ID:Rio Festival – a potência das marcas da Rua dos Biquínis, em Cabo Frio, polo efervescente da moda-praia


Vamos falar hoje sobre a potência de Cabo Frio, no Estado do Rio, em produção de moda-praia. A cidade é um grande polo impulsionando a indústria e o comércio da cidade. O investimento neste setor registra resultados que influenciam na economia da cidade e do estado. E Cabo Frio está comemorando os 70 anos da Rua os Biquínis fazendo beachwear para o Brasil e o mundo, com 140 lojas no maior shopping a céu aberto – com direito até a registro no Guiness Book

“Quem vem pra beira do mar, ai/Nunca mais quer voltar, ai/Quem vem pra beira do mar, ai/Nunca mais quer voltar”, cantou lindamente Dorival Caymmi. O nosso Brasil de tamanho continental, ocupando uma área de 8.547.403 km² e com 214,3 milhões de habitantes tem um dos litorais mais lindos do mundo e repleto de diversidade de climas e culturas. Vamos falar hoje sobre a potência de Cabo Frio, no Estado do Rio, em produção de moda-praia. A cidade é um grande polo impulsionando a indústria e o comércio da cidade. O investimento neste setor registra resultados que influenciam na economia da cidade e do estado. E Cabo Frio está comemorando os 70 anos da Rua os Biquínis fazendo beachwear para o Brasil e o mundo, com 140 lojas no maior shopping a céu aberto – com direito até a registro no Guiness Book. E um polo fundamental do segmento como esse deu o start aos desfiles do primeiro dia de ID: Rio Festival, multiplataforma que faz a sinergia entre moda, capacitação, empreendedorismo, feira de design, jornada de conhecimento, gastronomia e música impulsionando a identidade/energia criativa do Estado do Rio de Janeiro. O evento é apresentado pela Enel, com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e contempla estímulo em alta potência ao trade da moda em conexão com as artes.

A nossa indústria da moda tem quase 200 anos, é segunda maior empregadora da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas (juntos) e, segundo a Associação da Indústria Têxtil e de Confecção, emprega 1,5 milhão de trabalhadores diretos e 8 milhões se adicionarmos os indiretos e efeito renda, dos quais 75% são de mão de obra feminina. E o Brasil é referência mundial em design de moda praia. Mais? Praticamente todos os estúdios de estampas já fazem internacionalização ampliando o mercado. Hoje em dia, a estamparia está cada vez mais forte no mercado externo e no interno, onde pelo menos 60% de uma coleção é estampada.

A passalera do ID:Rio Festival mostrou a união de sete labels da Rua dos Biquínis. Por aqui já estamos in love!

Este slideshow necessita de JavaScript.

Os bons ventos parecem soprar! A previsão é que o mercado global de moda praia deve registrar um crescimento a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 6,3% até 2026, segundo um novo estudo disponível no ResearchAndMarkets.com. Existe potencial e demanda, então o céu é o limite! 

As marcas da Rua dos Biquínis, juntas, produzem aproximadamente 1 milhão de peças por ano. A maioria tem fábrica própria em Cabo Frio e gera empregos para cerca de 3 mil pessoas durante o ano, chegando a 5 mil, durante o Verão. O polo desfilou pelo segundo ano no ID:Rio Festival e, desta vez, leva à passarela 30 peças das grifes Almah praia, Qonda, Pontal da Praia, Valéria Biquínis, AB Moda Praia, H2O Moda Praia e Sal de Areia. Há uma forte proposta em trazer para o público uma paleta com cores vibrantes, destaque para o rosa, laranja, amarelo, azul e lilás, traduzindo cor como energia. Muito reflexo da geração zennial, que tem influenciado com sua estética Y2K, ressignificando os movimentos que imprimiram identidade nos anos 2000.

Este slideshow necessita de JavaScript.

