*Com Marcos Eduardo Altoé
Chegamos ao fim de mais uma Semana de Moda de São Paulo. Na tarde desta sexta-feira, 17 de março, cinco apresentações movimentaram a Bienal. A Ratier começou os trabalhos, trazendo ciganos vampirescos para sua passarela de inverno. Em seguida, A.Niemeyer fez sua estreia, com uma coleção sofisticada e confortável inspirada na linha do horizonte. O Sebrae apresentou um desfile coletivo com as 4 marcas vencedoras do seu projeto Top 5, e em seguida a Reserva comemorou o seu retorno ao SPFW com um happy hour com clima de showroom de moda. Carô Gold e Pitty Taliani trouxeram o circo como tema para sua Amapô, enquanto a LAB, de Fióti e Emicida, fechou o evento com uma coleção-protesto inspirada no samba.
RATIER
Um dos reis da noite paulistana, Renato Ratier promoveu uma ode às sombras ao eleger a Romênia dos vampiros e dos ciganos como tema para o seu inverno 2017. “Tenho muitos amigos romenos. Toco música romena e já fui pra lá”, comenta o empresário e DJ. Looks dramáticos evidenciam a predileção da coleção por temas obscuros, sombrios e esotéricos. Um casting exótico, que contou com a top model Marina Dias, amiga pessoal de Renato, realçou o perfume “gypsy” contemporâneo das peças.
Tecidos nobres foram escolhidos a dedo para a coleção. Jacquards receberam a impressão de bordados elaborados, repletos de simbologia, confeccionados com exclusividade na França para a marca. Veludo, renda, lã, tricô completam a cartela, ao lado do linho e do couro, clássicos da Ratier.
Apesar da noite ser a assinatura da marca, Renato avisa que também desenvolve peças para uso no dia-a-dia, inclusive moda praia. ”Procuro sempre trabalhar uma cartela de cores fiel ao DNA da marca, com preto, marrom, mas desta vez apostamos em duas cores claras para fazer um contraponto”, explica.
A coleção é “see now, buy now”, mas ainda não da forma como o empresário almeja. “Sou muito positivo. Obviamente que se estivéssemos vivendo outro momento econômico no país teríamos condições de fazer tudo com muito mais estrutura. Não temos uma moda maior e mais expressiva por conta da falta de incentivos e do momento pelo qual estamos passado. Espero que isso mude rápido”, comenta. Ele ainda vai mais além, e culpa a cultura burocrática brasileira pelo retrocesso do mercado. ”Eu como todo mundo que trabalha e continua acreditando na moda é porque realmente ama o que faz. É muito mais que uma questão de mercado e oportunidades. Hoje quem está dentro da moda é porque a tem como arte. Enxergá-la como business torna tudo muito complicado, conto nos dedos que está tendo algum resultado positivo. É claro que o bom resultado não é apenas o financeiro. É uma questão de credibilidade e realização pessoal, é oferecer algo que as pessoas desejam”. Precisamos, pois, de mais arte desse nível. Bravo, Ratier!
Beleza
A vibe cigana vampiresca da Romênia também estava na beleza do desfile da Ratier. Assinado por Lau Neves, a maquiagem das mulheres trazia dois tipos de olhos: vermelhos e preenchidos e apenas uma linha preta. “A gente queria trazer uma vibe mais gipsy para o olho. Então, nas pálpebras, eu misturei vinho com vermelho para dar uma ideia de sangue. Outra maquiagem para os olhos das mulheres é mais simples, apenas com um traço preto. Eu apostei por essas duas opções porque, pelo fato de algumas usarem lenços, eu não quis um olho muito pesado”, explicou sobre o detalhe da pele que era leve e natural.
Nos cabelos das mulheres, Lau Neves apostou em um rabo de cavalo extremamente liso e com uma risca bem definida no centro da cabeça. “O penteado vem como uma forma de potencializar o clima cigano do desfile”, completou o beauty stylist que, para os homens, trouxe apenas um olhar marcado com traço preto na parte inferior em referência aos ciganos romenos. A beleza, assim como a das mulheres, permeia uma mesma atmosfera. Para Lau Neves, este é o segredo para manter a unidade em um casting com homens e mulheres. “Eu acho que precisamos achar uma identidade para ambas as maquiagens. A meu ver, isso não significa usar a mesma cor ou exatamente o mesmo formato. Basta criar uma atmosfera que possa ser replicada”, apontou.
