Day 2: arte, sensualidade masculina e moda praia movimentam segundo dia de desfiles na SPFWN44. Veja os destaques!


Um time de marcas composto por Osklen, Vix, João Pimenta, Lilly Sarti, Fabiana Milazzo e Triya ocuparam as duas salas de desfiles da Bienal com coleções bem amarradas em cima de temas variados

*Com Dudu Altoé

Após a abertura da programação oficial de desfiles com a Iódice, a São Paulo Fashion Week seguiu firme e forte na segunda-feira, dia 28, segundo dia de evento. Com o pavilhão da bienal do Parque do Ibirapuera movimentado por imprensa, influenciadores e entusiastas da moda em geral, várias marcas fizeram bonito com coleções que mostraram robustez diante da chuva de tendências que estamos experimentando atualmente. São elas a Osklen, que buscou na vida e na obra de Tarsila do Amaral o mote para uma coleção cápsula, seguido da moda resort tropical da VIX Paula Hermanny e da moda festa lúdica inspirada nos sonhos, de Fabiana Milazzo. João Pimenta apostou na sensualidade masculina com uma coleção streetwear pautada pela liturgia da dualidade bem e mal, enquanto Lilly e Renata Sarti apostaram na liberdade da mulher contemporânea para celebrar uma moda empoderada e feminina. Por último, a moda praia da Triya trouxe uma coleção inspirada na fauna e na flora brasileiras pelo ponto de vista da estética indígena no período do descobrimento do Brasil, em um excelente momento para se defender a nossa Floresta Amazônica – que a gente te conta nesta outra matéria. A SPFWN44 segue com uma programação cultural efervescente de desfiles e lançamentos até a próxima quinta-feira, 31 de agosto. Acompanhe a cobertura completa aqui no site HT!

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OSKLEN: peças lindas e elegantes com “hype” contemporâneo 

“Modernidade junto ao clássico. Peças lindas e elegantes com um ‘hype‘ contemporâneo. É isso que eu faço”. Assim começa Oskar Metsavaht a defender sua nova coleção cápsula “Tarsila”, inspirada na vida e obra de Tarsila do Amaral, a maior representante feminina da arte brasileira. O convite para desenvolver a coleção veio da família, por conta da retrospectiva da obra da artista brasileira em Chicago, e no final de fevereiro no MoMA, em Nova Iorque. “É a maior retrospectiva dela. E vamos lançar em NYC no mesmo dia da abertura da exposição”, comenta.

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E o diretor criativo ainda comemora. ”Foi um convite incrível. Um prestígio da família em nos oferecer acesso ao acervo. O início, entretanto, foi um desafio. Comecei sem saber como explorar as obras dela, até encontrar alguns esboços que me inspiraram outra paleta de cores, com linhas mais minimalistas. Encontrei algo em comum do processo criativo dela com o meu durante o desenvolvimento de coleção, a partir dos desenhos. Decidi então fazer o caminho inverso, e voltei para as canvas, as telas em branco, que são parecidas com os manequins de atelier. De um lado, a plataforma de um artista de um pintor; do outro, a plataforma de um designer de moda. São dois processos que têm seu início nesse “cru”, comenta. As canvas, então, inspiraram não somente cores da coleção, como também os acessórios – sapatos que simulam o verso dos quadros, com a costura aparente.

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Os manequins serviram ainda de base para o moulage das peças femininas, utilizado a partir de tecidos cortados em cima das dimensões dos quadros de Tarsila. “Encontramos formas interessantes, repletas de um movimento que muito me agrada na passarela a partir da assimetria das pontas e do comprimentos curtos na frente e longos atrás. Uma subversão que me fez ir além das gravuras clássicas da pintora”, comenta. O masculino buscou na turma de poetas que conviviam com Tarsila do Amaral as suas referências, incluindo a alfaiataria, com riscas de giz e linho, característica dos anos 20. O famoso autorretrato de Tarsila emprestou o vermelho para pontuar a coleção.

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Oskar Metsavaht vai mais além e compara a pintora a Coco Chanel. ”Uma mulher à frente do seu tempo, empoderada, que participou de um movimento riquíssimo de transformação para a sociedade brasileira”, celebra. Ele afirma, ainda, que a década de 1920, a seu ver, tem muito em comum com as duas últimas décadas de expressão criativa do Brasil. “Mais universalizada, mais antropofágica”, completa.

Oskar Metsavaht no desfile da Osklen no segundo dia de SPFWN44 (Foto: Marcelo Soubhia/Fotosite)

O processo de pesquisa e criação da coleção foi, sem dúvida, algo digno de nota. ”Quando falo de Brazilian Soul, eu pego elementos de nossa cultura e faço do meu olhar um filtro para chegar a um equilíbrio“, explica. E nesse ínterim, Oskar descobriu com sua pesquisa que ela era amiga de Villa-Lobos, este que dedicou uma música a ela. “Usamos como trilha-sonora do desfile“. Uma série especial de lenços, que evoca o clima balneário chic, foi desenvolvida pela marca com as gravuras assinadas por Tarsila do Amaral e será comercializada nas lojas.

