Mega Pólo Moda promove a 21ª Mega Fashion Week com direito a dois dias intensos de desfiles de 350 marcas – cerca de 1.400 looks


Conversamos com Juliana Gama, gestora de marketing do shopping – o maior complexo de venda atacadista de São Paulo – para saber os highlights do evento e, claro, falar sobre como ele acrescenta no calendário comercial do Brás. “Logo no começo a ideia já era estabelecermos um calendário de movimentação do empreendimento e seu entorno e gerar negócio para os lojistas, sempre com olhar de tendências. O evento é um gerador de negócios. É o embrulho comercial”

Um complexo de venda atacadista com mais de 400 lojas de moda feminina, masculina, jovem, infantil, gestante, plus size e acessórios que promove grandes eventos para lançar tendências e novidades da temporada. Parece perfeito. E é. Não à toa, o Mega Pólo Moda faz sucesso entre lojistas e vendedores ao redor de todo o país e promove uma verdadeira mobilização no bairro do Brás, em São Paulo. Tanto é que o local já se prepara para receber, nos próximos dias 25 e 26, a 21ª edição do Mega Fashion Week – que trará o melhor da Primavera/Verão 2017. De fato: o Mega Pólo Moda, maior shopping atacadista de São Paulo, faz parte da história do bairro – ligado à tradição têxtil na capital. Afinal, sua criação foi um dos fatores fundamentais na revitalização e incremento comercial da região. “O evento movimenta o Brás, então todos os lojistas do entorno se valem do nosso calendário para organizar suas operações e se comunicar com clientes. Eles lançam no mesmo momento do shopping, oficializam as coleções, isso gera força importante para o local, até por que nós não tratamos de operações isoladas. O Brás é um bairro de seis mil lojas. Se queremos falar com todo o país… é muito melhor que a gente se una”, defendeu Juliana Gama, gestora de marketing do shopping.

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Nada mais justo tratando-se de uma história que começou justamente de uma fusão. “O shopping foi inaugurado em 2006 e é resultado de uma união do Pólo Moda, que existia desde 1992, com o São Paulo Mega Mix, que seria concorrente parede com parede e, antes da inauguração, resolveram se juntar e se lançaram como Mega Pólo Moda, uma expansão do Pólo Moda. Quando o novo momento começou nós entendemos que havia a necessidade de um amplo calendário de ações e eventos para movimentar o Mega Pólo e o entorno. Foi aí que surgiu o desfile, em 2006, para, naquele momento estabelecermos um calendário de movimentação do empreendimento e seu entorno e gerar negócio para os lojistas, sempre com olhar de tendências. O evento é um gerador de negócios, é o embrulho comercial”, explicou Juliana. Mas o sucesso era tanto que ele cresceu muito. “Antes era dentro de uma sala fechada de eventos para cerca de 100, 120 pessoas. Agora, 21 edições depois, temos um evento muito importante que traz resultados efetivos e comprovados para o empreendimento e que recebe mais de cinco mil compradores”, contou.

Juliana Gama

Juliana Gama (Foto: Divulgação)

Com os números impressionantes, não à toa, em época de Mega Fashion Week, o faturamento mensal dos lojistas aumenta muito. “Temos incremento de 40% no faturamento do mês em dois dias de evento. Todas as lojas participam. O bacana da construção da história é que as lojas se envolvem, se preparam, trazem estratégias comerciais”, disse. Pensa que é só? Pois se para os vendedores o evento é fundamental, para os clientes, também. “Quando vira o ano, eles já querem nosso calendário para organizar o roteiro. “A essência do nosso negócio é relacionamento, então nós fazemos questão de manter o canal estreito com o cliente de cada loja e o shopping trabalha forte essa comunicação. O convite de vir para a Mega Fashion Week é feito por nós e há um amplo programa de relacionamentos, com benefícios e agrados o ano todo, que são potencializados com essa época de relacionamento”, destacou.

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E nem quem vem de longe precisa se preocupar, afinal, além do centro empresarial, o shopping possui um hotel para 411 hóspedes, uma rodoviária própria coberta com capacidade para 33 ônibus, um andar de serviços com bancos, praça de alimentação, entre outros serviços para atender todas as necessidades. “Para quem vem de longe é superpreparado. Temos hotel e todos os serviços e, obviamente, não estabelecemos serviços de forma fria. O cliente precisa conhecer quem é do shopping, se relacionar. E isso respalda o fluxo para o nosso locatário. Talvez isso seja diferente do que acontece no varejo, nós puxamos a corda, estamos de mãos dadas com cliente”, explicou Juliana.

