Nunca as pessoas se conectaram tão rápido e constantemente como agora, transformando a utopia romântica da Aldeia Global em realidade. Cunhada pelo filósofo canadense Herbert Marshall McLuhan no começo dos anos 60, a expressão sugere que a tecnologia encurta distâncias, enquanto o progresso tecnológico reduz o planeta à condição análoga a de um povoado: um mundo em que todos estão ligados de alguma maneira. E, no Inspiramais 2021_I – Único Salão de Design e Inovação de Materiais da América Latina, vimos designers, empresários, profissionais da moda e players das indústrias de Norte a Sul do país e do exterior, entre 7.800 visitantes, se conectando de todas as formas com as inspirações para roupas, calçados, bijuterias, design de móveis e outros segmentos ligados à moda e até ao setor automobilístico e universo dos pets. Ao todo, cerca de mil materiais inovadores – soluções em solados, acessórios, tecidos, laminados e couros, entre outros produtos – foram apresentados por 180 empresas durante o evento, realizado semana passada, no Centro de Eventos Pró Magno, em São Paulo.
E qual o motivo para eu resgatar McLuhan, caro leitor? Vamos à explicação: No seu décimo ano de realização, o Inspiramais – consolidado como grande evento de matéria de moda do Brasil -, elegeu, a partir das pesquisas do Núcleo de Design, a Sincronia como palavra-chave. Passado, presente e futuro no agora. Portanto, estamos em tempos repletos de transformações da internet, das tecnologias, da robótica, mas observando um renascer de ideias, uma transformação tal qual à época do Renascimento com mudança de pensamentos, de mindset da sociedade e foco total na sustentabilidade.
“A palavra sustentabilidade adquiriu uma importância gigantesca uma vez que deixou de ser conceito para tornar-se uma prática cotidiana com grande impacto na escolha do produto final pelos consumidores conscientes”, afirma o coordenador do Núcleo de Design do Inspiramais, Walter Rodrigues, acrescentando que, com a Inteligência Artificial, conectividade, redes… o futuro é agora e a evolução das ciências torna o homem atual um questionador sem limites. “Tivemos um tempo onde fortaleceram-se as relações B To B, e B To C, mas de agora em diante deverá ser Human to Human”, pontua.
Promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira (Texbrasil), Brazilian Leather, By Brasil Components, Machinery and Chemicals e apoio de algumas das principais entidades setoriais do país, o Inspiramais contou com uma cenografia linda que nos proporcionou um olhar em 360 graus nessa viagem pelo tempo e repleta de mudanças tecnológicas, mas sempre tendo o protagonismo do ser humano como criador e sua relação repleta de empatia e solidariedade com o próximo e com a sociedade como um todo pensando a preservação do meio ambiente. Logo na entrada do Salão, nós vimos um trabalho de moulage assinado por Walter Rodrigues. Com suas mãos criativas de toda uma vida alinhavando uma contribuição à moda nacional, ele deu formas a tecidos direto em manequins. A sensação proporcionada foi de beleza e acolhimento.
Sincronia é a sinergia entre o humano e a máquina. E tudo o que foi apresentado no Inspiramais busca a conexão perfeita, sempre baseada em sustentabilidade. Em entrevista exclusiva ao site Heloisa Tolipan dias antes da abertura do Único Salão de Design e Inovação de Materiais da América Latina, Ilse Guimarães, superintendente da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) frisou: “Todas as tecnologias devem ser utilizadas para cada vez nos tornar melhores e com maiores possibilidades. Essa valorização do ser humano se conecta de todas as formas com a sustentabilidade. E o Inspiramais é citado com o influenciador no desenvolvimento de produtos em vários países, inclusive europeus”.
E vamos às novidades: a partir dessa vivência da mudança caracterizada pela velocidade que atinge todos os processos criativos e industriais, a setorização é uma alternativa dinâmica, funcional e objetiva para diversificar a maneira de apresentar os produtos. Portanto, o Inspiramais atualizou as etapas criativas no processo de desenvolvimento observando o movimento e a necessidade “de um olhar em 360 graus também para a exposição de produtos no Salão”.
