Exclusivo! Depois de ser premiado no Clio Image Awards, Giovanni Bianco fala com HT sobre as capas da Vogue, Elle e moda vs. economia


O diretor criativo brasileiro saiu do hotel Plaza, em Nova York, com dois prêmios, um na categoria design e outro em vídeo/clipe

Os brasileiros estão dominando o mundo. Depois de Lady Gaga escolher um vestido da coleção Verão 2016 da carioca Lenny Niemeyer para embarcar de Nova York rumo a Los Angeles, outro nome forte da nossa terra na cena da moda deu o que falar. Estamos falando de Giovanni Bianco, queridinho de Madonna, de todo o povo da moda e do site HT, que saiu consagrado do Clio Image Awards, no hotel plaza, em Nova York. No evento, que presta homenagem às mentes criativas por trás do universo fashion, o diretor criativo faturou dois prêmios: na categoria design e na vídeo/clipe.

giovanni_bianco

Bianco e suas duas estatuetas (Foto: Facebook)

O primeiro foi pelo catálogo da campanha de outono/inverno da Miu Miu em 2014, enquanto o segundo se deu pelo vídeo da campanha da DSquared, dos gêmeos canadenses Dean and Dan Caten (para conferir, só dar o play abaixo). Depois do badalo, que foi comandado por Andy Cohen, Giovanni bateu um papo rápido, mas exclusivo com HT. “O catálago da Miu Miu é muito chic, e ao mesmo tempo muito simples. Os materiais são nobres na simplicidade, e ele é muito bem impresso. Nisso eu tenho um bom domínio, sou da velha escolha, antes da era digital”, explicou.

Para quem não sabe, Bianco também foi o responsável pela icônica capa da Revista “Vogue” Brasil com Gisele Bündchen, que comemorava os 40 anos da publicação de moda. Na edição, a uber model aparece nua, em uma posição meio encurvada. Para a gente, ele explica o por quê. “Ela está apenas relaxada sem fazer pose de popozuda. E isso faz toda a diferença. Ela está nua porque estamos falando de uma capa celebrativa e achei isso nobre”, disse.

size_810_16_9_capa-gisele_1

Gisele nua na Vogue Brasil (Foto: Reprodução)

Aproveitamos a deixa para falar também sobre uma outra capa que deu o que falar, a comemorativa aos 27 anos de Revista “Elle” Brasil. Nela, além de uma espécie de espelho para cada leitor poder se ver capa da publicação pelo menos uma vez na vida, um editoral com modelos fora do padrão de beleza bombou. “Achei muito interessante. Eu sou sempre favor da diversidade”, falou.

HT também pediu para Giovanni Bianco analisar essa influência que a economia e seus anseios tem sobre a moda. Sendo que, na realidade, o processo deveria ser o contrário: os preceitos fashionistas, suas tendências e criações que ditariam como a roda deveria girar. Ele concorda com a gente, mas pondera: “estamos vivendo um ciclo aonde os valores estão todos numa roda gigante aonde tudo gira numa velocidade absurda e nisso os preceitos vão variar”.

Contando se inspirar em escritores e pintores para suas criações, o brasileiro ainda disse aos risos que Donatella Versace, sua cliente, foi “obviamente exagerada” ao dizer, ano passado, que ele era um gênio. “Sou um grande trabalhador, isso sim”, falou. Trabalho esse que o rendeu clientes como Madonna, Dolce & Gabbana, Emilio Pucci e Missoni. Cool!