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Beleza: naturalidade de verdade

As cores e o cru da coleção inspirada em Tarsila do Amaral foram os grandes destaque da apresentação da Osklen no segundo dia de SPFW. Para destacar as peças, a beleza assinada por Amanda Schon foi discreta e natural. Mas, como a beauty stylist destacou, natural de verdade. “Ao contrário de fazer como é de costume, que maquiamos para passar essa impressão, nós fizemos com que ficasse realmente natural. Então, para manter a aparência de bonitas e saudáveis, nós investimos em tratar bastante a pele antes de qualquer produto”, contou Amanda que, para isso, fez esfoliação, máscara de argila e de luminosidade nas modelos, de acordo com a necessidade de cada uma. “Além da drenagem e da hidratação que já fazemos em todos os desfiles e trabalhos, optamos por investir também nestes tratamentos. Para isso, usamos esponjinha de limpeza para fechar poros e tirar a célula morta. Assim, a gente conseguiu reduzir para usar o mínimo de maquiagem”, completou.

Beleza do desfile da Osklen no segundo dia de SPFWN44 (Foto: Marcelo Soubhia/Fotosite)

Mesmo com os novos procedimentos no backstage da agitada SPFWN44, Amanda Schon contou que o tempo para a produção da Osklen não aumentou. “Como tiramos etapas de maquiagem, já que não teve muito produto, o tempo se equilibrou e, por isso, não tivemos tanta diferença”, explicou a beauty stylist que manteve o conceito de naturalidade nos cabelos. Nos fios, Amanda respeitou as texturas de cada modelo e garantiu pouco movimento às madeixas soltando algumas mechas.

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VIX Paula Hemanny: das Maldivas à Costa Rica, sempre elegante 

A capixaba Paula Hermanny mostra a que veio nesta temporada com sua VIX, exibindo uma coleção Resort 2018 inspirada no “never ending summer” dos trópicos, a partir das paisagens paradisíacas de balneários como as Maldivas ou a Costa Rica. “O tema foi basicamente eleito em função da estamparia e da cartela de cores. Escolhemos por envolver as regiões mais mornas, onde estão os melhores resorts. A inspiração trouxe uma vontade de usarmos cores mais acesas, como açafrão, verde e melancia. Introduzimos o branco e o azul marinho como um contraponto”, explica a diretora criativa.

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As estampas foram desenvolvidas com muita textura para imprimir uma ideia de profundidade, tal como as águas do mar destas regiões do globo. Listras aquareladas receberam o que Paula chama de “filtro” para chegar no efeito tridimensional desejado. Os tecidos diferenciados, com aparência de tecido plano, conversam com o universo do tema, como a mistura leve do algodão com a seda, que brincam com uma volumetria ampla sem bloquear a silhueta feminina, valorizando fendas e ombros à mostra. Um artifício muito usado pela marca, já que as peças volumosas carregam um charme particular infalível.

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Linho e elastano conferiram uma estrutura de bustiê nada comum aos biquinis, enquanto os maiôs, com as cavas mais altas, são perfeitos para acompanhar as calças da marca. A escama de peixe mimetizada pelo chamois retorna nesta coleção, diante do sucesso nas anteriores. A camisa boyfriend em linho e algodão é a escolha de Hermanny como a nova saída de praia.

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Beleza: a mulher cool e sofisticada

Na produção assinada por Rodrigo Costa, a proposta era que a beleza potencializasse o clima de resort de uma mulher elegante, porém antenada, que Paula Hermanny estava contando na passarela. Por isso, o beauty stylist apostou em uma combinação de pele bem tratada com um coque diferenciado, que era composto por três tranças. “Minha mulher é sempre sofisticada, mas, ao mesmo tempo, tem um ar mais cool. Por isso, estou fazendo cabelo preso com um coque formado tranças. A ideia era ficar um resultado bem displicente”, explicou.

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E o conceito deu certo. Aliado ao cabelo meio bagunçado meio arrumado, Rodrigo ainda trouxe o que já vem sendo sua identidade nesta edição da SPFW: sobrancelhas para o alto. “É uma marca que eu quero trazer para todos os desfiles. Eu estou amando essa proposta porque sou contra os pelos muito penteados e desenhados. A ideia é mostrar que todas podem ser bonitas com as sobrancelhas que têm. É só pentear para cima e acreditar na falha. Acredite no seu diferencial e no que você tem. Eu acho que a gente precisa acentuar as nossas individualidades, e não tentar esconde-las”, disse o beauty stylist que, para destacar isso, apostou em uma maquiagem básica, apenas bem hidratada e iluminada. “Eu estou fazendo a pele bem natural, apenas com correção. Então, eu abusei de hidratação, principalmente nos lábios, e iluminação nas têmporas. Nos olhos, além da sobrancelha, eu usei uma sombra marrom acobreada com muita máscara de cílios”, completou.

