios, sobreposições e saias rodadas. Confira as fotos de Henrique Fonseca.
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