*Com Dudu Altoé
O terceiro dia desta 44ª edição da São Paulo Fashion Week começou com o desfile de Lenny Niemeyer para o seu Alto Verão repleto de misticismo e arte. Em seguida, a brasileira Vanessa Moe, radicada em Sidney, na Austrália, trouxe para a passarela uma turma de modelos de beleza étnica para desfilar uma alta costura inspirada na cultura aborígene. Já a mineira Patrícia Bonaldi propôs uma viagem à estética vintage dos anos 1940 para criar o Resort 2018 de sua PatBo, reforçando o DNA lúdico da marca. A Two Denim, agora com o estilo de Karen Fuke (ex-Triton), mostrou a que veio com um show de desconstrução para a estética latina do flamenco, enquanto a LAB Fantasma, dos rappers irmãos Emicida e Fióti, apostaram em um casting diverso e inclusivo para desfilar sua moda de rua livre e simbólica – que a gente conta nesta outra matéria. Por fim, a Água de Coco de Liana e Renato Thomaz apresentou o casting mais bombado da temporada até agora para desfilar seu beachwear inspirado em Bali. A SPFWN44 vai até a próxima quinta-feira, 31, com uma programação cultural intensa entre shows musicais e desfiles de moda.
LENNY NIEMEYER: misticismo e força da mulher contemporânea
O Alto Verão 2018 da estilista carioca Lenny Niemeyer é inspirado no misticismo e buscou suas referências nas obras das artistas plásticas Hilma af Klint (1862-1944) e Emma Kunz (1892-1963), duas mulheres à frente do seu tempo e pioneiras da estética abstracionista geométrica. Conta-se que elas buscavam por meio de linhas, esferas e triângulos, utilizados como ferramentas de pintura, a dimensão espiritual da existência. Cientes de sua estética vanguardista ao extremo, Hilma e Emma, que à época não possuíam acesso ao mundo artístico, pediram que o seu legado fosse apenas revelado ao público cerca de trinta anos após suas mortes.
Sobre o porquê de eleger um tema tão diferente do último, Lenny demonstra interesse pelo novo, pelo o que está por vir. “Foi um desafio grande, pois eu vim de uma coleção super orgânica, inspirada na cultura rica do Japão, com uma estamparia inspirada pelos tigres, pelas ondas e pelas cerejeiras. Radicalizei e vim para um tema super distante, que me possibilitou aprender e gostar mais de arte”, analisa.
Ela revela que o trabalho acabou ganhando um tom mais conceitual, mas que é, na verdade, uma grande homenagem à força da mulher contemporânea. “Graças a Deus ambas tiveram o seu incrível trabalho preservado, permitindo que eu fizesse uma homenagem a elas e às mulheres”, comenta. Para a coleção, pois, a estilista buscou nas linhas infinitas e convergentes o mote para o seu mix impecável de moda praia e loungewear. “Fomos desconstruindo esta geometria e abrindo o trabalho de estamparia para um universo místico, apoiado nas fases da lua e no ciclo do sol“, explica Lenny Niemeyer, que justifica ainda as camadas propostas em alguns looks a representação de nossas próprias camadas, físicas e espirituais.
Os degradês emulam as cores usadas pelas duas artistas plásticas, como azul e rosa, em uma mistura com o toque pessoal da estilista carioca e que, em alguns momentos, receberam listras verticais em preto. As formas, inclusive, foram um recurso usado com frequência por Lenny em vestidos e maiôs, enquanto fios inteiriços convergentes foram trabalhados quase que artesanalmente, pinçados em grampos e pintados à mão em degradês. Algumas peças em camadas, vale mencionar, simularam a silhueta das vestes ritualísticas, repletas de um movimento elegante. O geometrismo pautou ainda a estamparia localizada em maiôs. Um trabalho de extrema precisão, como era de se esperar da rainha da moda praia brasileira.
E quem foi conferir de perto a apresentação da amiga foi a atriz e apresentadora Carolina Ferraz. “Eu sou suspeita para comentar. O talento dela fala por si. Ela não sobreviveria anos em uma indústria como a da moda se ela não fosse da maior consistência e uma pessoa talentosíssima”, festeja. “Eu sempre brinco que a Lenny faz uma espécie de alta costura da moda praia. Sou muito fã”, completa. E não é que a gente concorda, Carol?
