DFB Festival DAY3: da festa pela liberdade de Lindebergue Fernandes ao paraíso cool da Rota Jeri


No terceiro dia de DFB Festival nós conferimos os lançamentos das marcas Marju, Fanor, Sta Marcelina, Unama e Uniateneu que integraram o Concurso dos Novos. Seguidos por Jeferson Ribeiro, Matias, uma iniciativa do Sindiroupas CE, Melk Z-Da, Rota Jeri e Lindebergue Farias e Kallil Nepomuceno

O terceiro dia de DFB Festival começou fervendo sob o sol na capital cearense e por conta da grande programação cultural que propõe a maior semana de moda e festival plural das artes do Nordeste: No DPM foi a vez do trio Vitorino Campos, David Lee e Érico Gondim dividirem suas experiências com o público no talkshow Novos profissionais em cena. No Palco Cores, a agitação ficou por conta do Salve Simpatia, Bloco Sandijunio, Edisca, DJ Erick Vilar e da banda Melim. E Palco Sesc, Astronauta Marquinho + Maquinas e Lorena Nunes.

A carioca Marju deu o start no desfiles no DFBeach Clube, depois foi a vez da Fanor, Sta Marcelina, Unama e Uniateneu que integraram o Concurso dos Novos. Seguidos por Jeferson Ribeiro, Matias, uma iniciativa do Sindiroupas CE, Melk Z-Da, Rota Jeri e Lindebergue Fernandes e Kallil Nepomuceno.

MARJU

A Marju abriu os desfiles do DFB Festival, no DFBeach Clube. Com a Praia de Iracema ao fundo, a carioca mostrou uma coleção cheia de tie-dyes, babados e cortes impecáveis. Em total sintonia com essa edição do festival de artes e moda de Fortaleza, a marca tem a sustentabilidade em seu DNA. Todas as peças são tingidas por artesãs e as malhas são biodegradáveis, que se decompõe após quatro anos se corretamente descartadas em aterros sanitários. As lycras, também, são biodegradáveis e têm uma secagem rápida em até três minutos após o mergulho. O desfile ao pôs-do-sol terminou ao som de Assanhado, de Baby do Brasil. Um verdadeiro intercâmbio de areias e mar: Rio-Fortaleza.

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CONCURSO DOS NOVOS: FANOR, SANTA MARCELINA, UNAMA, UNIATENEU

A Fanor desfilou uma coleção com referências aos pescadores, redes de pesca e o artesanato do Nordeste, olhando para as rendas e nas telas. Vale ressaltar os detalhes com tramas em diferentes tons de azul, além do cru e do marrom. Até um rufo apareceu nessa coleção.

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A faculdade paulista Santa Marcelina levou à passarela do DFB Festival 2019 uma coleção que fazia referências ao fundo do mar – esponjas e águas vivas, pescadores e tribos indígenas. Um forte exercício criativo de formas e texturas. Destaque para as capas de plástico e as transparências que foram estampadas com o fundo do mar.

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A Unama mostrou uma coleção com referências a tribos indígenas com uma imagem natural e até rústico. Destaque para os trançados que apareceram em roupas e acessórios. A cartela de cores traz os tons de vermelho, verde oliva, verde bandeira, off-white, marrom e laranja.

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A UNIATENEU, CE, contou uma lenda de marinheiros para navegar na coleção Mulher no mar dá azar? Uma superstição sobre mulheres a bordo de navios não trazem boa sorte. Uma criação e produção dos alunos Andressa Saraiva, João Vitor Ferreira, Mariana Maciel, Mariane Nogueira e Tainara Barroso. As peças foram inspiradas nas mulheres marisqueiras que fazem do mar o seu local de trabalho, casa e de onde tiram o sustento de suas famílias. Os estudantes mesclaram elementos da moda praia com referências do street style.

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JEFERSON RIBEIRO
Benção é o nome da coleção que o estilista Jeferson Ribeiro apresentou no DFB Festival 2019. Com a imagem das mulheres do sertão, o criador pediu o fim do feminicídio. Uma moda política para falar da simplicidade das nordestinas, o baiano resgatou suas memórias afetivas para dar vida a um trabalho delicado que une estruturas com a fluidez, conceitos opostos, mas que funcionam bem dentro do seu minimalismo arquitetônico. Esse desfile é uma homenagem a herança cultural de seus avós, foi pensando nesse álbum de família que o criador ‘esbarrou’ na retirante Macabéa, de Clarice Lispector, e da replicante Rachel, de Blade Runner.

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Os carros-chefe da coleção são os vestidos longilíneos, alfaiataria desconstruída e peças com construções em drapeados. Os calçados da coleção são da Melissa. A cartela de cores, bem sertaneja, é comporta por marrom pau-a-pique, vermelho amora, verde garrafa, rosa poeira e rosa argila. Os volumes das cabaças, presentes no artesanato nordestino, dão formas ao volumes e aos recortes da coleção com muitos babados, saias assimétricas e manga ciganinha. Tudo para desfilar com muita elegância no mar de areias chamado Nordeste.

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SINDROUPAS APRESENTA MATIAS
O menswear da Matias é easy e cool. A marca mostrou na passarela uma alfaiataria casual na coleção A Praia, que vai em total sintonia com o homem contemporâneo. Para o fundador da empresa e também presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas de Homem e Vestuário no Ceará (SindRoupas), Lélio Matias, a ideia de lançar a coleção veio da necessidade de apresentar uma nova opção para os homens e como uma oportunidade de gerar negócios na moda.

