Que o Rio de Janeiro é celeiro de mulher bonita, com um it a mais que deixa a gringalhada louca, isso não se discute. Afinal, em qual outro lugar do planeta garotas de Ipanema (ou de qualquer outro bairro) circulam pelas calçadas como Potiras quase seminuas, com cabelos ao vento, biquíni, canga enrolada no corpo, malemolência no movimento, tez que valoriza a morenice emocional e aquele ar de quem entra no caixa eletrônico do banco nesse modelito um tanto sumário, mas absolutamente pertinente ao lifestyle da cidade? Por isso mesmo, a Prefeitura da Cidade Maravilha organiza o Rainha Rio450, concurso que celebra a beleza carioca por ocasião dos 450 anos da fundação dessa babilônia tropical e que reedita, agora em uma verve mais fashionista, o badalo que elegeu em 1965 – por conta do seu quarto centenário – a musa do balneário mais cosmopolita do mundo, na época a hoje arquiteta Solange Medina.
O evento – cuja finalíssima toma conta do Imperator, tradicional casa de espetáculos no Méier, no dia 17 de janeiro e será televisionada ao vivo pela Band (a emissora por trás das competições de beleza no país, como o Miss Brasil) – tem produção premium, cenografia caprichadíssima, coreografias de Carlinhos de Jesus, passarela dirigida por André Vagon (que também cuida do extreme makeover postural das candidatas), coordenação de estilo da mesma equipe que preparou a angolana Leila Lopes para vencer o Miss Universo em 2011 e consultoria da editora de Marcia Disitzer – autora do power almanaque “Um mergulho no Rio – 100 de moda e comportamento na praia carioca” –, além da participação de Thiago Gaspary, misto de missólogo e scouter que toca o Miss Rio de Janeiro com mão de ferro. A coordenação de estilo & moda é do nosso HT, veículo que é cosmopolita, mas que se orgulha de ter vindo ao mundo com essência carioquísima.
No time de jurados (ainda secreto), um pot-pourri de personalidades da cidade, rapaziada esperta que carrega na veia a pecha de ser da gema, mesmo não precisando necessariamente ter nascido no Rio. Afinal, ser carioca é saber se inserir na atmosfera local sem medo de ser feliz, independe de local de origem. È ser solar. Quem seria louco de afirmar que gente graúda como Lenny Niemeyer, Luiza Brunet, Elke Maravilha e Ziraldo não são cariocas de carteirinha? Mas, no júri, já se sabe está que o carnavalesco Alexandre Louzada, que esse ano comanda a Portela e vem com enredo sobre os 450 anos do Rio.
O espetáculo – no qual concorrem as 33 finalistas (uma para cada região administrativa do município) – moderniza a estética dos concursos de miss e apresenta desfiles de moda em cada eliminatória, trazendo inclusive o beachwear da Blueman no styling. No âmbito final, um certo quê de Fashion Rocks, com shows de artistas que contemplam o savoir vivre do Rio. Entre os já confirmados, Sandra de Sá, Cidade Negra, Luiza Possi, Simoninha e Monique Kessous, entre vários outros que ainda não podem ser revelados, todos coma direção musical de Zé Ricardo. Responsável pela direção geral do concurso, a jornalista Viviane Groisman, gerente de comunicação e eventos da Band, explica: “O Rio respira moda e é necessário imprimir nosso estilo de vida na competição, senão fica tudo muito mecânico, sem a bossa que nos caracteriza. Por isso, Toni Garrido será nosso mestre de cerimônia”.
Nesta semana, as 33 beldades que participam dessa maratona de preparação começaram a fazer as fotos de divulgação e HT passou no estúdio para trocar figurinha com elas. Surpreende a diversidade de tipos. Entre as candidatas, um pouco de tudo: designer gráfica, dançarina, estudando de relações internacionais, morena que já seduziu Snoop Dogg, produtora executiva que dá suporte a comitivas de canis de televisão estrangeiros no Rio, aluna de gastronomia e, claro, as indefectíveis modelos e atrizes. Confira!
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