FABIANA MILAZZO: dream a little dream of me

Fabiana Milazzo trouxe para sua marca homônima em sua segunda apresentação na São Paulo Fashion Week um clima lúdico e surreal para a coleção “Sonhos”. A estilista quis, pois, sair de sua zona de conforto, explorando vestidos que ela define literalmente como “dos sonhos”. “Eu quis fazer algo diferente. Trabalhei com materiais desenvolvidos especialmente para a coleção”, explica. “Como eu queria peças extremamente fluidas e leves, precisei desenvolver novas técnicas e materiais, como paetês, canutilhos e plumas, que imprimissem essas características às peças bordadas”, revela Fabiana.

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Além da seda pura, Milazzo elegeu o chiffon, a organza e os tules lisos e plissados para dar vida às criações oníricas. A assimetria das formas aliada aos babados conferiu o movimento ideal para corroborar a estética almejada. As modelos praticamente flutuavam pela passarela montada na sala de desfile em uma sequência de looks ultrafemininos. O comprimento seguiu abaixo dos joelhos em uma silhueta longilínea.

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A cartela de cores buscou seu refúgio dos tons celestes, que misturou tons de azuis turquesa e celesta, batizado pela marca de “horizontal blue”, em uma clara referência à cor do céu e do horizonte, até onde a vista alcança. Outras cores, como o amarelo cítrico, o off white e o rosé fizeram um contraponto ao preto elegante.

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Os acessórios desenvolvidos por Bruna Gasparini também observam o mote da coleção, como o plural olho de pérolas, que foi usado como brinco ou broche. Pequenas gaiolas fizeram uma alusão aos pássaros, estes que foram substituídos por pérolas barrocas e pedras brasileiras para um resultado mais sofisticado.

Beleza: o olhar lúdico e melancólico

Se é maquiagem assinada por Rodrigo Costa na SPFWN44, já sabemos que as sobrancelhas serão despenteadas e livres. No desfile de Fabiana Milazzo, a beleza não foi diferente. Mas, neste caso, o beauty stylist apostou em um brilho embaixo dos olhos como destaque para trazer um ar melancólico à produção. “É uma maquiagem bem natural e eu dei um destaque com um pouco de brilho embaixo dos olhos para dar uma impressão de melancolia”, explicou.

Beleza do desfile Fabiana Milazzo no segundo dia de SPFWN44 (Foto: Marcelo Soubhia/Fotosite)

Nos cabelos, a ideia também foi de baguncinha. Até porque, por mais plena, uma noite de sonhos sempre agita os fios. Sendo assim, Rodrigo investiu em mechas livres e potencializou o resultado com uma textura na parte da frente. “No cabelo, eu usei spray para dar impressão de fios displicentes e baby-liss na frente para dar um efeito errado. São só algumas mechas que tem a missão de passar um ar meio bagunçado”, disse.

JOÃO PIMENTA: Deus e o diabo na terra do Sol 

Com um dos castings mais provocativos desta #SPFWN44, João Pimenta apresenta sua nova coleção inspirada na liturgia bíblica das dualidades. “A gente começa a pesquisa inspirados pela dualidade céu e inferno dizendo que, se Deus é um blefe, o Diabo também é”, conta. Para tal, o estilista aposta em um meticuloso trabalho de alfaiataria, algo que faz parte de sua assinatura, mas que, desta vez apostando em uma silhueta longilínea e oversized.

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Nesta apresentação, ele resolveu experimentar um pouco mais com a sensualidade dos meninos, algo pouco explorado. “Eu costumava trabalhar só pela estética, pelo corte das roupas, e não pelo styling. Era hora da marca tentar outros caminhos, de dar uma mudada”, revela. A coleção está voltada, pois, para o universo streetwear, com o apelo de muitas texturas que acabaram pautando os materiais, como linho, algodão, viscose, nylon, e seda. Algo que o estilista define como “a tecnologia combinada aos trabalhos manuais”, já que os bordados e uma renda de papelão foram destaque.

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Com elementos que flertam com a estética genderless, ou sem gênero”, João incluiu, ainda, três modelos mulheres no casting. Quando perguntado sobre a sensualidade como arma de empoderamento, ele dispara: ”Na verdade, agora devemos buscar o empoderamento masculino, afinal de contas, a mulher já passou à frente e deixou nós homens para trás”, brinca.

