Com que roupa eles (elas) vão? Conferimos o mix de estilos de brasileiros e estrangeiros em uma partida da Copa do Mundo!


Veja a moda descontraída e criativa sem comprovação de renda e feita por todos e para todos

Você é ligado em moda? É um expert em tendências, em semanas de moda, comportamento e lifestyle? Pode dar um tempo em todos os pré-conceitos. Em tempos de Copa do Mundo o vale-tudo no modo de se vestir para um jogo das seleções, seja a nossa ou as dos estrangeiros, é que está na passarela. Fomos até a capital federal do nosso país, uma das maiores rendas per capitas e onde o consumo de vestuário pega fogo para ver o comportamento das pessoas na porta do Estádio Nacional de Brasília antes da partida trágica entre Portugal e Gana. O que reina é a democracia fashion. Como bem disse certa vez a consultora de moda Cristina Franco, “está na hora de os brasileiros terem mais memória. E de alguns estilistas contemporâneos pararem de se comportar como se fossem o marco zero da moda nacional. Alguns são até interessantes, mas estão no cenário há pouco tempo para se apresentarem como baluartes. Não podemos nos esquecer do Grupo de Moda do Rio, do Grupo Mineiro de Moda – este aliás, o melhor representante do japonismo fora do Japão – e também das grandes empresas de SP. Cada um em seu lugar, como diriam os franceses. Acho que é cômodo para essa nova geração esquecer do passado”. A conclusão é uma só: em dia de jogo todos os padrões são quebrados e o mix de estilos é reinante.

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Cristina Franco lembrou ainda que “O Brasil hoje está com bastante visibilidade. É a Copa do Mundo 2014, as Olimpíadas em 2016, previsões bastante otimistas para a economia, reservas de petróleo e de água, enfim, a moda também vai passar a ser cobrada daqui a pouco. O mundo vai querer ver nossa moda de forma mais efetiva. E, hoje em dia, os estilistas que têm a oportunidade de falar para o mundo em nome do Brasil, não têm consciência dessa responsabilidade de mostrar todo o potencial que temos, nossa cultura e nossas características”. A moda hoje não está mais restrita a uma determinada classe social ou ao eixo Rio-São Paulo. Ecoa para todos os públicos e pulsa nas mais diferentes regiões.

Não podemos nos esquecer que a classe C é o novo foco do mercado de moda. Entre 2010 e 2011 só a classe C mostrou crescimento. Frases como esta foram lidas ou ouvidas em qualquer veículo de comunicação. Isso se não contarmos novelas da Rede Globo que tiveram fortes núcleos retratando essa parcela da sociedade que, em 2001 passou de 34% para 54% da população brasileira de acordo com o estudo O Observador Brasil 2012. Não me esqueço que, em 2012, em plena semana de moda paulistana, cujo foco são as classes A e B, o estilista Alexandre Herchcovitch, um dos maiores nomes da moda brasileira, decretou: “Quem quiser sobreviver no mercado precisa criar para as classes C e D”. Mas, esta questão é apenas para ilustrar que em uma partida de futebol todos (eu disse todos) deixam de lado parâmetros pré-concebidos e a imaginação flui para montar o seu look com paixão pelo time do coração.

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E o que o povo lançou mão para o jogo de ontem? Reinou a boa e velha calça jeans com cós baixo; camisetas as mais diversas possíveis, sandálias gladiadoras (ainda) e sempre um adereço de cabeça. As fotos falam por si e você confere tudo aqui e já pensa em como montar o seu look para as partidas de Oitavas de Final que começam no sábado. Boa sorte!

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Fotos: Henrique Fonseca