Ela já é referência na moda nacional quando o assunto é bolsa, estilo, qualidade e design. Sucesso por onde passa, Patrícia Maranhão mais uma vez foi unanimidade nesta última edição do Minas Trend. No Salão de Negócios da fashion week mineira, a designer apresentou a nova coleção que também traz mudanças interessantes. Atenta às necessidades de mercado, Patrícia agora aposta na tecnologia do plástico ABS como matéria-prima de suas bolsas. Antes, a designer tinha a madeira e o os produtos 100% em couro animal como única tônica. Mas resolveu diversificar e optar pela garantia de qualidade do ABS.
Utilizado em produtos que precisam de qualidade, resistência, durabilidade e boa estética, a nova tecnologia usada por Patrícia Maranhão é referência em diferentes setores industrias. O plástico ABS, por exemplo, é a matéria-prima principal de capacetes, painéis automotivos, computadores e até eletrodomésticos. Mas, nas mãos de Patrícia Maranhão, toda essa tecnologia ganha charme e estilo em bolsas que são ícones da moda. Na nova coleção apresentada no Minas Trend, a designer traz pinturas e efeitos inovadores que são possibilitados graças à tecnologia do plástico ABS. “Eu procurei me adaptar melhor ao mercado trazendo um produto bacana, porém com um preço mais acessível. Nessa reformulação, eu trouxe ainda mais tecnologia para o trabalho da marca. Mas isso não significa que deixamos o artesanal de lado. A gente continua fazendo os detalhes individualmente”, explicou.
Assim como a identidade artesanal de Patrícia Maranhão se mantém no conceito de sua grife homônima, o status de ícone fashion não fugiu ao ABS. Nos novos modelos, a designer apostou na combinação do material com tachas, textura de croco, desenhos e cobras. Aliás, muitas delas. De acordo com Patrícia Maranhão, o animal vem com força total para a próxima temporada. “A cobra representa uma nobreza étnica. Hoje vemos a valorização de couros que imitam píton e têm um acabamento com certa transparência. Eu acho que essa tendência tem tudo a ver com o Brasil e a mulher brasileira, que tem um lado natural”, analisou.
Coleção de Patrícia Maranhão na 21º edição do Minas Trend (Foto: Henrique Fonseca)
O que também passa a ganhar ainda mais espaço nas criações de Patrícia Maranhão são as clutches, que já eram queridinhas da marca. Mais do que uma tendência da estação, a designer acredita que os modelos menores de bolsa sejam uma aposta para a moda moderna. Cada vez mais, as produções ganham informações com toques pontuais, como, por exemplo, com clutches divertidas e glamourosas. “A clutch voltou a ser a opção de bolsa para a noite. Porém, não só para festas. Eu acho que até uma proposta street é super interessante usar esses modelos menores. Ela é charmosa e acaba sendo o diferencial das produções”, afirmou Patrícia que, além da noite, acredita que o modelo tenha democratizado e ganhado os dias de sol também. “Agora, muita gente também usa com roupas mais claras e para looks diurnos. Muitas vezes, a bolsa traz a cor e o toque divertido para produções super simples. Eu adoro e acho que é por aí mesmo”, avaliou. E a gente adora, né?
Mas, se por um lado, as bolsas de Patrícia Maranhão agora possuem o plástico ABS como material de qualidade e estratégia comercial, a parte de decoração continua com o encanto da madeira. Aliás, ainda mais charmosa. Em paralelo às criações de bolsas, Patrícia Maranhão ainda se dedica à linha de decoração, que explora diferentes formas, imagens e desenhos em uma combinação de madeira e cores. “A decoração é um trabalho artesanal maravilhoso que tem um apelo e custo adequado. Então, neste caso, a madeira continua sendo a nossa principal matéria-prima”, contou.
Neste caso, os modelos desenvolvidos pela designer não seguem uma tendência da moda ou algo parecido. Para criar, Patrícia nos contou que é guiada por suas memórias e lembranças afetivas. “Eu gosto de trabalhar muito com memórias e acredito que, por isso, meu estilo seja quase infantil. Nesta parte da marca, eu gosto de criar em cima do passado. O último lançamento, por exemplo, foi a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que eu fiz em homenagem ao meu pai que era de Belém e faleceu há dois anos. Então, eu vou trabalhando em cima das minhas memórias e de referências que eu trago da infância. Não tem muita tendência neste caso”, explicou.
Sendo assim, a linha de decoração de Patrícia Maranhão possui imagens temáticas do Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, por exemplo, religiosas, como o Espírito Santo e São Francisco de Assis, e divertidas. Em comum, no futuro, todas elas terão um espaço para potencializar esta mistura de memória e lembrança afetiva que guia a designer. De acordo com Patrícia, ela está desenvolvendo em sua fábrica um orifício que permitirá guardar cartas dentro dos próprios objetos de decoração. Desta forma, mais do que decorar um ambiente, a imagem será lembrada com as palavras que a própria pessoa escreveu, sem que se perca entre outras mensagens. “Meu projeto ainda para este ano é conseguir colocar um furo embaixo da peça para que as pessoas consigam armazenar de fato essas lembranças. A ideia é que a gente abra um buraco na madeira para que dê para guardar um cartão de que deu o presente”, disse a designer que, apesar da boa ideia e da experiência com a madeira, reconhece que esta é uma missão complicada. “Mas vai dar certo. A gente precisa ter objetivos na vida”, garantiu confiante.
Coleção de Patrícia Maranhão na 21º edição do Minas Trend (Foto: Henrique Fonseca)
Sendo assim, com nova técnica na bolsa e a linha de decoração se inovando cada vez mais, Patrícia Maranhão decola com sua grife rumo a cada vez mais sucesso. Mesmo assim, a designer é daquelas que se mantem firma ao chão e, como ela mesma disse, se permite ser guiada pela sensibilidade, da forma que está fazendo com a boa repercussão da linha de decoração, por exemplo. “Como a decoração é algo super espontâneo sem qualquer planejamento de marca, ela está surpreendendo. É uma proposta quase ingênua, que acaba ganhando mais visibilidade. Inclusive, agora estamos conquistando muita atenção da parte corporativa. As empresas não estão querendo mais presentear com objetos sem muito significado. Eles querem algo que faça diferença e não seja só um troféu”, contou Patrícia Maranhão. Já queremos tudo – como sempre!
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