Marlon Teixeira congestiona a SPFW: “Nunca vou perguntar por que uma menina ganha mais do que eu. Ela vai vender muito mais. O business é diferente”


O modelo é considerado a “Gisele Bunchen de calças” e, modesto, confessou à HT: “Fico sem graça de ser comparado com ela”

Marlon Teixeira é conhecido como a “Gisele Bündchen de calças”. Mesmo sendo o modelo mais requisitado do mercado, por trás dos desfiles ele mantém o jeito de garoto e, com toda modéstia, ri ao ser comparado com a uber. “Nossa, é bem difícil esse título, acho que qualquer pessoa ficaria sem jeito”, justifica, gargalhando. “Mas eu venho fazendo uma carreira incrível, muito maior e melhor do que eu esperei no começo e, pô, é um enorme prazer ser comparado com ela. Eu a admiro demais, pessoalmente e profissionalmente. Fico mesmo sem jeito”, confessa ele, que já chegou a trabalhar com a top. “Ela dá dicas para todo mundo. É uma verdadeira professora”, diz.

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(Foto: Daniel Bryan / AgNews)

Falando nisso, como será que Marlon enxerga o mercado fashion que, ao contrário do que acontece nos outros, os homens ganham menos do que as mulheres? “Eu vejo como duas possibilidades diferentes. Do mesmo jeito que não vou comparar o que eu ganho com outro menino, também não vou comparar com uma mulher. Não tem como. O mercado feminino é muito maior do que o masculino – que tem crescido muito nos últimos anos, mas mesmo assim não chega a alcançar. Olha o tamanho de uma coleção feminina e de uma masculina. Olha quantos homens realmente compram uma revista de moda e quantas mulheres. O mercado em si é maior, então não tem como julgar. Nunca vou perguntar porque uma menina ganha mais do que eu, ela vai vender muito mais camisa. O business inteiro é diferente”, analisa.

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(Foto: Daniel Bryan / AgNews)

São três anos de ausência do SPFW e a volta, no desfile de estreia de Murilo Lomas, claro, é especial: “Para mim é o maior prazer vir trabalhar no meu país, com gente que fala a minha língua e pensa da mesma forma que eu. Na minha carreira toda eu trabalhei muito pouco aqui, então sempre fico amarradão quando sei que venho para o Brasil. Acabo vendo mais gente, passando um tempo. Sempre dá um frio na barriga, bem mais do que lá fora, que é tipo: ‘ah, vou fazer um desfile’. Aqui não… é um acontecimento”, revela ele, que garante: não tem uma grife-sonho. “Marca mesmo não, mas eu vi um trabalho que sonho em fazer parecido. É de um perfume da Chanel que a campanha é um cara surfando. Aquele é meu sonho, poder ir para a Indonésia surfar e depois sair o trabalho final. Não tem uma grife ou desfile que almejo, mas gostaria de fazer um trabalho pegando onda”, diz. Ele não precisa: já tira onda sem prancha.