Enquanto grande parte do universo fashion achou um pouco prepotente demais Hedi Slimane chegar arrombando a porta da Yves Saint Laurent enquanto mudava o nome da grife para Saint Laurent Paris e transferia seu escritório para Los Angeles, o designer apenas esperou que o tempo provasse suas intenções. E hoje, ao anunciar que a casa voltaria a fabricar peças de haute couture após 13 anos confeccionado apenas linhas ready-to-wear, tudo fez sentido.
Hedi não apenas conseguiu aumentar as vendas da grife – essa semana ele anunciou um aumento de 25% nas vendas do primeiro semestre -, mas trouxe de volta a tradição da alta costura e, ainda por cima, uma revalorização do nome Saint Laurent. Explicamos: agora, os itens considerados pelo estilista como haute couture, são indexados em um livro dourado, para que haja um acompanhamento de perto para quem e onde eles foram. E mais: as etiquetas que tiverem ‘Yves Saint Laurent’ escrito serão feitas de seda de marfim e costuradas à mão no próprio atelier da casa.
É aí que entra outro ponto interessante da história: a haute couture é cheia de regras para ser reconhecida como tal, e uma delas é que as roupas sejam confeccionadas em um ateliê próprio do estilista, com pelo menos 20 funcionários. O que Hedi fez? Tomou para si o Hôtel de Sénecterre, ocupando três andares com funções distintas: Atelier Flou, para costura dos vestidos; Atelier Tailleur, para alfaiataria; e Salon Couture, onde ocorrerá a disputada prova de roupas. No topo disso tudo, adicione um jardim geométrico projetado pelo próprio estilista e móveis vintage da YSL.
Anda não se sabe se as novas roupas serão desfiladas no calendário oficial de Paris, ou apenas apresentadas em um showroom ou através de um ensaio fotográfico, como outras grifes (Givenchy, por exemplo) fazem atualmente. O certo é que Hedi Slimane estará criando peças masculinas e femininas, como você pode ver pela prévia abaixo:
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