Sendo assim, a mostra de produtos inovadores foi organizada em áreas com os seguintes destaques: Luxo, Sustentabilidade, Casual (street e denim), Tecnológico (wearable), Artesanal (slow fashion) e Performance (sport, fitness e beachwear). E, em cada material exposto por setor, observamos a interação com a Metodologia da Pirâmide de Desenvolvimento de Produtos que norteia as empresas.
Sincronia está no topo da pirâmide, nos 10%, que significam a inovação com propósito de gerar valor. É onde se cria um storytelling disruptivo. Os valores se unem a um contexto mundial, à pesquisa inspiracional realizada pelo Núcleo de Design do Inspiramais, formando um estudo para que o novo produto possa gerar marketing, imagem positiva e assegurar em longo prazo a presença da empresa no mercado.
Os 30% correspondem à etapa na qual os resultados da inovação começam a dar frutos. O planejamento do processo gera assertividade. A meta é um consumo maior. É o momento de estudar o ranking de produtos, analisar o que deu certo e devolver ao mercado. Também se aconselha procurar novos mercados e tentar descobrir como a variação de produtos vai performar a coleção. Nessa fase, os consumidores são multiplicadores que compram de imediato o que o mercado vem tratando, num momento em que o produtor já tem moldes, tecnologias e matérias-primas garantidos. É nessa etapa que se processa o que, um dia, foi inovação. Nesta edição do Inspiramais, os 30% corresponderam à palavra-chave Zen.
Na base da pirâmide, nos 60%, permeado pelo tema Play, a força está em fazer bem e rápido com know-how, gerando segurança, estabilidade e confiança no mercado, favorecendo, portanto, a competitividade de preço. Os 60% dizem respeito à massificação. É o momento de interpretar a moda de maneira mais descontraída, simplificando a novidade processada nos 30% e agilizando a produção.
“Os 360 graus impactam, também, na maneira como eu, empresário, posso pensar em atingir todos os setores da moda. Por isso estabelecemos que, a partir de agora, a exposição de materiais e a comunicação dos projetos do Inspiramais partem desse novo gráfico, dividido em seis setores e, em cada um, produtos mil a partir da interpretação da pirâmide. A gente entende também que, com esse movimento de velocidade, as empresas não fazem mais um plano de negócios para cinco anos, mas, sim, para um mês, seis meses. Isso acaba criando uma necessidade de focar nos setores. Mas, quando os consultores do Inspiramais vão até as empresas já há a metodologia da pirâmide e uma vasta pesquisa para favorecer o trabalho de criação. E tudo se encontra aqui, facilitando o processo seguinte: o da produção”, ressalta Walter Rodrigues, coordenador do Núcleo de Design do Inspiramais.
Superintendente da Assintecal, Ilse Guimarães frisou que “o tema Sincronia desta edição do Inspiramais veio ao encontro de todas essas mudanças que, às vezes, nos parecem díspares, mas que acabam nos trazendo uma realidade que é vermos o ser humano como essência, sendo que todas as tecnologias devem ser utilizadas para cada vez nos tornar melhores e com maiores possibilidades. Essa valorização do ser humano se conecta de todas as formas com a sustentabilidade”. Como ela tem pontuado, o Inspiramais, ao completar uma década, atinge toda a indústria nacional, responsável pela produção dos mais diversos itens, estabelecendo um padrão de produtos mundialmente consumidos, “dentro de inspirações internacionais e inserindo uma cartela de cores ‘made in Brazil’, com referências de nossas culturas e elementos regionais, tudo seguindo um conceito de consumo que também fala com o mundo. Assim, levamos o Brasil para um patamar de excelência”.
E percorremos o Salão com uma palestra elucidativa de Walter Rodrigues. “A sincronia tem a ver com uma possibilidade muito importante de a gente já pensar na Indústria 4.0, de toda a automação que vai acontecer dentro da indústria, de toda a parte tecnológica. Mas, nós temos que entender que a tecnologia veio para ajudar o homem, veio para melhorar a vida do homem e não para substituir o homem. Dentro do tema Sincronia, estamos falando exatamente dessa premissa: da importância de a gente entender o quanto as ações humanas, a mão humana, que realmente é o instrumento de arte, vai continuar a fazer coisas interessantes”, disse, acrescentando: “Isso tudo é a gente realmente calcular e pensar na velocidade da informação, o quanto ela está impactando o cotidiano, o que cria de expectativas. Vamos ter que reprogramar profissões e proporcionar aos profissionais que estavam nas máquinas a chance que eles façam algo novo com as mãos, porque a relação vai ser pautada pelo Human to Human. Mesmo com a tecnologia será olho no olho. Isso é importante pensarmos quando criamos. Não existe mais distância, ela foi encurtada”.
