Como pensar em jeans sem pensar em Levi’s? A marca se tornou quase que um sinônimo do tecido mais democrático do mundo com louvor: foi pioneira ao criar a primeira calça denim, em 1873. A ideia inicial de Levis Strauss & Co era comercializar roupas resistentes que não rasgassem ou desgastassem facilmente e pudessem ser usadas por trabalhadores das minas americanas. Se o documentário “The 501 Jean: Stories of an Original”, exibido em três partes na Casa Levi’s, conta toda essa história e mostra o impacto do modelo em estilo e cultura por mais de um século, nós, de HT, resolvemos destrinchar a nova coleção Inverno 2016, batizada Wonderland. Não à toa: a ideia é homenagear Laurel Canyon, em Los Angeles, um “oásis dourado” dentro da expansão da cidade, escondido em Hollywood Hills, atrás da Sunset Boulevard, e que atraiu alguns dos maiores artistas do século XX por suas palmeiras, bangalôs desbotados, cactos e, claro, um pôr-do-sol épico que justifica o nome.
Por lá, já transitaram nomes poderosos do folk music, com suas guitarras debaixo do braço, hippies, rockers e muito mais. “Nossa história foi escolhida em homenagem a uma área em Laurel Canyon, Los Angeles, que foi um centro criativo de gravidade para artistas, arquitetos e músicos nos anos 1960 e 1970. A partir dessa pequena área nas colinas de North Hollywood, veio uma revolução artística que mudou o mundo. E essa é a nossa saudação às comunidades criativas de hoje: Wonderland”, disse Jonathan Cheung, vice-presidente sênior de design da Levi’s. De fato: décadas após o término de filmagens e gravações de músicas, a equipe Levi’s presta sua homenagem às comunidades criativas de Los Angeles e é com esse pensamento democrático, também, que coloca seu inverno repleto de estilo nas lojas.
A coleção feminina continua com os clássicos fit skinny e traz modelos do Lot 700, que chegou ao mercado brasileiro ano passado e fez tanto sucesso que ganhou releituras como o 710 Super Skinny, o 711 Skinny e o 721 High Rise em tecidos supermacios. “O modelo virou fixo na plataforma de fits e trouxemos releituras. O 710, por exemplo, tem recortes à laser”, explicou Marina Kadooka, gerente de marketing da Levi’s Brasil. Uma das grandes novidades da coleção é a linha Lot 300, plus-size shaping, que modela o corpo. “A Levi’s é tão democrática, tinha que ter linha para todo mundo. São modelos de cintura alta, que apertam o abdômen, o bolso é costurado até em cima pra dar sensação de compressão da área e tem bastante elastano. A venda é através de multimarcas”, disse Marina. A linha Lot 800, para mulheres mais curvilíneas, continua em alta, claro. Nessa coleção, a Levi’s propõe novos comprimentos retrô e cortes divertidos como o Mile High Super Skinny, que alonga as pernas. Tratando-se de Wonderland, a temporada traz lavagens como o layered indigo, o ocean drift e o white noise.
O icônico 501, claro, estará disponível em uma variedade enorme de lavagens. Tratando-se de uma comemoração aos 143 anos do modelo, as calças marcantes surgem ainda mais modernas, com lavagens e acabamentos destroyed, opções cheias de patches e tecido fit weight: mais leves, perfeitas para países com clima tropical. “A 511 é o novo fit, skinny e slim, então o tecido é leve por isso. Mesmo sendo inverno, o clima do Brasil é perfeito para ele”, analisou Marina. Além disso, o modelo 501 se transformou em shorts incríveis! Nessa temporada, o 501 shorts tem cintura mais alta de inspiração vintage e, além disso, a Levi’s está lançando o 501 CT Shorts, de comprimento médio e barra sobrada com a mesma caixa do jeans 501 CT, ou seja: uma parte superior mais relax. Seja em tecidos premium ou desgastados, os shorts 501 prometem virar tendência absoluta.