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Beleza: o minimalismo necessário
Se nas passarelas Lenny Niemeyer apostou em uma coleção geométrica e com cores fortes e pontuais, no backstage, Silvio Giorgio, responsável pela beleza da apresentação, precisou ir no sentido contrário. Para completar e não concorrer com a atenção do desfile, o beauty stylist contou que buscou uma maquiagem minimalista com destaque para o uso de cílios postiços sem rímel, apenas para uma aparência “bonita e parecida” na passarela. “A pele é bem-feita e hidratada com um leve côncavo dourado, e têmporas super iluminadas. Nas bochechas, eu usei um blush corado e, para completar, cílios postiços sem máscara”, detalhou.
Nos cabelos, Silvio Giorgio manteve o conceito minimalista e investiu em um penteado que, embora simples, harmonizou a passarela. “Como é uma coleção muito colorida e geométrica, a gente criou um cabelo mais simples. Então, é um penteado chapeado com duas divisões e uma mecha presa no alto da cabeça e na nuca. Para dar o efeito laqueado, usamos um spray de brilho para garantir um toque especial”, completou.
VANESSA MOE: a cultura aborígene na passarela da maior semana de moda da América Latina
A brasileira Vanessa Moe, radicada em Sidney, Austrália, trouxe uma proposta diferente para a tarde desta terça-feira na Bienal do Ibirapuera. Inspirada na cultura Aborígene, a estilista formatou uma coleção de doze vestidos exclusivos, confeccionados a partir de técnicas da alta costura e apoiados nas pinturas ritualísticas ancestrais e adornos corporais de várias comunidades diferentes. “Os clãs apresentam uma variação muito grande. As penas, por exemplo, foram inspiradas em um grupo que as usam em rituais que duram até três dias”, comenta.
Para os looks, Vanessa utilizou penas de pato, ema e avestruz – estes dois animais tradicionais do país onde vive. O processo de produção deste material, vale mencionar, é meticuloso, já que elas não são removidas dos animais, e, sim, recolhidas ao caírem. As plumas volumosas do corvo, outra ave importante na mitologia Aborígene, também serviram de adereços nas peças da coleção. A cartela de cores busca as utilizadas nas pinturas corporais e na arte regional que, até hoje é o principal meio de expressão cultural deles. Preto, branco e vermelho colorem vestidos em sua maioria longos, com uma silhueta ladylike.
Vanessa Moe explica, ainda, que criou sua label em 2015, e atende na Austrália com peças confeccionadas sob medida. “Sempre gosto de amarrar os meus desfiles com uma história forte, geralmente ligada a arte“, comenta. Para sua estreia na semana de moda de São Paulo, em especial, Vanessa considera um projeto, já que envolveu muitas pessoas e uma longa pesquisa. “Consultei entidades para saber o que poderia ser usado, além de dar a oportunidade para as meninas ao trazê-las para a SPFW”. No caso, a estilista se refere ao casting peculiar de 10 meninas aborígenes que viajaram da Austrália para desfilar. “Está sendo mais prazeroso até do que eu imaginava. As meninas estão adorando representar a cultura delas. Trabalhei com uma agência australiana que prioriza, pois, a beleza aborígene”.
Beleza: a tribo fashion da Vanessa
Com os traços naturais da tribo Aborígene em quase todo o casting – apenas duas modelos não eram da região explorada por Vanessa Moe –, a beleza foi pensada para explorar essas individualidades de cada uma. Na produção assinada por Helder Rodrigues, a ideia foi apenas realçar a beleza de cada uma e completar a aparência com um traço branco no rosto. Em algumas modelos, a marcação vertical ia da testa ao queixo, em outras apenas até metade da testa e em algumas, ainda, o beauty stylist abriu mão da intervenção. “A Vanessa tem um casting quase todo de meninas australianas aborígenes que vêm das tribos da coleção. Por isso, nós quisemos trazer um misto de natural e tribal. Por isso, estou fazendo uma maquiagem super limpa com pele iluminada e hidratada”, explicou.
Sobre o traço, Helder o definiu como o destaque de sua maquiagem na apresentação da SPFWN44. Mas, assim como ressaltou o beauty stylist, vale apontar que o risco não tinha qualquer tradução ou intenção de cópia. Na passarela, Helder Rodrigues apenas incorporou a cultura aborígene que é tradicional por lá e muito usada em cerimonias festivas da tribo. “A gente não queria fazer nada muito óbvio e nem copiar a identidade da região. Nós queríamos uma beleza de passarela que tivesse essa inspiração regional”, destacou Helder que, para completar, trouxe cabelos naturais e soltos – na maioria lisos –, para o desfile.
