Marina Novelli fala sobre a paixão pela fotografia e sintetiza: “Sempre vejo beleza no cotidiano”


A fotógrafa, que assinou nosso editorial exclusivo com Pablo Morais, falou sobre como as redes sociais mudaram a percepção do público sob a imagem: “Muitos fotógrafos se sentem incomodados, mas eu acho bom, veio para desmitificar, trazer novas linguagens e possibilidades”

Para Marina Novelli, uma boa foto “nada mais é do que um bom momento registrado”. Talvez por isso nosso editorial exclusivo com o ator Pablo Morais tenha ficado tão incrível.

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Explicamos: ao som de rap e hip-hop e muita descontração, Marina e Pablo mais pareciam amigos de infância. “Se o momento for bom, a foto rola”, explicou ela, que descobriu a paixão pelas imagens logo cedo. “Eu comecei a fotografar com uma câmera de filme que ganhei do meu avô. Clicava as minhas amigas, e, na época, eu morava em São Paulo e estava me mudando para a Bahia. Aí fotografava os lugares que eu ia e nunca mais parei”, lembrou ela. “Meu avô usava essa câmera, que era analógica, de filme, para fotografar a família e eu uso até hoje. O legal é que ela me acompanhava no dia a dia, eu não saía especificamente para fazer fotos, então fui desenvolvendo um certo enquadramento, procurando a beleza dos lugares”, disse.

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Marina Novelli (Foto: Reprodução/Facebook)

Aos 30 anos e com apenas “dois ou três” de carreira ela mal parece uma “iniciante”. E não é. “Comecei a tirar fotos com 15 anos, mas era brincadeira, nada profissional”, lembrou Marina, que, apesar de assinar nosso editorial, não costuma fazer imagens de moda e celebridades. “Meu trabalho é mais do campo das artes. Só faço moda quando sinto que vou ter liberdade artística. Se tiver espaço para o autoral eu adoro”. Tanto é que uma de suas grandes inspirações é, justamente, o nova-iorquino Ryan McGinley. “Eu gosto de quem faz moda, mas não vem da moda. Trabalha porque tem uma linguagem tão legal, estilo tão maneiro que, eventualmente, alguém te chama para emprestar seu olhar”, analisou.

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(Foto: Reprodução/Facebook)

E o olhar dela é aguçado. “A vida tem beleza o tempo todo. Eu sempre vejo no cotidiano, nas pessoas, nas ruas…”. Vai ver por isso que ela prefere as imagens externas. “Gosto da luz natural sempre, acho que ela dá uma textura mais bonita. É onde transito com resultados mais positivos. Eu não me interesso tanto pela luz artificial”, explicou ela, que, não à toa, lista “curiosidade” – ao lado de “paciência” – as grandes características de um fotógrafo. E o que o advento das redes sociais mudou no trabalho, Marina? “Acho que elas tornaram a fotografia menos inalcançável, menos utópica. Elas democratizaram o exercício, então eu acho incrível. Todo mundo pode desenvolver o gosto pelo enquadramento, pela beleza, ver os trabalhos alheios. Muitos fotógrafos se sentem incomodados, mas eu acho bom, veio para desmitificar, trazer novas linguagens e possibilidades”, defendeu. Assinamos embaixo.