O diretor-executivo do SENAI CETIQT, Sérgio Motta, é o homem por trás do alto investimento em inovação tecnológica que colocou a instituição como a líder do mercado em produtos e serviços para a indústria Química e Têxtil. “Encarei o cargo como um grande desafio da minha carreira”, comentou. O diretor trabalha no SENAI há quase 26 anos, é formado em Engenharia Química, tem um mestrado noInstituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em Engenharia de Produção, especialização pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em Marketing Estratégico.
Desde que assumiu o posto de diretor há dois anos, Motta e sua equipe criaram um MBIvoltado para a Indústria 4.0, implantaram um Programa de Mentoria, que melhora a inserção do aluno no mercado de trabalho, incentivaram a mudança da área de pesquisa do SENAI CETIQT para o Parque Tecnológico da UFRJ e, ainda, vão inaugurar o Fashion Lab.
“Cada um que faz parte do SENAI CETIQT tem um papel muito importante dentro desta instituição, seja um cargo técnico, de coordenação ou de direção. Busco sempre desempenhar a minha função da melhor forma e acho que estou conseguindo. No entanto, dependo de cada um para ter sucesso”, afirmou.
Além de contar com uma equipe qualificada de profissionais, a instituição possui parceiros estratégicos que ajudam a transformar estes sonhos em realidade, como a Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a Associação Brasileira de Não Tecidos e a Associação Brasileira de Fibras (Abint). “Cada passo dado pelo SENAI CETIQT é alinhado com presidentes de sindicatos e empresas, por meio de um conselho técnico, na busca de entender o mercado com o qual estamos lidando para fortalecer ainda mais a nossa estratégia”, completou. Um exemplo desta parceria é a reformulação curricular dos cursos oferecidos pela instituição.
Fashion Lab reúne as três frentes do SENAI CETIQT
O SENAI CETIQT é muito mais do que uma unidade escola. Atualmente, possui três pilares de negócio: Tecnologia, com a parte de consultoria e ensaios laboratoriais; Inovação, com desenvolvimento de pesquisa; e, claro, a educação, que trabalha diretamente com os alunos de graduação, pós e cursos técnicos. Sendo assim, o Fashion Lab veio reunir a expertise dessas áreas em um só lugar. O espaço é destinado a experimentação de produto e serviços no segmento têxtil e do vestuário, baseado nos conceitos de laboratório aberto e de maker spaces. A ideia é disseminar a tecnologia inovadora e sustentável nos processos relacionados ao desenvolvimento de produto, modelagem, fabricação aditiva e experiência de consumo.
O projeto, que será inaugurado em novembro, funcionará como um ambiente de coworking no qual alunos, consultores e pesquisadores trabalharão em consonância para a resolução de problemas apresentados por empresas do segmento. “O que você puder pensar de mais moderno e de alta tecnologia voltado para o desenvolvimento da moda iremos transformar em algo tangível para os nossos estudantes neste local”, explicou Sérgio. Dessa forma, os profissionais e aprendizes terão à disposição novos materiais high tech, tecidos inteligentes e máquinas de costura via ultrassom.
Inovação tecnológica
Em março de 2019, o Instituto de Inovação em Biossintéticos vai se mudar para o Parque Tecnológico da UFRJ, na Ilha do Fundão. O edifício é exatamente a consolidação desta visão mais inovadora. “O local potencializa toda a modernidade que estamos falando. O prédio está em simbiose com a nossa visão futurista”, comentou. O ISI é responsável pela área de pesquisa, desenvolvendo soluções sustentáveis por meio da química e da biotecnologia industrial com recursos renováveis e não-renováveis de forma a oferecer novos produtos. Com um conceito de alta integração com a indústria, a equipe é formada por especialistas reconhecidos nas áreas de biotecnologia, transformações químicas, engenharia de processos e fibras.
A Indústria 4.0 já é uma realidade no Brasil
No início do ano, o SENAI CETIQT inaugurou o primeiro MBI voltado para a Indústria 4.0 do país. O projeto reuniu CEOs brasileiros e representantes de grandes empresas para instruí-los no que há de mais moderno. Durante os estudos, os profissionais ainda terão a oportunidade de confeccionar uma planta aos moldes deste conceito inovador. “A 4.0 chegou para mudar o mercado mundial e esta alteração será rápida. A empresa que não estiver atenta a isto terá dificuldades, porque esta revolução é inevitável. Estamos falando também de um conceito que abrange a conexão entre as etapas de fabricação, automação, virtualização, preocupação com o meio ambiente e enxergar o consumidor como parte de produção. Queremos que a indústria brasileira sobreviva a este processo”, explicou Sérgio Motta.
Alunos do SENAI Cetiqt saem preparados para o mercado de trabalho
O SENAI CETIQT é, atualmente, o maior centro latino-americano de produção de conhecimento da cadeia produtiva têxtil e de confecção e da área Química. Com uma metodologia diferenciada de cursos práticos, a instituição busca aproximar o aluno da indústria. Além dos laboratórios disponibilizados para a pesquisa e novos projetos, como o Fashion Lab, os estudantes aprendem a solucionar problemas reais do mercado em sala de aula. “Queremos posicionar a Engenharia Química e a Moda como cursos de grife e, para isso, os nossos alunos precisam ter um diferencial, que é a nossa aproximação com a indústria nacional. Os estudantes do SENAI CETIQT já saem empregados”, comentou Sérgio.
Dentro do programa de graduação, os alunos recebem um acompanhamento, pelo Programa de Mentoria, de grandes profissionais do mercado e CEOs de empresas como Dafiti, Audaces, Calvin Klein e Grupo Soma. “Cada mentor auxilia o estudante a formar uma trajetória da carreira. Estes líderes já trazem uma visão empresarial, possuem uma rede de relacionamento no mercado e os alunos passam a ser inseridos dentro deste grupo. Afinal, o sucesso profissional depende muito dos contatos que a pessoa possui ”, explicou.
A crise brasileira também é sinônimo de possibilidade
Para Sérgio Motta, todo o momento é hora de se investir em educação e evolução tecnológica, afinal, são dois importantes pilares que fazem a economia girar. Em vez de ficar estagnado, o SENAI CETIQT teve um olhar visionário para este cenário e transformou a realidade em ação.
“Estamos investindo muito em tecnologia porque se compararmos o Brasil e a Coréia do Sul, há 60 anos, veremos que ambos os países estavam no mesmo patamar de desenvolvimento. Para crescer, a Coréia investiu em educação e industrialização. Por meio deste incentivo, a indústria coreana acabou se tornando competitiva, o que alavancou a economia, abriu o mercado e ainda surgiram profissionais capacitados. Dessa forma, o SENAI CETIQT tenta contribuir para esta evolução do nosso Estado. Iremos fazer tudo o que pudermos para incentivar os empresários brasileiros na busca pela inovação”, afirmou. O MBI, o Fashion Lab e o novo prédio são algumas das ações concretas que tivemos para aproximar a indústria do SENAI CETIQT.
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