A.NIEMEYER
Com 10 anos de marcado, a A.Niemeyer, de Renata Alhadeff e Fernanda Niemeyer, fez sua estréia neste último dia de SPFWn43. Com uma assinatura forte apoiada em simplicidade, conforto e sofisticação, a marca apresentou uma coleção pautada em materiais naturais, linhas puras e uma silhueta despretensiosa. “Temos uma preocupação muito grande nessa estreia de passar o DNA e a essência da marca. Chegamos à conclusão de que um dos momentos em que mais temos essa sensação de conforto e tranquilidade é quando estamos contemplando as linhas do horizonte, desde a cartela de cores em que usamos os horizontes pacíficos, até os recortes das roupas, o desenho do tear, o design da coleção de joias que nós criamos”, explica Renata.
Com um mood tibetano, modelos deslizaram pela passarela no terceiro andar da Bienal mais parecendo monges budistas, tamanho o clima zen da coleção. Muito por conta das peças altamente trabalhas em lã. “Achamos que a lã, por ser natural e por conseguir passar essa sensação de conforto, permeia a coleção como um todo das formas mais diferentes, desde a lã in natura até a tosqueada, dos carneiros, transformadas em tufos á mão por artesãos contratados. Até mesmo a lá tecida em cambraia fluida, a forma mais pura do material, está presente”, comenta Fernanda.
A silhueta, como não poderia deixar de ser, foi inspirada no layering e nos casulos. “Tivemos vontade de fazer um inverno cocoon, casulo. Toda a modelagem apresenta mangas amplas, calças ovaladas, para sedimentar o nosso conceito de conforto”, explica Fernanda Niemeyer. A cartela de cores, por sua vez, elegeu o branco como carro-chefe. “Usamos branco na coleção por dois motivos. É a cor do conforto, da leveza e da tranquilidade; e da moda atemporal, que não segue as tendências. Então grande parte das coleções da marca carrega cores naturais e neutras, com ponto de luz que variam de uma para outra”, completa.
A dupla aposta no “desfilou, comprou” para sua coleção comerial, e promove uma segunda linha, mais exclusiva, com peças do desfile. “A coleção é em grande parte “see now, buy now”. Parte da coleção será exatamente igual ao que foi desfilado, com peças especiais com etiqueta numerada em pequena tiragem por conta dos tecidos nobres, muito exclusivos”, finaliza Renata Alhadeff.
Beleza
As linhas do por do sol no horizonte também traçavam algumas belezas do desfile da A. Niemeyer. Nos olhos, três tipos de produções com linhas brancas marcavam alguns olhares da beleza assinada por Silvio Giorgio. “Para a maquiagem, queríamos um efeito fresh e minimal”, disse o beauty stylist.
Nos cabelos, Silvio revezou dois tipos de penteados. Enquanto as modelos que tinham essa maquiagem nos olhos desfilaram com os fios soltos e respeitando a textura natural de cada uma, outras ganharam uma joia na cabeça. Uma tiara dourada, com duas linhas horizontais na parte de trás da cabeça, completava a atmosfera solar da coleção. “É um cabelo simples, preso na parte inferior com um coque tipo japonês, que tem uma parte solta. A tiara entra na parte de trás e completamos com alguns fios soltos voando”, explicou.
SEBRAE TOP 5
O projeto Top Five faz parte do convênio “Contextualizar na Moda”, firmado entre o Sebrae e o Instituto Nacional de Moda e Design, IN-MOD, e envolve consultorias de um grupo multidisciplinar para micro empresas. Um desfile coletivo com as empresas vencedoras da última edição ocupou a Sala Oca da Biena na tarde desta sexta.
