Dior em versão bonequinhas de luxo: Grife lança exposição com mini réplicas de modelos famosos

*Por João Ker

O ano é 1945. Ao redor do mundo, os países tentam se recuperar dos estragos materiais e emocionais causados pela Segunda Guerra Mundial. Paris, que borbulhava cultura e avanço desde muito antes, é o centro das atenções: uma clientela ávida por novidades espera ansiosamente os lançamentos da Cidade Luz. Sob uma economia de pernas bambas, um jovem Lucien Lelong consegue atrair milhares de parisienses para sua exposição “O Teatro da Moda” (“Le Théâtre de la mode”), sob o testemunho de seus aprendizes à época Christian Dior e Pierre Balmain. Agora, quase 70 anos depois, a Dior traz a exposição “O Pequeno Teatro Dior” (“Le Petir Théâtre Dior”) e revive em mini versões todos os clássicos modelos da grife.

A princípio, “O Teatro da Moda” conseguiu trazer esperança por meio da beleza e do primor das réplicas de vestidos criadas por Lelong. Peças de haute couture eram reproduzidas milimetricamente, detalhe por detalhe, em tamanhos que caberiam em uma Barbie. Provavelmente, algo fortemente impactante para o jovem Christian Dior que, dois anos depois, revolucionava o mercado fashion com a criação da sua “Linha Corola” (por lembrarem as corolas das flores), denominada posteriormente de “New Look”. Com cintura marcada, saias amplas e compridas até a canela e corpetes armados com barbatanas, Christian conseguiu entender a mentalidade das mulheres da época, unindo praticidade, elegância e feminilidade necessárias para pessoas que, graças aos horrores da Guerra, mudaram drasticamente o jeito como encaravam a vida.

Em “O Pequeno Teatro da Moda”, Raf Simons honra essa experiência vivida pelo fundador da grife e traz, nas mesmas réplicas minúsculas, clássico modelos da Dior que marcaram história e impactaram a cultura de diferentes maneiras. Obviamente, há o princípio de tudo: o New Look, apresentado na primeira coleção de haute couture que Christian desenvolveu. Mas, além de olhar para os clássicos do passado, ícones do presente também são agraciados na amostra. Entre eles, o vestido romântico que Natalie Portman graciosamente exibiu pelos comerciais da fragrância Miss Dior e o elegante longo dourado que Charlize Theron deslumbra pela campanha da J’Adore. O modelo mais recente da grife a entrar para a história também ganhou seu espaço: o vestido imortalizado pelo tombo de Jennifer Lawrence ao receber o Oscar de Melhor Atriz em 2013 terá sua réplica na exposição e promete ser uma das peças mais comentadas.

A “exposição itinerante” fica até o dia 20 de junho no Chengdu IFS Mall,  na China e depois deve rodar o mundo. Por aqui, é só cruzar os dedos e torcer para que o Brasil entre nessa rota.

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Fotos: Divulgação