As marcas da Rua dos Biquínis, juntas, produzem aproximadamente 1 milhão de peças por ano. A maioria tem fábrica própria em Cabo Frio e gera empregos para cerca de 3 mil pessoas durante o ano, chegando a 5 mil, durante o Verão. O polo desfilou pelo segundo ano no ID:Rio Festival e, desta vez, leva à passarela 30 peças das grifes Almah praia, Qonda, Pontal da Praia, Valéria Biquínis, AB Moda Praia, H2O Moda Praia e Sal de Areia. Há uma forte proposta em trazer para o público uma paleta com cores vibrantes, destaque para o rosa, laranja, amarelo, azul e lilás, traduzindo cor como energia. Muito reflexo da geração zennial, que tem influenciado com sua estética Y2K, ressignificando os movimentos que imprimiram identidade nos anos 2000.

Modelo da Sal de Areia marca da polo de moda praia localizado a Rua dos Biquínis (Divulgação)

Look by Sal de Areia, marca da Rua dos Biquínis, no polo de moda-praia de Cabo Frio (Divulgação)

Sal de Areia

Conexão com a essência. A Coleção Origens da Sal de Areia traz para o Verão 23 e para o ID:Rio Festival a ligação com as nossas raízes e a natureza. A ideia é um mood orgânico que exalte a alegria e a leveza. Os tecidos são fluídos com estampas modernas que conectam à uma cultura nativa. A estética da coleção é baseada em cores e texturas como o marrom da terra, tijolo do barro, cru da palha, off white do osso. E as modelagens vêm com destaques elegantes e modernos trazendo sutileza nos detalhes, como o trançamento da própria malha, ponteiras que remetem esse ar mais rústico. A coleção deseja evocar a beleza do que é essencial trazendo good vibes em forma de belas peças. Tudo em conexão também com os propósitos da marca. “A Sal de Areia se preocupa em utilizar tecidos com tecnologias que se decompõem na natureza em menos tempo para gerar menor impacto ambiental. A moda-praia tem bastante apelo em nosso país, pois temos as melhores modelagens e nos preocupamos com o caimento perfeito para todas as mulheres aproveitarem o verão ainda mais bonitas”, diz Ana Beja, fundadora da grife.

Modelo da Sal de Areia: calça envelope estampa palmeiras, que também é saída de praia (Divulgação)

Modelo da Sal de Areia: calça envelope estampa palmeiras, que também é saída de praia (Divulgação)

“Somos beach and heart wear, isto é, uma moda-praia feita pelo coração. Lentamente, valorizando o vai e vem dos tecidos, com modelos atemporais que irão vestir por muitos verões. Com isso, valorizamos a mão de obra, mostramos quem faz cada peça explicitamente em conteúdos digitais e em nossas tags que vão acopladas às roupas. Acabamentos feitos à mão, como macramê complementam essa atmosfera rica do handmade. O que nos inspira é o bem-estar em primeiro lugar, o estar feliz com seu corpo e sua autoestima. Criamos coleções que se conectem verdadeiramente com o público utilizando estampas mais calmas justamente para esse contraponto da correria da sociedade, aqui estamos sempre pensando em leveza e tranquilidade para nossa cliente, pois sabemos que ela utiliza nossas peças em seus melhores momentos, que pendem calma e paz”.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Almah Praia

Milena Quintanilha, proprietária da marca, recorda que começou a Almah Praia exclusivamente com o estilo resort, criando saídas de praia e vestidos mais voltados para o pós-praia. “Com o tempo e a necessidade do look completo, começamos a produzir moda-praia e há um ano mergulhamos no universo fitness, que sempre foi uma paixão antiga”, conta.

A grife Almah Praia da Rua dos Biquinis (Divulgação)

A grife Almah Praia da Rua dos Biquínis, em Cabo Frio (Divulgação)

E detalha sobre a coleção: “Nossa principal inspiração foi observar o comportamento das mulheres no pós-pandemia. Foi muito marcante perceber o quanto mudamos e repensamos valores e hábitos durante esse período. Esse ano de 2023 é o marco entre esse momento de prisão e libertação. A coleção representa essa mulher desabrochando para uma nova fase, com cores, texturas e formas, sem se preocupar tanto em esconder algumas coisas que a incomodavam anteriormente! Um verdadeiro processo de consciência do próprio corpo e libertação de paradigmas. Nos shapes, utilizamos tendências para as modelagens assimétricas, recortes e amarrações. E as cores fortes como laranja, rosa e azul foram o ponto alto para essa coleção. O conforto através de tecidos com textura e lisos também dão as cartas trazendo modernidade”.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Qonda Praia

