Enquanto dupla de suíços assume a Dior, o designer Demna Gvasalia deixa claro que os tempos mudaram na Balenciaga. Vem saber mais da PFW!


Riccardo Tisci levou mistura de cores, estampas e texturas para a Givenchy e a mulher Elie Saab deixou de ser “princesa” e virou cigana gótica

Paris continua a todo vapor com a presença de fashionistas de todo o mundo que conferem as criações de diversos estilistas com peças e tendências que influenciarão a moda na próxima temporada. Enquanto, por lá, Serge Ruffieux e Lucie Meier assumem a criação da Dior sem sair do clássico, Demna Gvasalia ousou à frente da Balenciaga e propôs silhuetas em formato de ampolas. Teve muito mais. Pega na nossa mão e vem saber tudo!

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Christian Dior
Enquanto a marca não designou o sucessor de Raf Simons, a dupla de suíços Serge Ruffieux e Lucie Meier tomou a frente da criação da coleção outono-inverno 2016/17 que, como previsto, surgiu sem grandes riscos. O tailleur de cintura marcada, clássico Dior, apareceu na passarela logo no começo do desfile e a jaqueta “Bar” surgiu combinada com uma saia de lã. “Os códigos da Dior são tão fortes e presentes que é fácil jogar com eles”, disse Ruffieux. O estilo gótico suave foi reforçado por muitas peças pretas e os lábios das modelos também foram pintados da mesma cor. Veludos pretos pintados à mão, jacquards recoloridos, peças assimétricas, texturizadas, matelassadas e bordadas foram os elementos marcantes da coleção que trouxe muitos decotes ousados. Mangas exóticas como o ombro pontudo e o decote V de ombro a ombro chamaram atenção. Florais deram o tom divertido à coleção pensada para mulheres excêntricas e sensuais. Os acessórios foram o ponto alto! Bolsas bordadas, carteiras em patchwork de couros nobres e brincos de clips prometem sair das passarelas direto para as ruas.

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Elie Saab
Esqueça os vestidos dignos de contos de fadas! A mulher de Elie Saab nesse outono-inverno é uma mistura de cigana e grunge com perfume dos anos 70. Trançados, brocados, jaquetas bordadas, saias, blazers e vestidos de franjas deram o tom do desfile que teve muitos elementos em couro e seda. A renda, clássica da marca, não ficou de fora, mas surgiu revisitada em couro no corpo de ninguém menos que Kendall Jenner. Peles e transparências também tiveram vez no show. Aliás, que show! A dinamarquesa MØ cantou ao vivo durante o desfile que teve uma cartela de cores que foi do pérola ao preto – superdominante – passando por violeta, bordô e pedrarias bordadas sobre couros e veludos. O make, claro, foi carregadíssimo nos olhos.

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Balenciaga
A coleção de estreia de Demna Gvasalia foi uma releitura da obra de Cristobal Balenciaga, ou seja: um guarda-roupa contemporâneo e com toque de alta-costura. A alfaiataria de ateliê clássica ganhou toques de modernidade e os paletós foram usados com peças cheias de enchimentos nos quadris que fizeram silhuetas em forma de ampulheta deixando claro: os tempos mudaram na Balenciaga. Os maxicasacos acolchoados oversized foram usados com saias compridas e os tops e jaquetas ganharam recortes que deixaram os ombros a mostra. arredondada nas mangas. Os jeans, tecidos com cara de ski, jaquetas perfecto, suéteres e parkas deram o tom streetwear, de roupas práticas com pegada fashionista. Estampas florais foram inseridas em vestidos fluidos e patch de lenços, que foram usados com meias-calças listradas em vermelho e branco. As bolsas em formato de caixa de ferramentas, ciclistas e até sacola de feira deram o tom divertido na coleção. A cartela de cores ficou com cinza, cobalto e preto como base e tons vibrantes como verde e vermelho de complemento. Moderno!

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Givenchy
Como Riccardo Tisci nos adiantou em entrevista exclusiva: muitas cores – talvez inspirado por seu carnaval no Brasil? – surgiram na coleção outono-inverno da Givenchy. Na passarela, crash de estampas ousadas como mandalas usadas com listas, geométricos com animal print e elementos como olho de Horus e olho grego foram impressos em diversas peças. Não foram só as estampas que fizeram contrastes de encher os olhos: o mix de texturas também chamou atenção, principalmente as peças que misturaram python aos tecidos. Em uma coleção de inspirações diferentes entre si – Tisci pegou referências vitorianas, Egito antigo, pegada militar e uniu tudo ao estilo contemporâneo. Jaquetas e boleros estruturados foram usados com saias e casacos até os joelhos que formaram silhuetas femininas e muito marcantes. Os tons de dourado e a renda deram delicadeza aos tecidos pesados de cores escuras e os tops curtos foram trabalhados em recortes que deixavam pele de fora. Em contraste à mitura de cores, os tons pastéis tiveram sua vez na passarela. Da fila A, Bradley Cooper, Kanye West, Kris Jenner, Ciara e outras celebs assistiam tudo com animação.

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Stella McCartney
O outono-inverno de Stella McCarney é de silhuetas largas, tecidos macios e peças oversized cheias de conforto. Plissados, metalizado e veludo molhado se misturam com tecidos como jeans e seda – essa, usada em vestidos-camisola supermodernos. Jaquetas acolchoadas apareceram em diversos estilos, em looks acinturados e modelos curtos ou sem mangas. Vestidos longos arrastando no chão chamaram atenção de famosos como Paul McCartney, Doutzen Kroes, Lewis Hamilton e outros na fila A. A estilista que não usa couro ou pele estampou peças com imagens de cisneis e misturou, na passarela, aplicações de babados, tops de sarja e estampas tie-dye. Tudo com muito conforto.

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