PATBO: o estilo luxuoso das ruas dos anos 1960
Patricia Bonaldi viaja para uma praia vintage, no passado, e traz a essência da PatBo para este terceiro dia de #SPFWN44. Bordados na máxima potência, apresentados de um jeito lúdico e divertido, que não se leva a sério, dão o tom da coleção. “Não é um bordado de festa, é para qualquer ocasião. É a menina PatBo na praia dela, que nós construímos para ela”, explica a estilista.
A mistura de materiais e complementos denuncia o tom da coleção, com tecidos rústicos, como o linho, recebendo bordados exuberantes. O jeanswear também segue esta cartilha lúdica carregando cogumelos e borboletas gigantes em bordados, elementos do mundo divertido da PatBo que apontam para uma mulher que não tem medo de brincar e nem de rir de si mesma. Alguém que não se leva tão a sério. É uma mulher que adora cores, em uma tropicalidade tão nossa que acaba explodindo nas roupas, porém de uma maneira que não beira os limites da caricatura. “Quando a gente pensa em Brasil, pensa logo em muitas cores e estampas, mas acredito que conseguimos traduzir isso de uma maneira chic e usável”, reitera.
Um dos atributos da marca que se faz presente a todo momento na coleção, ainda, é a liberdade. Talvez a sua expressão máxima seja o look desfilado que propõe unir um moletom a uma saia longa de seda, em um high-low sinônimo do streetwear contemporâneo. “É exatamente este mundo playful e divertido que quero continuar construindo para a PatBo”, sinaliza Patricia Bonaldi. A paleta de cores flerta com a estética vintage seguida pela marca nesta coleção. O contraste entre o azul e o vermelho, segundo a visão de Bonaldi, remete quase que às antigas cadeiras de praia. E as misturas seguem no restante do mix, com o rosa pálido com turquesa e dos tons lavados com o vermelho, por exemplo.
Ainda segundo Patricia, a mulher PatBo desceu do salto nesta temporada. Em uma parceria inédita com a it-label de sapatos Manolita, foram criados quatro modelos de flatforms. “O convite partiu do stylist Daniel Ueda, que já conhecia o trabalho da marca desde a nossa colaboração com Fernanda Yamamoto. Desenvolvemos quatro modelos, todos apoiados em materiais naturais, como a palha em tressê, além dos tecidos utilizados na coleção. Trabalhamos em conjunto e adaptamos um hit da Manolita, que são as flats”, comenta a proprietária Débora Leal.
Em resumo, vale concluir que a coleção transmite uma evolução do DNA já estabelecido pela marca, que flerta bastante com os bordados, a mistura de estampas e cores. E mais, ela vai além e aproveita o momento para mostrar toda a identidade da PatBo para o novo mercado norte-americano que a marca conquistará muito em breve, traduzindo toda uma brasilidade particular nada caricata. Desejamos muito sucesso!
Beleza: como ser cool e vintage na atmosfera sessentista
Sensualidade, muita feminilidade e um suspiro vintage são alguns dos conceitos que traduzem a beleza assinada por Rodrigo Costa no desfile de Patricia Bonaldi nesta edição da São Paulo Fashion Week. E, como já comentamos ontem, se estamos falando deste beauty stylist, já temos a certeza de que as sobrancelhas serão livres. Desta vez, Rodrigo também não fugiu de sua proposta – que inclusive está tentando implementar e convencer de jornalistas a assistentes nos backstages da fashion week. O fato é que, para a PatBo, além do trabalho nas sobrancelhas, ele também apostou no volume dos cílios como destaque da maquiagem. “Eu usei um lip-balm nos lábios para dar uma impressão mais rosada e potencializei isso com um gloss, que garantiu ainda mais sensualidade à produção. Nos cílios, eu quis um resultado bem cheio e, por isso, apliquei máscara de três a quatro vezes em cada modelo”, contou.
Os cabelos do desfile da PatBo também merecem um destaque especial. Permitindo a liberdade criativa de sua equipe dentro da proposta original, as madeixas foram penteadas em forma de rolinhos na parte frontal da cabeça. Na passarela, a criação ganhou ainda mais charme e garantiu bossa à coleção. “Para fazer os rolinhos, nós desfiamos a raiz dos cabelos e enrolamos com os próprios dedos para ficar com esta aparência. O legal deste penteado é que eu permiti que cada profissional ficasse livre para fazer os seus rolinhos. Desta forma, na passarela, algumas modelos tiveram só um, outras dois para frente, e algumas no sentido contrários, virados por trás também. Eu queria que existisse essa brincadeira”, detalhou.
