Lanvin: entre o belo show na Paris Fashion Week e a histórica retrospectiva no Museu Galliera, grife celebra o triunfo do luxo!


Mais antiga maison francesa em atividade, a marca que tem Alber Elbaz à sua frente comemora mais de um século no batente e os quase 150 anos do nascimento de sua fundadora, Jeanne Lanvin

Grife das mais respeitadas no universo da moda – e também uma das mais antigas, data de 1909 –, a Lanvin abre neste domingo (8/3), justo no Dia Internacional da Mulher, sua primeira grande mostra, no Museu Galliera, em Paris, indo até dia 23 de agosto. Tudo a ver. À frente do seu tempo, sua fundadora Jeanne Lanvin (1867-1946) foi uma das primeiras mulheres a ingressar na Chambre Syndacale de la Haute Couture e parte da longevidade da sua marca se deve à sua visão firme enquanto empresária, que começou ainda como aprendiz de costureira e depois abriu uma chapelaria, tendo se casado com o Conde Emílio De Pierto em 1895 e se divorciado oito anos depois, algo completamente incomum para uma mulher naquela época.  Em 1907, ela se casou pela segunda vez com o jornalista Xavier Melet.

Com o nascimento de sua única filha (do primeiro casamento), Marguerite, ela começou a desenhar vestidos para crianças e logo suas clientes de chapéus começaram a fazer encomendas para suas filhas, o que levou a estilista, em pouco tempo, a criar também para as mães.

Agora, o Palais Galliera, em colaboração estreita com Alber Elbaz, diretor artístico da maison, e com a valiosa cooperação da Swarovski, oferece ao público essa deliciosa retrospectiva da mais antiga casa francesa de moda ainda em atividade. Na primeira parte, cerca de 100 modelos do acervo da própria instituição ou da Lanvin Heritage estão expostos. Completam a expo fotos de época, convites e cartazes de lançamento de coleção.

Foto (Divulgação)

Foto (Divulgação)

Enquanto empreendedora, Jeanne Lanvin teve olhar privilegiado e, a partir de sua primeira loja, no número 16 da Rue Boissy D’Anglais, se transferiu para o endereço que fez história no Faubourg Saint-Honoré em 1893. Dali para estabelecer sua marca, a partir de 1909, foi um pulo. A brand teve filiais em Deauville, Biarritz, Cannes e Barcelona, entre outros endereços bacanas, e a estilista soube expandir os negócios com espírito de department store, criando linhas de lingerie, peles e, nos anos 1920 – quando o mundo ainda caminhava a passos lentos para o que viria a ser futuramente o sportswear – linhas esportivas e de decoração de interiores. Em 1926, ela ingressou também na moda masculina, e em 1927 celebrou o niver de 30 anos de sua filha com o icônico perfume Arpège.

E soube trabalhar a programação institucional de sua marca décadas antes desse termo ser cunhado, com logotipo emblemático e o azul clarinho que até hoje caracteriza sua grife como uma das mais fortes referências. Uma visionária, portanto, que merece ter sua trajetória conferida em uma visita a Paris.

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Abaixo, HT aproveita para mostrar o desfile outono inverno 2015-16 da maison que aconteceu nesta quinta-feira (5/3) durante a Paris Fashion Week, em curso no momento. Uma coleção com muita pele e muito couro – além de efeitos desfiados, muitas fendas assimétricas, cinturas marcadas, texturas e sobreposições – é a proposta de Alber Elbaz para a próxima temporada, com predominância de preto, marrom e bordô, além de highlights em off white, amarelo e vermelho vivo. Destaque para as peças com enormes flores aplicadas, uma beleza, assim como os acabamentos com franjas e grelôs. As botas de cano longo reforçam um certo quê da inspiração na equitação, amplificada pelos ponchos e pelerines. Puro luxo.

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Fotos (Divulgação)

Serviço:

Palais Galliera

City of Paris Fashion Museu

Endereço: 10 avenue Pierre Ier de Serbie, Paris 16e

Tel: +33 (0)1 56 52 86 00

De terça a domingo, de 10h às 18h

Acesso: Metro linha 9, Iéna

Tarifas: inteira 9 € / reduzida 6 € / livre até 18