Maxi, geométricos, com mesclas de materiais, referências retrô ou clássicas: a percepção do acessório vem mudando ao longo das décadas. Como peça complementar durante grande parte dos séculos, o acessório tinha um contexto completamente diferente de 2018. A Zinc, com duas lojas físicas em Brasília e venda pelas redes sociais para o país de Norte a Sul, foi uma das pioneiras em pensar no acessório além do detalhe e nasceu com Flávia Oliveira, idealizadora e proprietária da grife.
É fácil imaginar o cenário: década de 80, Brasília, formalidade. Por mais que os anos 80 internacionalmente fossem a década das cores e dos tamanhos exagerados, na capital do país tudo era clássico e formal. A Zinc nasceu nessa época. “Aqui em Brasília não existia esse conceito de loja especializada em acessórios. Só as típicas butiques que vendiam roupas e algumas bolsas e colares. Eu queria que o acessório fosse a peça principal do look. Então, eu sentia muita falta de algo diferenciado, que fizesse esse papel no vestuário de Brasília, principalmente porque sempre a capital federal foi muito formal por causa dos órgãos públicos. Queria trazer um pouco de modernidade e informalidade. Comecei vendendo as criações para lojas no país até poder me concentrar por completo em uma marca. Quanto ao nome, queria que fosse forte e pequeno. E Zinc é zinco em inglês e as peças, à época, eram geralmente confeccionadas com metal. Foi a combinação ideal”, conta Flávia.
Para Flávia, sempre foi prazeroso criar e produzir peças. “Eu amo acessórios. Então, optava por usar uma camiseta e um maxi colar. Sempre acrescentava o acessório de uma forma que chamasse atenção. Comecei a desenhar e fabricar meus acessórios. Naquele tempo, eu trabalhava em uma fundação do governo e ela foi extinta na época do governo Collor. Eu já confeccionava os meus próprios acessórios e resolvi criar em um volume maior e comercializar no atacado. Com a colaboração de uma amiga que tinha uma loja, passamos a vender e o resultado foram mais de 50 pontos de venda pedindo para criar acessórios exclusivos. Desde brincos,broches, colares e anéis. E foi assim que conseguimos um destaque”, afirma.
As roupas se juntaram à Zinc há 11 anos, quando a marca começou a participar das semanas de moda, como a famosa Capital Fashion Week,que o site HT acompanhou desde a primeira edição e sempre com a assinatura de nomes importantes do circuito de moda nacional, como Wan Vieira (diretor de desfiles), Ricardo dos Anjos (beauty artist), Heleno Manuel (stylist), Julio Crepaldi (hairstylist), entre tantos outros que contribuíram para que a ZINC tivesse uma visibilidade em todo o país e no exterior. Os desfiles contavam na passarela com nomes como Deborah Secco, Cauã Reymond, Cristiana de Oliveira, Flavia Alessandra e tantas celebs.
“A Zinc foi uma das primeiras marcas de acessórios a participar dos desfiles, mas tínhamos que usar looks que não eram nossos. Chegou um tempo que eu queria que minhas peças fossem desfiladas com roupas também by Zinc. Então, decidi criar roupas apenas para os desfiles. O resultado? Quando chegavam na loja, as compradoras perguntavam pelas peça desfiladas e queriam comprar. Decido incluir nas coleções, mas sempre pensando em realçar o acessório”.
Com a nova coleção Primavera-Verão 2019 saindo do forno, as peças vêm trazendo cor e luminosidade. Suas inspirações, dessa vez, vêm da Indonésia, Índia e África, principalmente pelas cores fortes, as tramas de tecido, as carteiras bordadas, os colares de corda. Mas, ao mesmo tempo, Flávia faz uma conexão forte com o Nordeste brasileiro, pelo uso da palha, dos tons de couro terrosos e as cores vibrantes encontrados em bolsas e chapéus também.
Para a Zinc, Flávia conta que a inspiração vem sempre do mundo inteiro e é plural, claro. “Eu gosto muito de viajar, de conhecer novos países e novas culturas. Então, a marca tem a inspiração em povos e lugares. Já criei acessórios inspirados no Marrocos, em Veneza… Geralmente observo muito os artesanatos de luxo dos locais, o que as pessoas usam todos os dias e as opções de cores. As nossas coleções são baseadas nessa múltipla regionalidade. Não quero o que está exposto no shopping desses lugares. Desejo pensar no que as pessoas usam nas festas e saem às ruas”, defende Flávia.
Quanto aos materiais da coleção, Flávia conta que trabalha com madeira, algodão tingido, palha e corda. A maior parte deles made in Brasil e critica a cultura de desvalorização dos recursos brasileiros. “Eu acho que o mercado da moda, principalmente no Brasil, precisa reconhecer que temos muitos materiais incríveis e que não precisamos comprar do exterior. Acho que nós temos muito potencial de matéria-prima. O Brasil não deve nada a outro país. E nós fazemos muito bonito lá fora e as pessoas amam as nossas peças. E eu acho que o que falta é a gente transmitir, educar e mostrar para o brasileiro como o que fazemos tem um valor tão grande e é admirado no mundo inteiro”, argumenta a criadora da marca.
Flávia Oliveira também acredita que o mercado é bom e consolidado. A mulher brasileira ama acessórios e não sai de casa sem eles e completa: “Temos que mostrar para as nossas clientes e as pessoas que consomem no Brasil que a nossa criação é de excelente qualidade. E o mercado tem que estar preparado para isso, porque as mulheres querem dizer quem elas são. Abrir as nossas portas para enfatizar isso para as pessoas é algo importante e sempre de uma forma responsável social e ecologicamente. É principalmente sobre a mulher se vestir e identificar quem ela é”, frisa.
Como vocês podem ter percebido o público que consome os lindos acessórios e looks da Zinc são exemplo puro de amantes de todas as idades, estilos e personalidades. Daí a empresária convidar o RP mais badalado da capital federal para um ensaio incrível com as peças by Zinc. Tiago Correia tem um mailing poderoso de A a Z e está à frente dos eventos mais chiques da capital federal. E digam… não ficou uma delícia ver as peças realçadas nesse ensaio?
Lojas físicas: 314 Sul – 61 3346-0276 | 303 Sudoeste – 61 3341 1439
Online pelo Instagram @zinccomplements e pelo Facebook https://bit.ly/2zmV6G6
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