TWO DENIM: a desconstrução certeira do jeanswear urbano
Somando duas apresentações na São Paulo Fashion Week, a TWO DENIM de Flávia Rotondo e Alexandre Manetti mostra que veio subverter tudo o que nós conhecemos sobre o universo do jeans a partir de um incrível exercício de modelagem e reinterpretação. Neste segundo desfile, agora sob a assinatura da fera Karen Fuke, estilista especialista em denim e ex-Triton, o tema eleito foi a latinidade do flamenco. “A minha missão foi tentar traduzi-lo para algo mais jovem, mais jeanswear e urbano, a convite do stylist Daniel Ueda, com quem trabalho com frequência”, comenta a estilista. “Tentei desmembrar tudo o que fizesse parte desse universo latino da dança flamenca para não ficar caricato”, complementa. O resultado, assim, são peças assimétricas que flertam com recortes e amarrações geométricas, nas quais o babado, elemento-chave da estética tema, despenca de forma proposital, tanto na camisaria como no denim.
A marca trabalha o algodão pima peruano, de toque ultramacio e inconfundível, que ganha forma em peças sofisticadas em denim, sarjas e tricolines – estes últimos com acabamento em alfaiataria, perfeitos para o dia a dia da mulher contemporânea. A silhueta aposta em uma cintura alta exagerada, mangas bufantes e jaquetas oversized repletas de babados. Tudo digno de dançarinas exóticas de um flamenco urbano super convidativo. A Two Denim evidencia ainda sua obsessão com os acabamentos, apoiando seu savoir-faire em costuras limpas e reforçadas.
A cartela de cores é lavada, digna de um verão ensolarado, e pautada quase que exclusivamente nos azuis comuns ao jeanswear, seguindo para os tons pastel rosados, como o pêssego e o laranja. Dois tons fluorescentes pontuais, pink e verde, evocam um perfume oitentista muito bem-vindo. Destaque ainda para o belíssimo azul tradicional da camisaria, que fez saltar as peças listradas.
Beleza: aparência molhada nos cabelos e iluminada na pele
Mais uma vez neste terceiro dia de São Paulo Fashion Week, Silvio Giorgio teve a missão de criar uma beleza que não contrastasse com a riqueza de detalhes da coleção. “É uma marca jeans, jovem e a coleção já está bem colorida. Por isso, queríamos uma maquiagem neutra, que não fosse mais uma informação na passarela. Por isso, optamos por uma beleza simples, mas de menina mesmo”, explicou. Por isso, para a Two Denim, o beauty stylist tirou informação da maquiagem e jogou para o cabelo que, apesar de simples e básico, garantiu um toque especial à apresentação.
As madeixas de Silvio para a grife tinham o conceito wet com fios molhados na raiz e nas pontas e cabelos penteados ao meio. Na maquiagem, apesar de existente, a ideia foi passar uma beleza simples e quase nula. “A proposta é ser bem natural e ter a pele apenas hidratada, com pouca base e correção. A sobrancelha é levemente penteada com gel e, desta vez, abri mão do blush e usei apenas iluminador e boca nude. A ideia era ficar bem simples e natural”, completou.
ÁGUA DE COCO POR LIANA THOMAZ: o luxo do beachwear vai a Bali e traz inovação para elas e resgate para eles
Um dos momentos mais esperados do line-up da #SPFWN44, o desfile da Água de Coco propôs uma viagem ao destino mais-mais do Sudoeste Asiático. A coleção assinada por Liana Thomaz elegeu a Ilha de Bali, na Indonésia, como “late motif”, importando da temperatura aos costumes para formatar um beachwear desejável extremamente contemporâneo.