Abastecer lojas de todo o país, claro, é uma responsabilidade e tanto e demanda, além de dedicação, muita pressa. “É um grande desafio. Trabalhar com moda é interessante, porque ela é absolutamente perecível, o comportamento do consumidor muda a cada segundo e nós precisamos acompanhar isso com a entrega dos produtos. Hoje, o que o comprador de atacado quer? Novidades todos os dias. E quem não tiver essa dinâmica está fora do mercado. Nós temos uma média de dez novos produtos por loja por dia. Imagina o que é isso! Sou um confeccionista e preciso planejar minha coleção para ter dez novos produtos todos os dias. E, realmente, o produto de hoje fica velho amanhã. O cliente que entra hoje em uma loja, se voltar semana que vem e ver as mesmas coisas, acha tudo velho. Tem que ter mais novidade do que quantidade por modelo. Outro grande desafio é, obviamente, a concorrência das magazines, das marcas que vêm de fora e fazem pressão nas lojas de rua de cidades do interior, enfim, a competitividade”, afirmou.

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E se muitos do meio reclamam da crise, no Mega Pólo Moda a situação é atípica. “Claro que afeta. Estamos impactados, como todo o mercado, em trabalhar esse receio do cliente, mas o Mega Pólo optou por não brecar atividades, pelo contrário: permanecer de forma acelerada com investimentos e ações para passar segurança para os clientes. Percebemos que, nesse momento de dúvidas, o cliente precisa de apoio, orientação para compra assertiva, informação do mercado e de moda. Esse mercado é carente de informações. Então nós preparamos equipe de atendimento e de relacionamento para estar de mãos dadas com o cliente. Abrimos oportunidades, estabelecemos canais de comunicação para levar segurança, informação e serviço. Óbvio, impactados todos estamos com a crise, mas eu diria que o Mega Pólo Moda surfou bem essa onda”, analisou Juliana.

Desfilar e vender ao mesmo tempo também é desafiador, mas a organização tira de letra – afinal, com o Mega Pólo Moda, o “see now, buy now”, tendência absoluta nas semanas de moda mundo afora – já existe há muitos anos. “O desfile é aberto, no andar térreo do shopping, para que o cliente não seja tirado do roteiro para assistir em uma sala fechada. Eles sentam por meia hora para pegar informações de tendências, conhecer modelagens, cartela de cores e usam isso como referência de compra no minuto seguinte. As lojas estão 100% abastecidas após os desfiles, que são uma ferramente de moda. Na pronta entrega não tem como não ser ‘see now, buy now’. É comércio mesmo”, disse.

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Falando nos desfiles, são dois dias para lá de intensos e, a cada um deles, cinco apresentações: 10h, 11h30, 13h30, 15h e 16h30. A produção fica sob os cuidados da Companhia Paulista de Moda, de Reginaldo Fonseca, e todas as lojas do shopping participam. “Quem está na passarela são os lojistas do Mega e todos participam – sem exceção. É uma maneira de apresentarmos todas as oportunidades que temos no Mega Pólo. São cinco horários de desfile por dia e mais de 80 profissionais na produção dos mais de 1.400 looks que mostram as principais tendências para a próxima estação. Começamos a trabalhar isso 40 dias antes e dividimos esse volume em dez horários de desfiles. São dois looks por loja e, a cada uma hora, tem um desfile. Cada horário vem com cerca de 20 e poucas marcas e conseguimos contemplar todo mundo”, explicou ela, ressaltando que o impacto vai além do próprio empreendimento. “Nesse mês antes já começamos a perceber a movimentação no entorno. Mesmo no Bom Retiro, pólo concorrente, todo mundo se movimenta em torno do Mega Pólo. Circulam muitas pessoas pelo evento”, destacou.

Dentre tantas pessoas, claro que as celebs não faltam. Ao longo das 21 edições, a Mega Fashion Week já recebeu nomes como Giovanna Antonelli, Sabrina Sato, Juliana Paes, Deborah Secco, Giovanna Ewbank, Bruno Gagliasso, Fernanda Lima, Grazi Massafera, Viviane Araújo e muitos outros. Nessa edição, entre os confirmados já estão Lucas Lucco, Sabrina Sato, Taís Araújo, Mariana Rios, Felipe Titto, Giovanna Ewbank e outros. “Estou olhando para um quadro enorme de famosos confirmados, alguns tem agendas de gravações, aí tem que conciliar, mas é bem legal. Eles desfilam, atendem imprensa, tiram fotos com clientes especiais que nós selecionamos e tem alguns que vêm por lojas e fazem presença vip dentro, mas é uma semana de muito social”, contou.

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Ser o maior shopping atacadista de São Paulo é uma responsabilidade e tanto – tanto é que a organização do Mega Pólo Moda ainda não tem planos de expansão. “Por enquanto, o nosso trabalho é realmente o fluxo vindo para cá. O título carrega responsabilidade porque há uma expectativa muito superior em quem está conosco – operadores de lojas não só do Mega Pólo e, claro, a nossa responsabilidade com o mercado. Sabemos que tudo o que comunicamos e promovemos tem um peso enorme. Então, temos margem zero de erro”, explicou Juliana. Mas eles não precisam: o Mega Pólo Moda é sucesso absoluto.