“Tudo aquilo que for repetitivo, de fato, tem grande possibilidade de ser substituído pelas máquinas. Porém, as dimensões mais profundas da inteligência ainda serão exclusivamente humanas: a emocional e espiritual”
A questão é que estamos vivendo um momento de transição em que o universo virtual e a robotização estão em sinergia com o humano e caminhando para uma Quinta Revolução Industrial permeada pela junção da biotecnologia com a tecnologia da informação. Portanto, para compreender o admirável mundo novo no qual penetramos cada vez mais é fundamental admitir que esse processo acaba valorizando o humano. A palavra-chave Sincronia, que ocupa o topo da pirâmide, ou seja, os 10%, é subdividida em dois temas: Sinapse e Eclético. O que vimos foi uma intensa pesquisa que aponta o futuro não só da moda, mas comportamental das próximas gerações, a partir desse olhar macro que conecta o real e o virtual. Podemos ter plena convicção que moda sempre esteve linkada com os movimentos de transformação da sociedade. “O que temos visto como mood é toda essa parte da tecnologia assimilando a ideia do moderno, do futurismo. Mas temos aspectos muito clássicos, neoclássicos em tudo. Por exemplo, o Davi (de Michelangelo) dentro de uma estrutura de astronauta, ou mesmo esse cenário de modernidade dentro de uma cidade que tem um aspecto antigo”, exemplifica Walter Rodrigues.
“Nesse tema a força e a velocidade da informação, a conectividade entre passado e futuro ficam representadas em linhas digitais e as formas modulares. A força gráfica das conexões se transforma em referência com infinitas possibilidades nas modelagens, aplicações e estamparia”
Outro exemplo citado por ele dentro de Sinapse é o de Lil Miquela, a figura de um robô que começou como um despretensioso perfil no Instagram em 2016 e hoje é uma bem-sucedida digital influencer com 1,6 milhão de seguidores – mesmo existindo apenas no universo virtual. “Essa garota é um robô, mas trabalha a questão de ser influenciadora. Ela faz anúncios para a Prada e está no dia a dia das pessoas. Essa correlação do tecnológico com o humano inspira nossos designers. É imaginar passado e futuro conectados. Os artistas estão trabalhando a visão do antigo e moderno juntos fazendo uma combinação muito correta”, aposta Walter.
Ele lembra ainda o trabalho do estilista francês Thierry Mugler, que já misturava a robótica com o corpo humano nos anos 1980/90 e foi homenageado recentemente com uma exposição gigantesca no Canadá, atualmente em cartaz na Holanda. “Também tem um artista turco que brinca alterando a beleza de figuras clássicas, como a deusa Vênus pintada por Botticelli no século 15 na obra ‘O nascimento de Vênus’, por exemplo, através de técnicas atuais como operação plástica e botox. Fica um mix daqueles rostos de milênios ou séculos atrás com um look atual. Pura sincronia. Também já tivemos um robô na capa da ‘Elle’ brasileira”. (A robô Sophia “posou” para a capa da edição nacional da “Elle” em dezembro de 2016. A equipe da revista viajou para Hong Kong para que o fotógrafo Bob Wolfenson clicasse a androide, cujo visual foi inspirado na atriz Audrey Hepburn e na mulher de David Hanson, fundador da Hanson Robotics, empresa que criou a robô.)
Assim linhas digitais, irradiação, robótica, materiais refletivos e módulos se tornam o ponto de partida para as pesquisas que se transformaram em materiais inovadores desenvolvidos por empresas no Inspiramais.
