*por Brunna Condini
Caito Maia, CEO e fundador da Chilli Beans, maior rede especializada em óculos escuros da América Latina, celebra as conquistas do ano e apresenta os planos futuros da label criada nos anos 90. Em entrevista ao site, que sempre acompanhou de perto a trajetória da mais apimentada grife de óculos, relógios e acessórios em geral, o empresário também apresenta as coleções de verão (até a Páscoa, antes do Chilli MOB Cruise, famoso navio da marca). “Estamos com uma série de lançamentos incríveis agora no final do ano e, para o verão, como o novo Smart Chilli – nossa linha própria de relógios inteligentes, coleções de óculos com o Léo Santana, a Luísa Sonza e a do Bob Marley, que lançamos junto com o filme. Bob Marley é demais né? Verão total”, diz Caito.
“Entre os vários feitos deste ano, certamente está o Chilli Mob Cruise – depois de um hiato de quase três anos por conta da pandemia, fizemos um cruzeiro épico, recheado de atrações, celebrações e muita gente curtindo a vibe da pimenta. Foi radical”. E sobre o próximo cruzeiro, que será realizado em abril de 2024, ele anuncia, ainda com certo mistério: “Estamos preparando o maior navio de todos os tempos, com ainda mais atrações e ativações incríveis. Vai ser surreal!”.
Aos 54 anos, Caito revisita sua jornada até aqui:
O filme que passa na cabeça é o de gratidão. A Chilli Beans foi fundada por mim, mas construída por muitas pessoas apaixonadas pela marca e pelo que fazem. Algumas delas foram em busca de outros sonhos, outras estão com a gente até hoje – mas todo mundo que passou por lá carrega a “pimenta” na veia. Eu sou abençoado por ter tido tanta gente legal comigo nessa caminhada. Fiz amigos de verdade – Caito Maia
E completa, sobre a trajetória da Chilli Beans, que desde 2000, quando o primeiro quiosque num shopping foi aberto, só cresce. “Me orgulho de ter conhecido gente que se superou a cada dia e cresceu junto comigo. Gente que teve oportunidade de trabalhar que não teria em outros locais ou empresas. Nós abrimos as portas para todo mundo há 25 anos, respeitando as pessoas como elas são, independente de sexualidade, raça, religião, gênero. Vendedores que viraram gerentes, executivos, franqueados. Gente que respira a pimenta há 15, 20 anos. Eu não faria nada diferente – crescemos e evoluímos com nossos acertos, mas especialmente com os nossos erros”, diz.
Apesar de ser extremamente apaixonado pelo empreendedorismo e inquieto – “Se Parar o Sangue Esfria (alusão ao nome do seu programa na na 89FM). Simples como isso” – Caito mostra que ter resiliência é uma característica chave para empreender. “Já pensei em desistir. Todo empreendedor pensa. Mas tive disciplina para continuar, força espiritual para achar saídas, não me deixei abater pelas portas fechadas e uma galera sensacional ao meu lado para tentar e tentar até a gente acertar”, compartilha.
O empresário também avalia o melhor e o pior de empreender por aqui: “O Brasil é um país de gente maravilhosa, trabalhadora e cheio de oportunidades. Mas existem muitos desafios também, como burocracia, altos impostos, custos, infraestrutura. Sonho com o dia em que as coisas serão mais fáceis, não pra mim, mas sim para quem está começando agora e para os empreendedores do futuro”.
Com a sua experiência, o que diria para quem deseja empreender? “Busque algo que você ame. O amor é o maior componente do sucesso. Faça o básico bem feito, o arroz com feijão. Eu costumo dar a seguinte receita: arroz, feijão, amor e pimenta. A pimenta é a irreverência, a energia, o inconformismo. Não tenha medo de errar. O erro faz parte e vai acontecer. Aprenda com o erro, corrija a rota e bola pra frente’, aconselha.
Revolucionando o segmento de óculos no país ao trazer para o varejo o conceito de self-service e o contato direto do cliente com o produto, para o empresário o céu é o limite. “Eu já realizei muitos sonhos e agradeço diariamente por isso. Mas ver a Chilli Beans crescendo pelo mundo – já estamos em 20 países – é um sonho sendo realizado, uma marca 100% brasileira bombando nos EUA, Europa, Ásia, África – isso me emociona de verdade”. E como você se apresentaria para as futuras gerações de empreendedores? “Diria que eu sou um cara que, mais que uma empresa ou uma marca, criou uma comunidade de gente de todo o jeito e perfil, que ama o que faz e que teve oportunidades de aprender e crescer”.
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