A Wedgie Fit é outra grande aposta da estação. “A história engraçada é que wedgie significa cuecão, remeta àquela brincadeira dos meninos de puxar a cueca, porque ela faz justamente isso de dar um up no bumbum. Dá uma levantada, é cropped e mais altinha. Nos Estados Unidos esse modelo explodiu de vender, porque veste muito bem”, adiantou Marina. As saias mídi também são um highlight do inverno. Feitas com a caixa da 501, são quase calças que abrem embaixo. Garantia de modernidade. As partes de cima não ficam para trás. Moletons, tricô com estampas assimétricas, camisa boyfriend para as meninas, jardineiras cheias de personalidade, delicados tops em tons azuis profundos, camisetas de estampas descontraídas, camisas sociais e a famosa jaqueta trucker cheia de patches completam uma coleção feminina marcante.
Os meninos também ficarão cercados de estilo nessa temporada que tem como foco os itens básicos aprimorados com influências da metade do século. Ou seja: muitas tees listradas com bolso e outras estampadas com a vibe track-and-field dos anos 1950, além de camisas tingidas e sarjas. Uma das grandes novidades da temporada é o fit 591 extreme skinny masculina. “É uma aposta nossa, porque alguns meninos compram calça feminina nas lojas, porque querem mais skinny. Algumas críticas eram de que a 510 é skinny, mas a caixa é alta e quem usa superskinny usa caixa baixa. Essa é com a caixa da 511, que é baixa, mas skinny. Vai ter em todas as lojas em quatro lavagens”, adiantou Marina. E, se as meninas ganharam a linha Lot 300 inteiramente plus-size, os garotos não ficaram para trás: a coleção Big & Tall, para homens grandes, terá numeração do 52 ao 70 e será vendida em lojas multimarcas selecionadas.
As peças masculinas terão tons vermelhos empoeirados, muito verde e toques de dourado na cartela de cores. Claro que, tratando-se de Laurel Canyon e seu pôr-do-sol inesquecível, a paleta se ilumina. Estampas botânicas também prometem fazer a cabeça dos meninos na temporada. O popular fit 501 foi reinventado e, nesse inverno, surge como novos acabamentos e lavagens. E os shorts também não ficaram de fora! “A gente trouxe, pela primeira vez, a bermuda 541, que é o fit atlético. No ano passado, nós lançamos a calça atlética com a parte das coxas mais largas e relax e perna mais skinny e fez tanto sucesso que agora chegaram as bermudas”, disse Marina. Vale destacar: patches bordados e acabamentos desgastados serão o auge do inverno Levi’s.
A Trucker Jacket, a Western Shirt e os jeans 501 e 511 já são clássicos da Levi’s e tornaram-se ícones da cultura pop de moda por reunirem características como versatilidade, atemporalidade e durabilidade. Essas peças, que nunca saem de moda, são sempre reinventadas. Para os homens, a Trucker Jacket ganhou versões que vão do denim ao moletom e em vários tons! Enquanto algumas surgem toda em couro premium, outras vieram com charmosas mangas em lona. Já as mulheres terão Trucker com fit moderno e boxier e comprimento um pouco mais longo. Ah! A customização, que marca várias peças da coleção, também ficam perfeitas nas Trucker femininas. Então vale abusar de bordados coloridos, patches e acabamentos desgastados! A Western Shirt, ícone desde os anos 30, surge com o Classic Fit e uma variedade de cenim e chambray, enquanto a Barstow Western vem em tecidos e cores totalmente inovadores. Para as meninas, a Sawtooth Western surge em fit moderno e estampas e lavagens de inspiração vintage.
Pensa que acabou? Outra novidade marcante é a coleção Pride, do orgulho gay dos Estados Unidos e que chega ao Brasil em maio. “Essa coleção que tem reversão de renda para instituição Harvey’s Milk, que protege gays e portadores do vírus HIV. As peças são enfeitadas com arco-íris, o logo da Levi’s com as sete cores, com o nome ‘Harvey’s milk’ estampado nas blusas. O legal é que a coleção chega junto com a parada gay em São Paulo. As roupas são unissex, tem shortinho bermuda, regata que serve para os dois sexos. Quisemos uma coleção unificada porque não há nada mais bonito do que a celebração única”, ressaltou.
Tem exemplo melhor de marca que une tradição e democracia?
Artigos relacionados