A questão não é simples: muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. “A gente poderia rever o Homem Vitruviano a partir das próteses modernas e da robótica, que está absolutamente integrada às nossas vidas. Nos anos 1960, a humanidade acreditava que hoje haveria carros voadores como no desenho animado ‘Os Jetsons’ e que estaríamos vestidos de metal prateado. O Paco Rabanne e outros designers dos anos 60 se inspiraram nessa ideia para algumas coleções lançadas naquela época”, relembra Walter.
E ele nos apresenta materiais bem interessante criados com a inspiração das linhas digitais. “Temos vários exemplos de como essas linhas podem ser trabalhadas e de como esse futurismo, de certa forma, está presente nas nossas vidas. Há bastante elementos”, comenta. Observando as mesas repletas de componentes e acessórios e as paredes com tecidos e couros, tudo fica claro e a gente vê a potência das empresas criadoras de tantos produtos que darão o start na produção da moda brasileira em ritmo acelerado. A questão da robótica fica evidente para a confecção de sapato a mobiliários. São bem interessantes as matérias com efeitos, a ideia de todo metal, tem bastante traço de metal, principalmente a questão de novas tachas ou de novas texturas com aparência de tachas. E a questão do modular, que vem muito dos anos 1960, que era uma época na qual muitos imaginavam o futuro. Eles aparecem de formas muito interessantes em vários materiais, criando possibilidades de uso bem interessantes.
Assim, nós vimos os highlights do subtema Sinapse e seguimos com Walter Rodrigues falando sobre Ecletismo.
“Os artistas vêm trabalhando há um tempinho com essa mescla do antigo com o moderno fazendo combinações interessantes. Temos uma explosão da questão da inclusão. No último capítulo da temporada do reality show ‘RuPaul Drag Race’, mais de um milhão de pessoas estavam conectadas no mundo inteiro. Isso está mexendo com a maquiagem, com os produtos de beleza, com os anúncios. Está transformando a maneira como enxergamos as pessoas, tornando-a mais divertida e colorida. Isso já é suficiente para nos fazer pensar em um novo humano”.
“Contrapondo a ideia explícita da inteligência artificial, temos o lado humano, ponto muito importante que acreditamos no Inspiramais. O novo cenário será do ‘human to human’. Essa localização da importância do ser humano no novo cenário nos leva a aspectos interessantes da cultura desse momento, como a influência de todo o colorido e artificialismo do mundo das drags, de certa forma, impactando a área de cosméticos e bem-estar”.
O Ecletismo tem a liberdade como conceito-chave e encontra na pluralidade o caminho para a inovação. As referências aqui são a artificialidade enquanto cores e matérias, o exagero, a manifestação performática, a excentricidade e o exotismo presentes na década de 60 se transformando em cores, materiais, acabamentos e texturas. Por exemplo, elementos do estilo Camp, explorado incansavelmente por Anna Dello Russo desde 2010 nas capas da “Vogue” japonesa.
“O Camp, que motivou uma exposição super importante no Metropolitan Museum, em Nova York, no ano passado, vem dessa cultura drag, do colorido, da explosão de energia. Nos eventos que o RuPaul promove, as pessoas já chegam vestidas de Thierry. Essa conexão de tempo começa a criar um vínculo interessante. Mas o que eu mais amo é que tudo está à venda nos eventos. Você chega numa convenção e já pode comprar seu leque e sair se abanando. A inspiração tem que gerar essa força”, acredita o designer. “No Camp, a ideia do exagero e da artificialidade é uma realidade. Tudo tem de sair do lugar comum, precisa ser outro. No lugar onde você vive, no ônibus que toma, no shopping que frequenta, mais e mais pessoas usam cabelos, roupas e sapatos diferentes. A individualidade é muito forte. E vamos, cada vez mais, explorar essas diferenças”, acredita Walter.
“Depois de vinte anos, Mugler fez uma roupa para a Kim Kardashian e voltou a ter o sucesso que sempre mereceu. Outro fator importante para a pesquisa foi o trabalho do designer Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci, porque a gente entende que ele é um homem do Renascimento vivendo hoje. Ele pensa o passado e o futuro de uma maneira completamente diferente. E é por isso que a Gucci é a marca mais consumida pelos millennials. Isso é bem interessante, a maneira como ele age”, comenta Walter Rodrigues.
