A grife Broke & Broke chega ao mercado da moda brasileiro trazendo peças inovadoras e com muita elegância


O site oficial da marca será aberto ao público nesta sexta-feira, dia 10 de novembro, marcando a entrada oficial da empresa na indústria da moda

Vanessa Viana e Victor Colares: os nomes por trás da Broke & Broke (Foto: Renata Coutinho)

Imagine uma marca que une a inovação com qualidade. Se você gostou da ideia, está na hora de conhecer a proposta da nova label da indústria da moda, a Broke & Broke. A grife conta com um design especial que nasceu, literalmente, de um sonho de infância do sócio e CEO da empresa, Victor Colares.  A inauguração oficial da loja será nesta sexta-feira, dia 10 de novembro, através da plataforma online. Por enquanto, Victor e Vanessa Viana, sua sócia, irão focar na divulgação pelo mundo digital antes de abrir uma tenda física, prevista para fevereiro de 2019.  “Estávamos cansados de ver coisas iguais na hora de comprar. Vimos que as pessoas estão pegando peças em brechós e com amigos, porque não encontravam o que queriam. Não víamos novidade, nem mesmo para nós dois. Resolvemos criar justamente por este motivo, trazendo referências de marcas e elementos que gostamos. Pegamos inspirações no cotidiano, em música e cinema”, contou Victor Colares. Em entrevista para o site HT, garantiu que irá apostar em estampas, cortes e tecidos incomuns dando ao consumidor o que ele mais quer: exclusividade.

A marca também aposta em peças simples e de qualidade para ajudar a compor o look (Foto: Thais Monteiro/Maquiagem: Marina Malta)

Site Heloisa Tolipan: A marca é muito jovem, nasceu ainda este ano. Mas me conta como surgiu esta história?

Victor Colares: Há muito tempo, resolvi começar a viabilizar uma marca própria que chamei de Casa Bowie, mas não era algo certo. Fazia um trabalho aqui e outro ali, bem amadora mesmo. Acabei deixando a empresa de lado e focando em outras ideias, nada muito específico. A Vanessa, que é uma das minhas melhores amigas e minha sócia, sempre teve vontade de trabalhar com moda. Conversei com ela sobre montarmos algo junto e acabamos tocando em frente, pois sempre tive vontade de ter uma grife própria. Como a minha proposta inicial visava muito a linha masculina, acabamos perdendo algumas vendas. Por isso resolvemos mudar o nome e o conceito. Surgiu a oportunidade e resolvemos criar a Broke & Broke, deixando o título antigo com a produtora.

HT: Diferentemente da Casa Bowie, a Broke & Broke vai focar na linha feminina e na masculina?

VC: Exatamente, estamos privilegiando os dois públicos de forma igual.

HT: Qual o diferencial?

VC: Estamos focando em cortes e estampas diferentes. A forma de expor o produto também é incomum. O nosso tecido terá uma excelente qualidade e a costura não será básica. A ideia é ter peças muito trabalhadas, principalmente, as voltadas para a alta costura.

HT: Quais são as referências no mundo da moda para a marca?

VC: Gostamos muito do estilo da Dolce & Gabbana. De empresa brasileira, adoramos a Osklen. No quesito Fast Fashion, curtimos muito a C&A, inclusive, queríamos muito assinar uma coleção com eles.

HT: A Broke & Broke traz peças luxuosas e diferentes. O público alvo, dessa forma, seria voltado exclusivamente aos consumidores com maior poder aquisitivo?

VC: Apesar de focarmos no público A e B, não queremos que as pessoas se sintam afastadas. Independente da classe social, o consumidor poderá entrar no nosso site e comprar uma peça. Queremos trazer o luxo da D&G com a simplicidade da Fast Fashion, de forma a fazer o público se sentir confortável com a nossa roupa. Fizemos uma divisão entre a linha convencional e a de luxo sendo que ambas serão muito bem trabalhadas.

Além da nova coleção que será lançada no dia 10, a B&B está preparando uma linha de luxo que deve chegar na loja on-line em fevereiro (Foto: Thais Monteiro/Maquiagem: Marina Malta)

HT: Como você enxerga a moda atual?

VC: Ao mesmo tempo que a moda está mais democrática, o que é muito bom, vejo como se estivesse um pouco perdida. Antigamente, ao andarmos nas ruas víamos todo mundo usando roupas diferentes, ao contrário da atualidade, em que todos parecem estar um pouco uniformizados. Ao mesmo tempo que as grandes marcas perceberam que não podem focar em um só público, elas criaram um efeito contrário, no qual todos se vestem da mesma maneira. É raro ver pessoas com um estilo inusitado.

HT: Qual a importância dos desfiles para o mundo da moda atual? Acredita que as empresas devem continuar investindo nestes grandes eventos?

VC: Com certeza. As pessoas trabalham meses focando naquela data. São equipes enormes com trinta ou até sessenta funcionários batalhando por aquele espaço. Da mesma forma que um cantor passa meses ensaiando para um show, onde irá lançar uma música nova, o desfile é a oportunidade de expor este projeto longo

HT: Você acredita que a moda atual está mais democrática e homogênea. Enquanto isto, como é o comportamento do público? Existe um novo ramo de consumidores na moda?

VC: As pessoas estão cada vez mais conscientes. Preocupadas com o tecido, com a qualidade e com o tipo de mão de obra utilizada para fazer aquela peça. O público investiga para saber de qual fazenda saiu o algodão que fez esta camisa, por exemplo, para saber se usou produtos poluentes. Às vezes, o consumidor prefere pagar um pouco mais caro, mas apostar o seu dinheiro em marcas mais sérias.

A B&B nasceu do sonho de Victor em apostar em uma linha própria de roupa (Foto: Thais Monteiro/Maquiagem: Marina Malta)

HT: Qual a relação da empresa com a moda sustentável? Qual a importância desta conscientização?

VC: Nós não levantamos bandeira. Procuramos saber de onde veio determinado tecido e como foi produzido. Não desperdiçamos nenhuma sobra de material, estamos mantendo tudo armazenado para fazer doações. Buscamos usar tingimento que não agrida o meio ambiente, também.

HT: A marca ainda não possui uma loja física. Quem quiser comprar os produtos e conhecer mais a marca desse procurar em qual site?

VC: Vamos lançar a plataforma online junto da nossa primeira coleção no dia 10 de novembro, esta sexta-feira. O site já está pronto. Estamos pensando onde vamos disponibilizar as peças, não queríamos entrar muito na onda de bazar, mas se as pessoas quiserem vamos pensar nesta possibilidade. Enquanto isso, vamos visitar os clientes interessados, marcando uma hora e mostrando os nossos produtos. Esta ideia irá permanecer para a linha de luxo.

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Victor resolveu criar sua própria marca ao perceber como a moda atual está cada vez mais uniforme, literalmente (Foto: Thais Monteiro/Maquiagem: Marina Malta)