“Nos inspiramos no arco-íris para as peças apresentamos no evento, em modelos e estampas. Cada vez mais gostamos de trazer a pauta da moda democrática e acessível. Vestimos mulheres, homens, crianças, midsize, plus size. Todo mundo se encontra na Qonda e por isso quisemos mostrar essa multiplicidade de opções”, diz Jorge Costa Marge, que fundou a marca em 1989.

E comenta sobre a presença no evento multiplataforma. “É importante que saibamos, em âmbito social, que moda, cultura, educação e empreendedorismo são partes indissolúveis de um projeto só: a ascensão social. Não é sobre comércio, comprar e vender. É sobre capacitar jovens, acolher pessoas e dar a elas a dignidade necessária para se viver em paz, com comida em cima da mesa e entretenimento de qualidade. Unir todas essas pontas é uma excelente forma mostrar esse elo, na prática, para o público maior”.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Valeria Biquínis

Uma empresa familiar que destaca o respeito à pluralidade, a empatia e a preocupação com o meio ambiente inclusive nas estampas dos modelos, que costumam exaltar a fauna e a flora brasileiras em estampas, cores e prints. “Em nossas criações nos inspiramos pela diversidade de corpos e gostos”, conta Keila Barbiero, que criou a marca com o marido, Elsio Barbiero.

Valeria Biquinis desfila pluralidade no ID Rio Festival (acervo)

Valeria Biquínis desfila pluralidade no ID Rio Festival (acervo)

Pontal da Praia

Deise Santos nome no comando da grife ao lado de Jéssica Lima, comenta sobre os modelos apresentados no ID:Rio Festival “Nos inspiramos em mulheres maduras, que trazem em si a alegria de serem quem são. Usamos lycra light com estampas exclusivas e também as cores vibrantes que se destacam neste Verão 23. Estar no evento é um divisor de águas para nós, ao lado de marcas estabelecidas e reconhecidas. É um orgulho e uma honra”. Deise acrescenta ainda, falando sobre o handmade nos modelos, alinhados à atenção socioambiental da marca. “Trabalhamos com mulheres locais, heroínas em suas famílias. Damos valor a nossas artesãs em seus trabalhos manuais com bolsas de tecido, biquínis em crochê. E além de trabalharmos com boas bordadeiras e costureiras locais, também fazemos estampas exclusivas em tecido de ótima qualidade com proteção UV. Desenhamos parte de nossa coleção pensando excessivamente no biotipo e conforto de nosso público. Criar peças que envolvam todos os tipos de corpos é um valor inestimável pra nós”.

A marca Pontal da Praia desfila seus modelos plus size e handmade local no ID Festival (Reprodução)

A marca Pontal da Praia desfila seus modelos plus size e handmade local no ID Festival (Reprodução)

AB Moda-Praia

Outra marca integrante do polo de moda de Cabo Frio, a AB Moda Praia, de Armando Braga, se inspira em correntes artísticas que expressem coloridos tropicais: “Simultaneamente, procuramos a cada verão enriquecer as nossas criações com estampas e lisos vibrantes de forma a enaltecer os corpos dourados pelo sol”.

A AB Moda Praia e suas estampas com coloridos tropicais (divulgação)

A AB Moda Praia e suas estampas com coloridos tropicais (divulgação)

H20 Moda-Praia

“Nosso objetivo é buscar nos modelos a inovação em tecnologia, conforto, sofisticação e o melhor preço sem abrir mão do bom gosto e qualidade. A marca procura valorizar a personalidade de cada mulher, promovendo linhas versáteis e respeitando a diversidade da rica cultura das regiões do litoral brasileiro. Participar do ID Festival é dar visibilidade à empresa e fortalecer o polo da Rua dos Biquínis”, frisa Rosangela Jardim, dona da grife.