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Segundo Deoclys Bezerra, do time criativo da marca, ícones da natureza praiana foram as fontes de inspiração. “Areia, mar, céu e sol. Os elementos costeiros de diversos paraísos litorâneos, como, por exemplo, Ipanema, Iracema, Capri e Mykonos, estão presentes nessa coleção”. É jovem, moderna e acima de tudo, um convite para colocar os pés na areia e sentir de perto a natureza. Roupas perfeitas para ir do trabalho para o happy hour, ainda nos tons de branco, areia, amarelo celeste e marinho. No total foram 20 looks trabalhados em tricolines maquinetadas, sarjas leves, jeans cambray e texturizado, estampas de gravataria e malhas com elementos gráficos naturais e urbanos.

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MELK Z-DA
No salão de Negócios do Minas Trend vimos um preview da coleção de Melk Z-Da. Agora no DFB Festival fomos convidados a entrar na Casa de Chá. Nessa coleção com perfumes e aromas orientais, o estilista usou elementos desse universo para criar estampas exclusivas em seda. O experimentalismo sofisticado é a essência da marca que trabalha fortemente com o artesanal. O designer pernambucano conhecido por seu trabalho artesanal e autoral, mergulha em referências nas artes, vivências e pessoas em suas criações. Adepto do slow fashion, movimento que vai contra a rapidez da atual indústria da moda, acredita em uma moda atemporal, pensada e feita com cuidado. Os tecidos recebem cores, texturas e bordados exclusivos, desenvolvidos no atelier por meio de processos artesanais.

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As cores açucaradas, as porcelanas, os infusores, que viraram tramas e o hibisco como flor símbolo da coleção borrifaram um aroma oriental na passarela como uma grande experiência sensorial. “Tem uma família de linho e seda que tingimos com camomila, hibisco. Faz parte do DNA da minha marca que tem o artesanal e o sustentabilidade andam juntos, conta Melk.

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SEBRAE APRESENTA ROTA JERI
O projeto Rota das Emoções, do SEBRAE CE, que engloba o Ceará, Piauí e Maranhão fez uma estreia com cara de gente grande na edição de 2019 do DFB Festival. A coleção Rota Jeri levou o clima do balneário cool, de Jericoacoara, para a passarela com direção de Claudio Silveira. Destaque para os tons de verde que ora faziam referência a água do mar ora para as palmeiras que fazem sombra nas praias paradisíacas da cidade, que abaram aparecendo nos chapéus feitos de palha do coqueiro trançada verde. O tom ainda costurou toda a coleção e pôde ser visto em pareôs, saídas de praia, camisas, biquínis e calças. A cartela de cor ainda foi composta por marrom e areia, uma praia em que estilo é palavra de ordem.

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LINDEBERGUE FERNANDES
Quando se apagaram as luzes da sala de desfile, o espaço fui inundado por muitas gargalhadas, por um instante ficamos nos perguntando o que estava acontecendo, mas logo descobrimos que fazia parte da trilha sonora, que estenderia o tapete para a coleção Eu não sou seu lixo de Lindebergue Fernandes. O desfile trouxe a energia de Ronaldo Resedá (1945 – 1984), com as músicas Marrom Glacê e A última moda, para uma festa pela liberdade em que o dress code foi a alegria.

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No início de sua carreira, Resedá lecionava aulas de jazz, após ter se formado com Lennie Dale. Entre seus alunos mais famosos estão os atores Lauro Corona, Marília Pêra, Lucélia Santos e Zezé Motta. Fez sucesso também como ator, participando de peças de sucesso como “Deus lhe pague”, “Pippin” e “Fidelidade ao alcance de todos”.

O estilistas escolheu os melhores looks para um dos modelos de forma bem livre, misturando o exagero dos anos 80, com saias e vestidos com caudas intermináveis que preenchiam a passarela; o boho; pijamas, maxi laços, aplicações de pérolas, estampas de gatos. Uma coleção livre em que ‘Vale, vale tudo, Vale o que vier, Vale o que quiser’.

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KALLIL NEPOMUCENO
Ao som de Vogue, Kallil Nepomuceno encerrou o terceiro dia do DFB Festival com looks para muito strike a pose. Entre o Sacro e o Profano foi um desfile que começou com Vogue, de Madonna, numa perfeita e bem humorada união da alfaiataria e do sportswear. As jaquetas bombers trazem um toque contemporâneos e moderno em roupas sofisticadas. Um desfile cheio de saias vaporosas, saias balonês, decotes arrebatadores, ombros poderosos, rufos desconstruídos que viraram golas imponentes, transparências… Um verdadeiro patchwork criativo e de estilos. Um desfile com muito crahs de estampas, muito brilho, estampas florais, looks mono estampados, amarelo ouro, vermelho, verde e azul.

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O masculino é um dos melhores da atualidade, o estilista cearense subverte o conceito de gênero, sem perder a masculinidade trazendo a sofisticação dos tecidos nobres junto a um streetwear couture, com um perfume gangster sedutor. O desfile encerra com I’m outta love, da americana Anastacia levantando a bandeira da liberdade, (Acabou o meu amor, Me liberte, E me deixe sair desta tristeza), um hino que muitos de nós cantamos e dançamos nas pistas de dança dos anos 2000.

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