Levi’s celebra o feminino, a sororidade e a diversidade com projeto ‘I shape my world’


Marca centenária de jeans escolheu o Rio de Janeiro para evento que proporcionou um mix de arte, shows e bate-papo com mulheres de várias gerações e histórias. Traduzindo: cada uma deu forma ao seu mundo

A roda de conversa durante o evento I Shape My World, da Levi’s (Foto: Ari Kaye)

*Com Rafael Moura

Os projetos sociais da Levi’s sempre são incríveis e a gente adora acompanhar. Então, vamos lá. Pensando nas múltiplas e plurais mulheres, a Levi’s levou ao Istituto Europeu di Design (IED-Rio) o projeto ‘I Shape my World’. Foi uma tarde/noite de sábado deliciosa com o objetivo de reunir mulheres de várias gerações e ouvir suas histórias de vida, lutas, empoderamento, sororidade e como dão forma ao mundo de hoje. “O ‘I Shape my World‘ (Eu Dou Forma ao Meu Mundo) é um projeto global que chega ao Brasil para celebrar as histórias de mulheres inspiradoras. Ele foi lançado com a criação dos mini documentários que relatam as lutas e conquistas de Odara Dèlé e Monique Evelle. No Rio, o projeto ganhou formato de bate-papo, para que diferentes gerações femininas dividissem suas trajetórias e experiências. O objetivo foi mostrar quais os desafios e lutas das mulheres do amanhã”, explica Marina Kadooka, gerente de marketing da Levi’s Brasil.

Marina Kadooka abriu a série de debates que teve Yamê Reis (E) como mediadora (Foto: Ari Kaye)

A label repleta de atitude transformou o jeans de uniforme de trabalho em uma peça fashion mundialmente e, para reforçar essa inovação e vanguardismo, propôs no Rio uma combinação entre todas as formas de arte como forma de celebrar o encontro. Além da DJ Tamy, ainda conferimos shows da cantora, compositora e instrumentista Mariana Volker e da banda Flerte, que fechou a noite com canções autorais e clássicos internacionais e da MPB repaginados agitando o terraço do prédio com vista para a Baía de Guanabara.

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A arte esteve presente em todos os momentos dessa celebração. A começar pela cenografia que foi assinada pelo coletivo Cria. No primeiro andar do IED-Rio, a artista multimídia Paula Costa montou uma belíssima instalação/exposição batizada Entre Nós com de imagens bordadas e frases impactantes das mulheres retratadas, que foram as escolhidas para o bate-papo. “O primeiro passo para criar essa mostra foi conhecer essas mulheres. Eu as entrevistei e fotografei. Em seguida, imaginei um bordado nas fotos e com uma rosa branca. Tudo para costurar essa história da melhor maneira possível e proporcionar um convite que provoca a reflexão”, contou Paula.

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A mostra fica até 28 de março, no IED-Rio. A artista visual Rafa Mon também presenteou o público com um live painting. O mural serviu de fundo para lindos cliques.

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A querida Yamê Reis foi escolhida para mediar o painel de discussão que contou com Bela Reis, Rafa Mon, Joana Couto, Raíssa Campos, Luana Genot e Paula Costa. Autoestima, inclusão, igualdade, liberdade de expressão e outros temas inerentes ao feminismo e às causas defendidas pela Levi’s foram abordados. “A minha avó era uma mulher que dependia do marido. Ela fazia de tudo para me ensinar a costurar, mas eu achava uma prisão. Anos depois, eu vim me reconectar com ela, porque fui trabalhar com moda”, contou Yamê Reis.

“Eu cresci num ambiente familiar em que precisei ressignificar a morte e trazer uma renovação. A mulher é muito próxima da natureza por ser geradora de vida. Eu cresci vendo minha mãe bordar. O que me inspirou muito”, contou a artista Paula Costa. Já a jornalista Bela Reis disse que usa seu privilégio para dar voz às causas que acredita e que luta. A artista visual Rafa Mon ressaltou que a arte de rua é potente, polêmica e social. “Quando comecei a pintar na rua, eu percebi a força política dessa arte”, frisou. Joana Couto comentou que “com a evolução do autoconhecimento, realmente entendi quem eu sou. E as artes plásticas me ajudaram muito. Eu fui acolhida como nunca fui. Eu pude e posso me expressar”. Luana Genot, diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil e que acabou de lançar o livro ‘Sim a Igualdade Racial: Raça e mercado de trabalho’, falou sobre como o discurso racial tem sido importante, “porque essa relação de raça e mercado de trabalho é intrínseca na sociedade. O meu trabalho é construir pontes para as novas narrativas”, afirmou.

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“É engraçado que eu aprendi realmente a importância do feminismo há cinco anos. Eu sofria todas essas dores do machismo, do preconceito e da desigualdade social, mas não sabia. A gente se acostuma com isso, porque vem da nossa cultura”, conta Marina Kadooka, que nos contou que 60% dos cargos executivos da Levi’s são compostos por mulheres, no Brasil. E completou: “Foi importante a Levi’s levantar essa bandeira e proporcionar uma série de debates. Eu fico muito feliz. Nós vivenciamos esse discurso de emponderamento, inclusão, de igualdade, mas, ao mesmo tempo, é necessário sempre a gente deve trabalhar a questão dentro de casa”, analisou Marina.

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