Também voltamos o olhar para o Brasil com ênfase no movimento da Tropicália e no mix de Rita Lee e Mutantes. “Observando fotos da Gal Costa, do Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia vemos o quanto os looks estão inseridos na atualidade. Basta olhar para Rita Lee com os Mutantes e ver hoje o uso de cores ácidas. É interessante como o ecletismo continua presente na nossa cultura”, frisa.
“Toda a exuberância e opulência nos acabamentos, nas texturas e no colorido dos materiais vão contrapor a frieza da inteligência artificial, criando, assim, situação de contrastes que vemos na moda atual”
Walter chama a atenção também para o futurismo: “A verdade é que nunca antes tivemos tantas referências à disposição para combinar passado e presente em busca de renovação da arte, da sociedade e da ciência. Com isso, o consumidor torna-se criador e construtor de seu próprio estilo”. Walter nos mostra outra foto: “Esse é um pavilhão inglês que foi reinaugurado agora depois de uma reforma gigantesca. A gente percebe que ele tem elementos de países de todos os continentes onde o império britânico atuou, trazendo para dentro do décor todas as influências, às vezes chinesas, às vezes com aspectos mais árabes. É uma mistura eclética realmente. Isso nos inspirou muito na cartela de cor, na percepção de texturas, na percepção da possibilidade, por exemplo, de drapeados e de matérias que tivessem esse caimento.
Por outro lado, a gente fala muito da questão do luxo. De certa forma você vai ter elementos de riqueza, de aplicações, de texturas, de brocados, de uma série de materiais muito interessantes. A ideia de todo esse passado que reverbera na maquiagem de hoje e vem trazendo uma nova visão para o tema das flores. Tudo tem muitos elementos bem ecléticos na questão de ser um pouco barroco, um pouco rococó mas, ao mesmo tempo, tecnológico e novo”, reflete.
E a cartela de cores proposta inclui o cru, o azul e o rosa batizados wild rose, o alaska blue e o turtledove e ela foi pensada a partir da sincronia entre a Escola de Atenas, dos filósofos Aristóteles e Platão, e o nosso universo de robótica.
Permeando todos os processos, conceitos, coleções, métodos de produção, a sustentabilidade é a tônica sempre presente quando se pensa em moda. Atualmente, não se dá um passo sem que se leve em conta a responsabilidade ecológica. “A sustentabilidade junto com a moda é um assunto debatido o tempo todo. Para adequar o Inspiramais às práticas sustentáveis, repensamos toda a estrutura do evento, que passou a ser reaproveitada a cada edição. Outro ponto importante foi a reformulação das etiquetas que identificam os materiais expostos. Atualmente elas são produzidas com matérias-primas como PET e recicláveis”, revela Walter Rodrigues, acrescentando que esta edição apresentou cerca de mil materiais inovadores. “A etapa seguinte foi deixar de produzir um volume imenso de material impresso. São essas pequenas coisas que sedimentam, no dia a dia, a compreensão de que moda e sustentabilidade são inseparáveis”.
“É toda uma ação voltada principalmente para o empreendedorismo para construir, junto com vocês, produtos cada vez mais incríveis. A palavra sustentabilidade é a base do que viemos construindo ao longo desses anos e, nessa edição, estamos fortalecendo a ação das práticas sustentáveis não só de fornecedores e associados mais também para as marcas que abraçam nosso setor e percebem a importância disso tudo para o consumidor final”.
O Inspiramais conta com a promoção da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio de algumas das principais entidades setoriais do país, como Abest, Abiacav, Abicalçados, In-Mod, IBGM, Instituto By Brasil (IBB), ABVTEX, Francal, Ápice, Guia Jeans Wear, Abrafati e Trans Rubber. Conta também com o apoio Institucional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e ainda tem o patrocínio da Cipatex, Altero, Bertex, York, Sprint Têxtil, Caimi&Liaison, Brisa/Intexco, Cofrag, Advance Têxtil, Endutex, Colorgraf, Componarte, Branyl, Aunde Brasil, Suntex Brasil, Camaleoa, Top Shoes / Pettenati e Soares Materiais para Calçados.
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