PH Praia
A PH Praia de Ana Gomes traz para a passarela do projeto os desejos das mulheres em forma de peças de moda praia. Com 22 anos de história, a marca de Cabo Frio/RJ segue desvendando o enigmático universo feminino para projetar a mulher como obra de arte inacabada. “Pegamos a xilogravura, técnica forte, para transmitir a força da mulher. Ousamos nos decotes, e apostamos em maiôs que viram bodies”, explica a empresária. A coleção é de Alto Verão 2018.
Green Co.
A Green Co. de Cassius Pereira tem como compromisso a busca por alternativas sustentáveis por meio de seus produtos. “A inspiração foi uma imersão ao DNA da marca, traduzido por uma forte militância verde e por uma cadeia produtiva ecologicamente correta”, explica Cassius. Uma única estampa carrega referencias botânicas por meio de um print inspirado nas folhas. A fabricação se apoia em tecidos e fibras naturais, como algodão orgânico e hemp, extraído do cânhamo. Destaque para os óculos escuros feitos do reaproveitamento de pranchas de skate e para as mochilas criadas a partir de câmaras de ar de pneus.
Jardin
Bharbara Renault, fundadora da Jardin, carrega a moda no sangue. Seus bisavós, italianos que fugiram da guerra para o Brasil, eram alfaiate e costureira. “A marca tem esse conceito mais atemporal, de propor uma moda slow. Escolhi a geometria e o minimalismo como temas para esta coleção, dentro de uma pegada oriental, já que eles tem um tempo diferente do nosso”, explica a empresária. Seda estampada, jacquard listrado, moletom texturizado, malha chevron, a camurça e o crepe foram os artigos elegidos para este mini desfile. A cartela de cores neutra reflete o mood da coleção.
Adriano Martin
O estilista Adriano Martin iniciou sua trajetória há mais de 20 anos. Referência em moda festa e nupcial no interior paulista, ele transporta seu savoir-faire para uma coleção de peças acessíveis, sem perder seu DNA habillé. “Adriano foi se inspirando nas peculiaridades que mais gosta, além de ouvir suas clientes”, explica Fernanda Ferreguti, da equipe do estilista. “Tecidos leves receberam bordados artesanais e rendas sofisticadas, além de um corte impecável para uma modelagem exclusiva, tudo para traduzir o poder e a elegância da mulher contemporânea”, completa.
Beleza
Com um desfile que na verdade era quatro, Ricardo dos Anjos assinou uma beleza diferente para cada grife. Segundo o beauty stylist, a ideia foi respeitar cada mood que inspirou as coleções desfiladas. Para a Jardin, respingos brancos, feitos com pincel na parte lateral do rosto, eram o destaque na maquiagem. Para a Green Co. a ideia de Ricardo foi levar um rosto limpo e fresco, quase que de cara lavada. A proposta também se manteve para a grife Adriano Martin, que apenas ganhou um efeito acetinado no rosto. E, para a PH Praia, o beuaty stylist apostou em uma beleza com cílios postiços e olhar marcado, mas que tivesse um resultado leve e descompromissado. Afinal, estamos falando de praia.
No entanto, para Ricardo dos Anjos, um desfile plural, literalmente, não é sinônimo de confusão para os convidados. Sendo assim, o beauty stylist não teve medo de fazer pontos de destaque na beleza de cada grife. “A gente tem um ponto a favor porque os desfiles não se misturam. Então, entender as inspirações e, consequentemente, as belezas, não é difícil. E isso permite que dê para destacar mais alguns detalhes em cada marca”, disse.
RESERVA
A Reserva voltou! Após um longo hiato, a marca carioca mostrou a que veio com uma apresentação intimista, sem passarela, regada a drinks e música ao vivo. Modelos vestindo as roupas do inverno 2017 ficaram à disposição dos convidados e da imprensa, ao alcance dos olhos e das mãos. Durante o “happy hour”, a coleção esteve à venda já no e-commerce. Dois totens, inclusive, foram instalados no espaço, para que os presentes pudessem garantir desde já as muitas peças desejo.
