O futuro já tem data para sair do papel e mudar o presente. No mês que vem, dia 6, o SENAI CETIQT inicia as aulas do MBI em Indústria Avançada: Confecção 4.0 com encontros presenciais no Rio de Janeiro. O curso, que é focado em inovação, visa explicar aos empresários, diretores e gerentes de marcas de confecção o funcionamento e conceito da Indústria 4.0, considerada o futuro do setor. Com esta tecnologia, o consumidor passará a ser parte do processo de produção de sua peça e terá participação ativa na compra. “O grande mote deste curso e deste conceito é a conectividade e a convergência. É para este sentido que estamos caminhando e é isso o que nos espera em um futuro próximo. O que muda agora é a relação do consumidor com a compra e, consequentemente, com as máquinas e o processo de fabricação”, comentou Robson Wanka, gerente de educação do SENAI CETIQT.
Na prática, o MBI do SENAI CETIQT quer formar executivos que possam implementar o conceito da Indústria 4.0 em suas empresas e, no futuro, serem referência para outros empresários. “Mais do que fazer uma pós-graduação no assunto, nós queríamos um mote para reunir importantes nomes do setor para discutir o futuro da confecção com casos práticos. Nosso objetivo com tudo isso é fazer com que esses alunos discutam como podem tornar suas empresas mais competitivas no mercado e, para isso, serão assessoradas por grandes referências do setor”, explicou Robson Wanka.
Para isso, durante os seis meses de curso, o SENAI CETIQT irá promover palestras que se diferenciam de um formato tradicional de aulas. “Não teremos professores e, sim, profissionais com muito a dizer palestrando sobre assuntos diversos”, apontou Wanka, acrescentando que os encontros presenciais irão ocorrer apenas uma vez por mês no Rio de Janeiro. “No total, esses alunos executivos virão à cidade seis vezes para se encontrar e debater tudo o que aprenderam com as palestras. E, para nós proporcionarmos um ambiente de imersão, colaboração e troca de ideias, optamos por fugir de uma sala de aula ou de uma indústria. Esses encontros serão em um hotel na Barra da Tijuca para serem em um ambiente de pensamento de ideias e troca entre os alunos”, disse. A única experiência fora deste hotel será em uma aula prática direto da Planta da Confecção 4.0, que permitirá conhecer o funcionamento real da teoria aprendida.
Assim, o gerente de educação do SENAI CETIQT acredita alcançar o objetivo do curso que, segundo ele, nada mais é do que tirar o conceito do futuro do campo teórico. “Esses alunos vão sair com projetos práticos de implementação e conscientes dos desafios que podem encontrar pela frente. A partir do conhecimento que daremos no MBI, eles terão a capacidade de conhecer a tecnologia para implementar da melhor forma em cada empresa. Afinal, este não é um caminho linear, mas uma construção continua de conhecimento e estratégia”, defendeu Wanka sobre o conceito da Indústria 4.0 que pode ser aplicada em empresas de moda-praia, fitness, íntima e até noiva.
Para levar essas ideias adiante, Robson Wanka detalhou quem é o público alvo do MBI do SENAI CETIQT. Segundo ele, embora o sistema de educação já esteja recebendo inscrições de representantes de pequenas e médias empresas, o curso é focado em grandes executivos que possam propagar essas ideias em seus sistemas de produção. “Para a primeira edição deste MBI, estamos querendo atingir as principais forças do setor têxtil e de confecção que são âncoras do mercado nacional”, apontou o gerente de educação sobre o curso que já tem representantes confirmados de potências como o Grupo Riachuelo, Malwee e DeMillus.
Se por um lado os alunos trazem a força das principais engrenagens da moda brasileiras, na parte acadêmica, o SENAI Cetiqt também escalou um time de peso para propagar as ideias da Indústria 4.0. Entre os professores, especialistas e palestrantes convidados, Robson Wanka destacou o perfil inovador de todos eles. “Nós teremos nomes como Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a pisar na Lua, e Ângela Hirata, que foi a responsável por internacionalizar a marca Havaianas. Além deles, professores de outros cursos do SENAI CETIQT, da Alemanha e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Todos esses profissionais têm, em comum, uma forte bagagem em experiência tecnológica, acadêmica ou de mercado com projeções dentro e fora do Brasil. Então, são pessoas com uma reputação de destaque global”, afirmou sobre o corpo docente de doutores.
Durante o curso e os encontros com estes professores e palestrantes, os alunos do MBI do SENAI CETIQT vão desenvolver projetos em grupos que traduzem a teoria aprendida. “Eles vão criar a partir de uma situação real com toda a problematização possível. Nós estamos nos preocupando em oferecer um conteúdo extremamente focado e necessário para o desenvolvimento desta tecnologia nas empresas. Então, nada do que será passado nas aulas é desnecessário”, explicou o gerente de educação sobre a dinâmica que vai reunir empresários em grupos de cinco.
Assim, eles acreditam conseguir estimar um panorama futuro sobre a implementação do conceito que promete revolucionar o setor têxtil e de confecção. Robson Wanka defende a ideia da formação de uma massa crítica disseminadora deste conceito com a primeira turma do MBI. “Nós estamos apostando que esses empresários e gerentes de grandes marcas vão ser os propulsionadores da Indústria 4.0 no Brasil. Quanto mais essas empresas líderes adotarem a ideia, mais as demais irão seguir a proposta. Ou seja, nós entendemos que, a partir desse primeiro curso do SENAI CETIQT, vá nascer uma turma muito rica de conhecimento”, detalhou.
Porém, mesmo o foco do MBI do SENAI CETIQT sendo as grandes marcas do setor têxtil e de confecção neste primeiro momento, Robson Wanka afirmou que empresas de qualquer porte podem agregar o conceito da Indústria 4.0 ao seu processo de produção. “Essa é uma tecnologia viável, mas existem degraus de amadurecimento para isso. De acordo com o nível de maturidade, uma empresa vai entender o que ela realmente precisa de tecnologia naquele momento. Então, quanto mais dados se tiver sobre o processo de fabricação de uma indústria, mais preciso será o projeto focado naquela realidade”, destacou Robson Wanka sobre as possibilidades de atuação da Indústria 4.0 dentro das empresas.
O importante, segundo o gerente de educação do SENAI CETIQT, é que, após o fim destes seis meses de aprendizado, a ideia possa ser interpretada em diferentes contextos. “Os alunos vão conhecer os componentes tecnológicos e, a partir daí, traçar benefícios e crescimentos individuais. O importante é que isso mude de alguma maneira, seja com a redução nos custos da produção, o aumento de qualidade ou a otimização do processo. Nós estamos trabalhando para que esses alunos sejam integradores dessa tecnologia para tornar as empresas mais competitivas no mercado”, afirmou.
Com isso, Robson Wanka e o SENAI CETIQT fomentam e alimentam com conhecimento um caminho de novo que está se formando na moda. Segundo o gerente de educação do sistema, tudo aponta para um futuro de “personalização em massa”. “O consumidor não quer mais apenas comprar uma peça, ele quer se sentir parte integrante de todo aquele processo. Então, a Indústria 4.0 é uma forma de trazer o cliente final para influenciar a produção e, assim, ser o ator principal de tudo isso. Com essa tecnologia, ele passa a ser o comprador, o designer e o dono daquela peça. E de forma ativa, o que é mais importante”, reforçou o gerente de educação do SENAI CETIQT, Robson Wanka, sobre as mudanças com a implementação da Indústria 4.0.
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