Estamos em crise política? O que reflete na economia, em recessão? As engrenagens da roda da economia giram em rotações mais curtas? O desemprego é alarmante? A taxa de juros está nas alturas? O poder de compra sucumbiu, certo? Ai, ai. Quem é visionário e sabe promover a simbiose entre lançamento de tendências de moda, roda de negócios e turismo não passa nem perto – e, se passa, não lasca nem faísca – do fantasma econômico. Um bom exemplo de quem põe em prática esse comportamento atende pelo nome de Frederico Pletsch, diretor da Merkator Feiras e Eventos, empresa promotora do SICC, o Salão Internacional do Couro e do Calçado, que chega a sua 25ª edição entre os dias 23 e 25 de maio, em Gramado, na Serra Gaúcha, a cerca de 120 km da capital Porto Alegre. Por lá, enquanto centenas de indústrias do couro e calçado apresentam a compradores nacionais e internacionais suas produções – com todo charme e também com handmade -, em primeira mão; 200 importadores de 46 países vão ao Serra Park em busca do melhor da indústria brasileira. Isso sem contar com o cenário: Gramado, que recebe mais de sete milhões de turistas anualmente, segundo a Secretaria de Turismo municipal.
Por isso que, para Frederico Pletsch, “esse é um momento (do SICC) para que o empresário brasileiro sente junto do importador estrangeiro, troque ideias, solidifique relacionamentos e estabeleça uma agenda de parceira que vai levar a negócios durante e após a feira”. Segundo o diretor, “as feiras são cruciais para o setor”. “São aqueles poucos momentos em que todos se olham nos olhos, relações são construídas e consolidadas, e cria-se uma sinergia no ambiente. No cenário de Gramado, oferecemos tudo isso em nosso evento. O Centro de Eventos Serra Park está se aprimorando ano após ano, e hoje conta com pavilhões modernos e totalmente climatizados. Uma das nossas novidades será um espaço exclusivo para estes profissionais, o Espaço Importação, onde poderão trocar informações e intensificar relacionamentos, além das tradicionais visitas de negócios nos estandes”, adianta. O resultado? “O sucesso do SICC é conseguir agregar a moda plural: tanto a da indústria de alta produção como as indústrias de médio e pequeno porte. Conseguimos oferecer ao lojista os mais variados tipos de calçados: masculino, feminino, infantil, esportivo, além de bolsas, cintos. Todos os mais diversos acessórios em um só local”.
Palavras de quem pensa alto: “O SICC vai alçar voos e já estamos planejando levar nossa expertise para o exterior. (…) [Na última edição] tivemos compradores do mercado europeu, vindos da França, Rússia e Polônia. É uma oportunidade para aproximar a nossa indústria desses mercados”. Prova de que, novamente, crise é palavra que não existe no dicionário dessa vertente da indústria. “Este [nosso] resultado, talvez até um pouco além da expectativa, mostra a disposição do lojista em renovar fortemente suas vitrines com produtos inéditos, de todas as tendências, procurando encantar o consumidor e sinalizando a expectativa de um segundo semestre de recuperação”. E os números – mesmo os do ano passado – já não deixam mentir. “Estão pegando a palavra crise para fazer o Brasil parar. Mas, no setor calçadista a história não é bem assim. Disseram que as vendas da indústria calçadista caíram 2% no primeiro trimestre (de 2015), mas cresceu 10% no Dia das Mães. Crise onde? No nosso setor, não! (…)”. Incentivo, lógico, para quem vende. “Depois de muitas conversas, os fabricantes brasileiros decidiram que a melhor investida seria se unir e mostrar ao mesmo tempo em uma mesma data as novidades para os lojistas”, explica Frederico.
Por esses e outros tantos motivos que o diretor não titubeia ao falar: “A indústria brasileira de calçados está muito bem representada aqui”. Para os que ainda ousam perguntar o motivo….“Apresentamos um panorama do atual momento em moda e negócios remetendo ao que há de novo também nas vitrines europeias e que influenciam o consumo brasileiro”. Quer mais? As rodas de negócios, para a compra do crème de la crème do couro e calçado da nossa indústria, são incentivadas pela própria Merkator, que tem garantido aos compradores as passagens aéreas e a estadia durante o período da feira. Tudo para garantir um público qualificado. E não só. “Uma das nossas novidades será um espaço exclusivo para estes profissionais, o Espaço Importação, onde poderão trocar informações e intensificar relacionamentos, além das tradicionais visitas de negócios nos estandes”, adianta o diretor. Isso sem contar com o espaço Estação3, que tem a praticidade e a comodidade de um shopping, mas estará ainda mais charmoso e diferenciado. Explica-se: os estandes coletivos dos principais polos calçadistas estão mantidos e têm dupla finalidade. A primeira é garantir a presença de empresas de menor porte na feira, enquanto a segunda é apresentar opções de novos fornecedores para o varejo especializado. Estas novidades se associam ao espaço MStore, uma loja inteligente com tecnologias para vender melhor. Por isso iniciamos esse texto com perguntas. Respostas boas estarão em Gramado.
Artigos relacionados