Segundo o estilista Igor de Barros, o ponto chave da coleção foi o que a marca tem de mais essencial. “Tínhamos um tema de base para desenvolvimento, mas quando decidimos apresentar, entendemos que deveríamos falar dos nossos essenciais. Chino, camisaria, camisaria estampada, polo e a parka. Produtos que identificamos e entendemos como o essencial da Reserva”, explica. Ele comenta, ainda, que a ideia era passar mais informação de moda com as peças. “Estamos informando o homem das outras maneiras de usá-las. Ele pode experimentar outros tamanhos, encontrar outros shapes, fazer sobreposições”.
A moda de rua inspira a coleção para inserir o conceito oversized e deixar peças maiores do que o tamanho do cliente. A cartela de cores privilegiou os tons neutros, como verde militar, cáqui, paçoca e azul-marinho, pontuados de preto e vermelho, as cores institucionais da Reserva, além do amarelo cítrico. A estampa camuflada, parte do militarismo “paz e amor” da marca, foi criada a partir de manchas orgânicas para compor jaquetas, parkas e camisas.
O pica-pau, símbolo da Reserva, ganhou uma homenagem de peso para esta temporada. “Iniciamos um projeto de pesquisa de um ano e meio com a Universal Studios para trazer para o imaginário da coleção o personagem Pica-Pau, dos desenhos animados”, comenta Igor. “Dentro as quatro “idades” dele, identificamos um vínculo maior com a primeira, com o Pica-Pau “maluco”. Ele começou sua história como vilão, e, tamanho o seu carisma, acabou se tornando o protagonista da serie animada, e agora no nosso inverno”. Pois por aqui a gente imagina que as peças estampadas pelo personagem já nascem hit instantâneo!
Beleza
Com um casting recheado de modelos belíssimos, em diferentes idades, Robert Estevão, responsável pela beleza da Reserva, contou que sua única missão foi destacar a naturalidade de cada um. Na prática, a maquiagem da grife contou apenas com a correção de pequenas imperfeições e o corte de barbas e cabelos. “O casting tem um perfil de homens mais maduros. Então, na maquiagem, a pele é bem natural porque eles já possuem uma beleza formada”, contou Silvio que garantiu que, em alguns trabalhos, os homens exigem mais atenção na beleza do que as mulheres. “Mas com a Reserva não foi assim. A marca tem a proposta da naturalidade e espontaneidade muito enraizadas no DNA”, completou.
AMAPÔ
Carolina Gold e Pitty Taliani fizeram barulho com sua Amapô Jeans Circus. A dupla, reconhecida por sua irreverência conceitual, trouxe para esta edição do São Paulo Fashion Week uma coleção inspirada no universo do circo. “Chegamos nesse tema a partir dos experimentos com o jeanswear que iríamos apresentar. Fizemos um experimento da lavagem com as bolas e da maquete com as tramas, e identificamos uma cara circense, o que acabou guiando o restante do processo”, explica Carô.
Com um savoir-faire voltado para o denim, as estilistas ignoram as regras convencionais de modelagem para entregar algo único. Segundo Carô, a coleção trata basicamente de jeans, seguindo uma modelagem de alfaiataria e “outra de lugar nenhum”. “Pensamos na roupa de forma orgânica. As formas possuem leves menções aos formatos de roupas circenses, como a calça balão, feita com gomos como uma mexerica, algo que nunca havíamos experimentado. O trapézio inspirou silhuetas triangulares”.
Quando perguntamos sobre o novo formato do evento e da participação da marca nesse novo mercado, a dupla foi enfática. ”See now, buy never. See now, have some fun! Nosso produto comercial é bem diferente do que apresentamos na passarela. No desfile, nesta plataforma, e diante do investimento que fazemos para estar aqui, não nos prendemos. Queremos nos divertir”, brinca Carô Gold. “Vamos rir um pouco, vamos sentir, vamos nos arrepiar. É um momento nosso. Nossa vida é assim, este é um trabalho artístico”, completa Pitty Taliani. Justo!