Ao lado do filho, Renato Thomaz, que pela primeira vez assina o styling, Liana acerta o tom mais uma vez. O enredo foi traduzido em cinco famílias de estampas, que privilegiam os arrozais, a arte balinesa no museu de Ubud, os barcos dos pescadores, a região de Seminyak com suas icônicas sombrinhas e as orquídeas, flor bastante comum na ilha. ”O desfile começa com as estampas inspiradas nos campos de arroz, com os tons de verde das plantações, e o trabalho de cestaria, apresentando o couro trançado à mão, que remete aos cestos dos arrozais”, explica Renato. Seguindo, a coleção traz uma família de estampas inspiradas no pôr-do-sol da região de Seminyak, que, na opinião de Renato, é o mais lindo do mundo, com nuances alegres de roxo misturadas ao laranja e ao rosa pink. “O desfile termina com um print que faz alusão à uma família de orquídeas, uma flor local muito simbólica utilizada nas oferendas religiosas e que na coleção foram aplicadas como patches de neoprene em peças de tule”, completa. Nos materiais, a Água de Coco aposta no retorno dos crepes de viscose e lycra para a moda praia, tanto em biquinis como em saídas de praia, assim como o chifon, usado com plissados elegantes.
O desfile desta terça-feira marcou, ainda, a retomada da grife à moda masculina. Segundo Renato, na última temporada, eles fizeram um teste, elegendo um modelo masculino – Marlon Teixeira, diga-se de passagem – para compor o casting. “Este ano colocamos três modelos na passarela, trazendo inclusive o Diego Miguel com exclusividade, direto de Nova Iorque”, reforça. Agora, diferente do passado, o homem é mais relevante e acompanha a mulher glamourosa e chic vestida pela marca, que não necessariamente vai colocar os pés na areia. Ele, então, ao invés de estar apenas de sunga, vai também poder se vestir com algo mais substancial e adequado aos programas sofisticados daquelas mulheres. “Como não possuíamos uma grande inovação na moda praia masculina, esse homem acabou ficando esquecido. Não mais”, brinca.
Com um casting formado pelos nomes mais requisitados das passarelas nacionais e internacionais, pois, a Água de Coco apresentou um senhor show. Top models veteranas marcaram presença, como Carol Trentini, que abriu o desfile, junto de Ana Claudia Michels, Emanuela de Paula, Viviane Orth, Bárbara Fialho, Bárbara Berger, Karen Nuremberg, Celina Locks e Carol Francischini. Esta última foi segura ao comentar sobre a sua participação no desfile. “Eu acho que esse é o desfile mais esperado da ‘season’ de verão. É sempre uma honra para a gente estar presente, fazendo parte desse momento”, confessa. “A São Paulo Fashion Week é maravilhosa. Costumo falar que brasileiro sempre quer voltar para casa. Quando a gente chega nas nossas raízes é pura felicidade, outra sensação. Então, a gente aproveita cada minuto, com certeza”, finaliza.
Quem também esteve presente foi o DJ Zé Pedro, que assina as trilhas-sonoras das apresentações da marca desde o início. “Eu estava pensando em uma trilha com os sons ambientes de uma praia, como o barulho das ondas, sem saber que o tema do desfile era Bali”, comenta. “Quando o Renato (Thomaz) foi lá em casa, no último domingo, e contou, eu pensei comigo mesmo ufa, me dei bem! Não estou muito fora do assunto’”, comemora. “Formatamos uma trilha de cinema sem vocais, que inicia com uma brasilidade e arranca para as batidas eletrônicas, evoluindo”, explica.
Beleza: luxo e maquiagem na praia, sim!
Para fechar o dia, Rodrigo Costa voltou a assinar uma produção nesta SPFWN44 – das oito que ele terá até o último dia. No entanto, desta vez, o beauty stylist conseguiu traduzir toda sua identidade dos pinceis com uma produção que, de fato, exibe uma mulher sofisticada e poderosa. Com um casting luxuoso que, como já contamos, reuniu nomes de peso da moda brasileira, Rodrigo potencializou essas belezas com uma maquiagem rica, apesar de estarmos falando de uma grife de beachwear. “A Água de Coco sempre teve uma mulher muito exuberante e, apesar de ser praia, é muito chique. Então, eu aproveito que já gosto de fazer essa mulher sofisticada para poder reforçar essa identidade da marca”, disse o beauty stylist que apostou em olhos dourados com efeito glossy, máscara de cílios, pele e lábios iluminados para traduzir a inspiração nos templos de Bali.
Por fim, nos cabelos, a proposta de Rodrigo Costa foi destacar o efeito gel. Na verdade, não só na aparência. Nas madeixas que foram divididas de lado para o desfile da Água de Coco, o beauty stylist não economizou no produto para garantir a ideia de topete e o efeito molhado na passarela. O resultado? Claro, aquilo que ele já queria. “É uma beleza linda que visa deixar a mulher sexy, exuberante, sofisticada e chiquérrima”, completou.
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