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Beleza: maquiagem sem cara de maquiagem

A naturalidade voltou a ser o conceito chave da beleza deste segundo dia de SPFW na apresentação de João Pimenta. Na passarela, os modelos do estilista desfilaram com pouca interferência, apenas algumas correções. De acordo com Luiz Mulfato, responsável pelo Retrô Hair, que assinou a beleza de João Pimenta, o pedido do estilista foi apenas valorizar o que já era belo. “Como a inspiração do João foi do céu ao inferno, ele me pediu homens super naturais. O mais neutro possível. Na maquiagem, é uma produção masculina em que eu levei em conta o que eles mais querem hoje, que é algo super natural. Ou seja, uma pele bonita e bem cuidada, mas sem cara de maquiagem”, explicou Luiz que repetiu o conceito nos cabelos, respeitando a textura de cada um.

Beleza do desfile João Pimenta no segundo dia de SPFWN44 (Foto: Marcelo Soubhia/Fotosite)

LILLY SARTI: girl power encontra bonequinha de luxo 

Eis que o Verão 2018 chegou para a marca de Lilly e Renata Sarti. As duas irmãs buscaram nas características da mulher contemporânea, como a liberdade, a independência e a ousadia, suas inspirações para a temporada. Trata-se de moda para uma mulher forte, decidida, sem, contudo, perder sua feminilidade. O tema se revelou, principalmente, na escolha dos tecidos. “A gente misturou materiais que representam uma mulher contemporânea, que pode ser empoderada sem deixar de ser feminina. A delicadeza da seda foi equilibrada com o ar rústico do macramê, por exemplo”, explica Lilly. Uma coleção, em sua maioria, composta por vestidos leves, fruto de um meticuloso trabalho de modelagem. Destaque para as saias e calças de cintura alta com amarração clochard.

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A cartela, por sua vez, foi apoiada nas cores primárias e suas adjacentes, como o amarelo, que se desdobrou em ocre e ferrugem, e o vermelho, em laranja. Fazendo um contraponto, off-white em vários grupos, e advindos dele, o areia e o verde, bem lavados. Tudo perfeitamente amarrado dentro de uma atmosfera altiva e particular.

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Esta coleção, diga-se de passagem, é a primeira em que as irmãs Lilly e Renata decidem levantar uma bandeira em favor do setor de confecções brasileiro dos produtores e fornecedores locais. “Não produzimos nada lá fora. Nosso produto é 100% nacional. Custa mais caro, sim, mas é uma maneira de incentivarmos outros negócios que fazem parte da cadeia da moda”, reflete Lilly. “Nossa ideia é nos posicionar, contar para as pessoas como a marca funciona. Os tecidos, como o jaquard, a seda, são todos tecidos daqui. O que mais vemos é a seda chinesa. A nossa, pois, é nacional. Nosso foco é cuidar para que a indústria sobreviva, sabe? Não temos mais tecelagens como há algum tempo atrás, já que muitas fecharam. Faz parte da nossa credibilidade apostar em maquinários que às vezes ainda nem estão disponíveis em território nacional, o que também faz com que as próprias fábricas corram atrás e reciclem seus processos e se renovem”, complementa.

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Renata Sarti revela, ainda, que acredita muito na energia que as roupas carregam, e ensina: ”Não sou budista, sou espiritualista. Cuido do meu espírito assim como eu tomo banho. Às vezes, as pessoas esquecem de cuidá-lo. É algo de todo dia, como cuidar das pessoas, como mudar o nosso comportamento. O de fora só muda se a gente mudar primeiro”.

Lilly e Renata Sarti no desfile de Lilly Sarti no segundo dia de SPFWN44 (Foto: Marcelo Soubhia/Fotosite)

Beleza: pós-praia contemporâneo

Para aquelas que não se dão bem com o deliniador fininho rente aos cílios, Celso Kamura, responsável pela beleza do desfile de Lilly Sarti, apresentou uma ideia que pode ser solução. Nos olhos, os beauty stylist fez um traço flutuante do meio para o cano externo que, inclusive, foi o destaque de toda a produção. “A minha inspiração é uma garota de praia do final do dia com a pele naturalmente bronzeada e cintilante. O blush, eu usei pigmento bronze e, nos olhos, um traço vermelho flutuante do meio da pálpebra para fora”, explicou.

Beleza do desfile de Lilly Sarti no segundo dia de SPFWN44 (Foto: Marcelo Soubhia/Fotosite)

Assim como Rodrigo Costa, Kamura também deu liberdade às sobrancelhas e apostou em um visual mais bagunçado, sem muito destaque. Assim como a boca, que ganhou batom apenas para uma pequena vivacidade. Nos cabelos, a ideia do beauty stylist foi dar volume e potencializar o mood pós-praia. “Nos cabelos longos, eu reparti ao meio e finalizei com água do mar para dar volume e aparência mais seca. Nos cabelos curtos, eu respeitei o corte e a textura de cada um, mas também finalizei com água do mar”, disse.