Beleza
Respeitável público, o circo da Amapô trouxe a irreverência e intensidade da marca para a passarela da SPFW. Com uma coleção densa e cheia de informação, Ricardo dos Anjos, quem assinou a beleza da apresentação, contou que precisou segurar a mão. Segundo ele, a beleza desenvolvida para a apresentação precisou ser mais minimalista para não confrontar com as criações da grife. “Eu vim na contramão da inspiração. Tudo o que eu sempre fiz de exagero, eu diminui muito porque a roupa em si já é muito trabalhada. Não que a grife já não tivesse esse conceito. Mas, dessa vez, elas enfiaram os dois pés e a cabeça na jaca. Então, por isso, precisou ser uma beleza muito minimalista”, explicou Ricardo que, como destaque da produção, trouxe um efeito furta-cor que ganhou força e evidência com as luzes da passarela.
Nos cabelos, Ricardo dos Anjos consegui explorar mais sua criatividade. Entre tranças que uniam duas modelos, véus que cobriam o rosto e madeixas super volumosas e marcadas, o beuaty stylist impressionou nos penteados. “Nos cabelos, nós fizemos uma textura frisada com bastante volume e algumas formas. Fora esse grupo de modelos, tem também alguns lisos e outros com tranças. Inclusive, duas modelos foram trançadas juntas”, detalhou.
LAB
A LAB de Evandro Fióti e Emicida apresentou-se pela segunda vez no São Paulo Fashion Week. Sob a direção criativa de João Pimenta, a marca mais uma vez faz barulho levando para a passarela um visão peculiar e inclusiva, pautada por uma moda para todos. “Na nossa primeira reunião o Evandro veio com a proposta de abordar o samba, ritmo que comemora 100 anos e que faz parte do universo da dupla, já que eles nasceram e cresceram em um ambiente de samba. O Evandro canta samba, e o Emicida já gravou com o Cartola”, explica o estilista.
Para traduzir o tema, a marca apoia-se em uma das grandes tendências desta temporada, a mistura entre moda de rua e alfaiataria. “A coleção conta a história de um menino jovem, um skatista que consome streetwear, e herda o guarda-roupa do avó, um sambista dos anos 30. Ele então começa a misturar as peças do avó com as dele”, comenta João Pimenta.
O desfile tem seu start com um semi-protesto, com modelos vestindo apenas preto – com direito a um jaquetão uma bandeira do Brasil totalmente negra nas costas. A coleção então evolui para um colorido, terminando no branco. “Mostramos nessa história que não estamos felizes com o nosso país. Mas a música e o Carnaval renovam o espírito, e seguimos acreditando que tudo vai ficar bem. O trabalho pode parecer simples, mas carrega muito fundamento e pesquisa”, explica Pimenta.
Um forte perfume artesanal paira sobre o mix a partir do trabalho de Jacira Oliveira, mãe dos cantores, uma artista que conta histórias via bordados. “Achamos interessante que ela fizesse um trabalho na coleção para contar a história do samba”, aponta João. “Chegamos inclusive à conclusão de que a coleção deveria se chamar “Herança“, já que Fióti e Emicida são a herança dela, e eles estão todos em família”, completa.
João Pimenta afirma, ainda, que o grande desejo da marca na verdade é inserir as pessoas. “Trabalhamos o plus size desde o começo por ser um desejo do cliente da LAB. A coleção não é de mentira. A pessoa não precisa estar dentro dos padrões para vestir LAB. Buscamos o coração e não a estética”, reflete. Em ritmo “desfilou, comprou”, a coleção comercial estará disponível a partir de abril, no e-commerce e na loja.
Beleza
A espontaneidade da marca também foi impressa na beleza assinada por Marcos Costa para o desfile. Seguindo o conceito street samba proposta pela grife, o beauty stylist quis trazer o suor como resultado desejado. Para isso, Marcos fez imprimiu um efeito de pele molhada com doses de brilho na medida certa. “É uma pele feita com base, sem pó, iluminador bronze em bastão nas têmporas e um batom vinho aplicado apenas com o dedo. A ideia é que seja um suor desse samba de rua que a coleção traz”, explicou Marcos que, para os cabelos, respeitou a textura e o comprimento natural de cada modelo.
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